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QUESTÃO SOCIAL

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Por:   •  16/5/2014  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  303 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Originalmente, a questão social foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa do século XIX, devidas à industrialização. Inicialmente essa questão foi levantada quando com a tomada de consciência da sociedade, ou parte dela, dos problemas decorrentes do trabalho urbano e da pauperização como fenômeno social. Hoje a “questão social” é a expressão das desigualdades e lutas sociais em suas múltiplas manifestações e todos os segmentos sociais envolvidos (trabalhadores e desprotegidos) são heterogêneos.

2 DESENVOLVIMENTO

QUAIS FORAM ÀS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL NO SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL?

A questão social tem sido colocada, na nova proposta de reformulação curricular, como objeto do serviço social. Resgatar a concepção de questão social como forma de refletirmos sobre a possibilidade de a questão social, ou, as expressões da questão social, se constituir em nosso objeto profissional, é o objetivo deste artigo.

Ter como objeto de análise o objeto do serviço social é sempre um desafio. O serviço social é uma profissão legitimada socialmente, isto significa que ele tem uma função social. As profissões são criadas para responderem às necessidades dos homens. O desenvolvimento das forças produtivas colocam as necessidades de novas profissões, assim como considera outras desnecessárias. Mas, mesmo respondendo a uma necessidade social, o que pode ser corroborado pelo número de assistentes sociais inseridos no mercado de trabalho; pelo fato de que eles, efetivamente, trabalham desenvolvendo ações que tem um produto, produto social com dimensões econômicas e políticas; ainda assim, o serviço social mantém, historicamente, o dilema da especificidade profissional. Especificidade, esta, que é dada pelo objeto profissional. Em termos bastante simples, a questão é: sobre o que trabalha o serviço social? A resposta a esta questão responde, também, com qual objetivo trabalha o serviço social.

O objeto do serviço social, neste sentido, está, intimamente, vinculado a uma visão de homem e mundo; fundamentado numa perspectiva teórica que, no modo capitalista de produção, implica em uma opção política – a teoria norteadora da ação, a ação que reconstrói a teoria, demonstra de que lado está o serviço social. E, desde o movimento de conceituação, o serviço social tem construído uma ação voltada para a maioria da população. Mas esta não foi sempre sua história.

O objeto: da incapacidade individual às determinações estruturais

Em 62 anos, 1937 a 1999, o serviço social realizou uma transformação no interior da profissão. Começou creditando aos homens a “culpa” pelas situações que vivenciavam, e acreditando que uma prática doutrinária, fundamentada nos princípios cristãos, era a chave para a “recuperação da sociedade”. Chega, em 1999, assumindo uma postura marxista, analisando que a forma de produção social é a causa prioritária das desigualdades – os homens, individualmente, não são desiguais, a forma de produção e apropriação do produto social é que produz as desigualdades, modo de produção este que deve ser reproduzido, para manter a dominação de classe. É um salto elogiável para uma profissão que começou querendo moldar os homens de acordo com os princípios cristãos de respeito à autoridade, e, hoje, tem, nos homens, a autoridade máxima a ser respeitada; uma profissão que tinha nos homens o objeto do seu trabalho, e, hoje, entende que os homens são sujeitos da história.

O objeto do serviço social, no Brasil, tem, historicamente, sido delimitado em virtude das conjunturas políticas e sócio-econômicas do país, sempre se tendo em vista as perspectivas teóricas e ideológicas orientadoras da intervenção profissional.

Assim, é que, no início do serviço social no Brasil, 1937, o objeto definido era o homem, mas um homem específico: o homem morador de favelas, pobre, analfabeto, desempregado, etc. enfim, entendia-se que esse homem era incapaz, por sua própria natureza, de “ascender” socialmente. Daí que o objeto do serviço social era este homem, tendo por objetivo moldá-lo, integrá-lo, aos valores, moral e costumes defendidos pela filosofia neotomista. (Machado, 1999).

COMO ERA TRATADA A QUESTÃO SOCIAL NO INICIO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AGORA É DA MESMA FORMA?

Os problemas que assolam nossas vidas, de desemprego a sequestros, de secas a violência, provocam diversos desajustes na conjuntura político-social do brasil. tais problemas são encarados como questões sociais. Procura-se ver o que uma coisa leva a outra, e desta a mais outra ainda.

A preocupação diante deles estão quando ultrapassam níveis considerados normais, portanto controlável pelo poder, que esteve e está nas mãos das elites políticas e econômicas.

A questão social desde muito é encarada pela própria sociedade como responsabilidade tão e somente do governo. Por outro lado os problemas sociais passaram a ser encarados como decorrentes da carência de recursos materiais e intelectuais, assim com da pobreza. Esta, por sua vez, vista como causa individual e de responsabilidade de cada um.

Esses fenômenos sociais são tidos como éticos e morais, associados à permanência da ordem social do governante que está no poder. Muitas experiências foram feitas por governos locais no sentido de combater os problemas sociais.

A questão social tem sido o espinho no pé desse país, mas não se procura encarar o problema como ele verdadeiramente é, quando a jogam no campo da filantropia e não um caso da nação como um todo, vendo-a como algo que está aquém e além das nossas vidas, como se fosse irreal.

Os problemas sociais foram uma constante no Brasil desde tempos imemoriais, encaradas como coisa da filantropia alheia, mesmo no decorrer do tempo, com o surgimento das grandes cidades, quando tais problemas se tornaram mais agravantes. Com as mudanças verificadas na sociedade, na questão trabalhista, o problema da pobreza tomou outro rumo, separando-se dos problemas do cidadão, que era aquele que contribuía financeiramente com os cofres públicos.

As elites dirigentes atuaram e atuam naquilo que consideram perigoso à ordem nacional, melhor dizendo, ao poder temporal daqueles que se revezam, deixando estarem situações de pobreza, de violência, de desajustes sociais, porém consideradas

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