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QUESTÕES SOCIAIS - SUAS DIVERSAS FORMAS DE EXPRESSÕES NO PASSADO E NA ATUALIDADE

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Por:   •  13/5/2014  •  1.318 Palavras (6 Páginas)  •  1.306 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO

A Questão social é a expressão da contradição entre capital e trabalho.

A expressão “ questão social “ começa a ser utilizada historicamente nos anos 1930, com o surgimento da profissão de Assistente Social, para assim nomear o fenômeno da pobreza que se instalava da população trabalhadora, resultante do capitalismo industrial.

A questão social é um desafio histórico estrutural, resultado das contradições entre capital e trabalho desde o moderno processo de industrialização capitalista, promovendo dessa forma o empobrecimento da classe trabalhadora e a consciência dessa mesma classe que passa travar lutas políticas contra seus opressores.

No momento histórico do surgimento da profissão, o serviço social era utilizado na “questão social “ como instrumento de intervenção para exercer um controle social e difundir a ideologia da classe dominante sobre a classe trabalhadora.

Nos dias de hoje, precisamos decifrar as múltiplas expressões da “questão social “. Ela ainda se encontra enraizada na contradição fundamental que marca os nossos dias, assumindo novas formas a cada tempo.

Segundo Arcoverde, (1999, p.79) “ os profissionais precisam decifrar as mediações que na atualidade permeiam a questão social, desfazendo seus nós. E procuram dar visibilidade às formas de resistências e lutas por vezes ocultas, mas presentes na realidade. “

1 DESENVOLVIMENTO

A expressão “ questão social “ começa a ser utilizada historicamente nos anos 1930, com o surgimento da profissão de Assistente Social, para assim nomear o fenômeno da pobreza que se instalava da população trabalhadora, resultante do capitalismo industrial.

Era propriamente a expressão para distinguir a contradição entre o capital e trabalho.

No surgimento da profissão do Assistente Social, a questão social era utilizada para que se mantivessem o controle sobre os trabalhadores e disseminassem a ideologia da classe dominante.

A profissão nasce ao meio de uma necessidade da sociedade burguesa de manter o controle sobre os trabalhadores, através das damas da caridade, instituídas por leigas católicas, o assistencialismo.

A questão social era um resultado das diferenças sociais proporcionadas pelo capitalismo. Ficava claro que a classe dominante burguesa prevalecia sobre os trabalhadores, confinados à pobreza, portanto dependentes da elite burguesa.

Nesse momento, a profissão do Assistente Social, se torna um importante instrumento de manutenção da ideologia burguesa capitalista, que através da Igreja Católica, assume o papel assistencialista com as damas de caridade, consideradas pessoas de bem.

Com o tempo, a questão social ficou tão evidente, que os trabalhadores começam a utilizar esse meio para travar lutas politicas para defender seus direitos. As diferenças começam a surgir com a modernidade do trabalho urbano.

A industrialização promove o inchaço das cidades, das periferias, ficando evidente a cada dia, as diferenças sociais entre a burguesia e o proletariado. Uma modernidade que contrapõe a escravidão, mas que se esconde nas tramas da produção, uma falsa liberdade.

A cada dia a classe trabalhadora vai ficando mais pobre e também mais consciente dessa sua condição, favorecendo dessa forma, que essa consciência de exploração do seu trabalho, da sua mão de obra, passe a se organizar e a impor seus interesses e suas lutas.

Essa organização dos trabalhadores passa a buscar respostas para as suas necessidades sociais.

Da mesma forma em que os trabalhadores vão tomando ciência da sua condição e da necessidade de organização, a classe burguesa, através da organização política, inicia também seus discursos pautados nas necessidades dos trabalhadores, visando dessa forma, buscar nesse classe um apoio politico.

Analisando as questões que foram pautadas até esse momento e analisando esses fatos com os dias de hoje, percebemos que a “questão social “ permeia de diferentes formas até nossos dias.

Segundo Pereira (2003 p. 119) “[...] os graves desafios atuais são produtos da mesma contradição entre capital e trabalho, que gerou a questão social no século XIX, mas que, contemporaneamente, assumiram enormes proporções e não foram suficientemente problematizados.”

Sendo assim, a questão social, só se torna de fato “questão social “, quando ela for problematizada o suficiente, assumida por um setor da sociedade com o objetivo de enfrenta-la e transformá-la em demanda política no sentido de resolver o problema, gerando dessa forma uma solução para as questões de miséria e pobreza e promover de fato, uma justiça social.

Uma sociedade justa, igualitária, onde as pessoas sejam reconhecidas pelos seus valores e não por aquilo que elas possuem.

Na atualidade, as expressões das questões sociais ainda estão escancaradas. As consequências das desigualdades sociais são as mais diversas.

Percebemos claramente nos dias de hoje essas expressões das desigualdades que geram essas questões sociais, quando identificamos o grande número de desempregados, resultado ainda de um país despreparado que não valoriza a educação, que gera um grau de analfabetismo, não só o analfabetismo crú, na base da educação, mas um analfabetismo de qualificação, de preparo profissional que dê, de fato, oportunidade

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