Quais Desafios De Gestão Do Programa Escola Aberta Para Cidadania Como Instrumento De Fortalecimento Da Escola pública, Espaço De Aprendizagens E Inclusão Social Da Comunidade Escolar Da Escola Estadual De Ensino Médio De Santo Augusto RS?

Quais desafios de gestão do Programa Escola Aberta para cidadania como instrumento de fortalecimento da escola pública, espaço de aprendizagens e inclusão social da comunidade escolar da Escola Estadual de Ensino Médio de Santo Augusto RS?

Projeto de TCC apresentado a disciplina Pesquisa e Prática no Curso de Pedagogia, modalidade à distância para Educação Infantil, Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Ensino Médio da Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER.

Profª. Ms Sandra Terezinha Urbanetz

CAMPO NOVO – RS

2008

1 TEMA

Quais os desafios de gestão do Programa Escola Aberta para cidadania como instrumento de fortalecimento da escola pública, espaço de aprendizagem e inclusão social da comunidade escolar da Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini de Santo Augusto RS?

2 PROBLEMA

O Programa Escola Aberta Para Cidadania, abre as portas das escolas onde funciona, derrubando muros e barreiras, trabalhando amplamente componentes de inclusão social. Mas abrir as portas da escola para todos ainda não é uma tarefa simples e gerenciar democraticamente os recursos, espaços e tempo demanda um esforço dobrado. A escola aberta é uma outra escola dentro da escola, que funciona durante os finais de semana, atraindo pessoas de todas as idades, todas as raças, todas as crenças e níveis de escolaridade tanto da comunidade local quanto dos bairros vizinhos. A escola pesquisada funciona manhã tarde e noite, possui curso técnico que funciona também no sábado o dia inteiro e a escola aberta nos sábados e domingos. É uma escola que não pára.

Transformando a escola, em um ambiente mais atraente e participativo para crianças, jovens e comunidade local, o programa contribui para diminuir a depredação do patrimônio escolar, a falta de lazer nos finais de semana e para tornar a escola um local acolhedor. E resgatando o valor social da instituição provoca um processo de mudança de atitude e comportamento entre os jovens diminuindo em muito a violência no entorno escolar.

O desafio da escola é gerenciar adequadamente os recursos humanos, financeiros e espaços e ao mesmo tempo criar processos inovadores e estratégias que ultrapassem os modelos tradicionais, que combatam a exclusão social e promovam aprendizagens, através da participação na escola aberta. Assegurando para a comunidade um ambiente protegido e valorizado, para um bom desenvolvimento da aprendizagem, novas perspectivas de inclusão social e até mesmo de geração de renda para os alunos e a comunidade local.

3 OBJETIVOS

- Identificar os principais problemas de gestão do Programa Escola Aberta Para Cidadania da Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini de Santo Augusto RS.

- Analisar os procedimentos e os resultados obtidos a partir do modelo de gestão adotado atualmente.

- Comparar as atividades propostas com a proposta pedagógica estadual.

- Investigar através de entrevistas com a equipe diretiva e monitora, porque é tão difícil administrar o Programa na referida escola.

4 JUSTIFICATIVA

Em 2003, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – UNESCO firmou acordo de cooperação técnica com o Governo de Estado do Rio grande do Sul, por meio da Secretaria de Estado da Educação, para implantar o Projeto Escola Aberta para a Cidadania – PEAC em escolas da rede estadual, com o objetivo de oferecer a adolescentes, jovens e suas comunidades, em situação de vulnerabilidade social, oportunidades de acesso a cultura, ao esporte, à arte e ao lazer através da abertura de escolas públicas nos finais de semana, onde são desenvolvidas oficinas voltadas prioritariamente, para promoção e inclusão social.(Fazendo a Diferença, pág. 45)

O Programa Escola Aberta para a Cidadania, representa uma alternativa para um problema que angustia a sociedade brasileira, que é a violência da qual ninguém está livre, mas que atinge principalmente crianças, adolescentes e jovens.

Violência esta que é produto de uma colossal desigualdade e exclusão social que existe desde sempre no Brasil. Uma das causas da exclusão social está ligada a falta de espaços para lazer e as manifestações culturais e sociais da juventude. A ausência desses espaços facilita para que se criem situações cotidianas de violência, principalmente em comunidades de baixo poder aquisitivo, onde as crianças e jovens não têm nenhuma opção de lazer.

Existe uma urgência de implantação de políticas públicas imediatas que proporcionem e apóiem iniciativas de inclusão social de crianças e jovens e que também, objetivem a melhoria do ambiente escolar para que haja uma diminuição da violência, o que também é o objetivo do Programa Escola Aberta.

Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo XXVII).

A Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini, está localizada em meio a 04 bairros pobres e com altos índices de violência em seu entorno, que vão desde violência familiar, drogadição, prostituição infantil, juvenil e adulta, até agressões físicas e assassinatos e situações de miséria quase que extrema, onde muitas vezes falta quase tudo.

Toda essa violência também afeta o trabalho da escola, que muitas vezes se transforma em um barril de pólvora prestes a explodir, exigindo de gestores, professores e funcionários habilidades e conhecimentos que permitam contornar as situações que se apresentam no dia a dia, para poder dar continuidade a tarefa de produzir conhecimento que é o principal objetivo da escola.

A escola possui um espaço privilegiado, principalmente para prática de esportes. Amplo pátio, quadra de esportes coberta, espaço para uma horta escolar,