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Questão Social

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Por:   •  8/5/2014  •  1.945 Palavras (8 Páginas)  •  318 Visualizações

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1 INTRODUÇÂO

O presente trabalho tem como tema a questão social, entendida como o conjunto das expressões das desigualdades sociais advinda do sistema capitalista e da sua inerente contradição capital e trabalho, tem como proposta desenvolver uma reflexão sobre a questão social e suas expressões tendo como eixo principal algumas questões: Quais foram às expressões da questão social no surgimento do Serviço Social? Como era tratada a questão social no inicio do Serviço Social no Brasil, e agora, é da mesma forma?Na atualidade, quais são essas expressões?Existe uma relação concreta entre as refrações da questão social no passado e no presente? Quais são elas?Como a população se manifesta contra as Expressões da questão social na sociedade atual?

Durante quase toda a Primeira República a questão social foi considerada no Brasil como "caso de polícia”. A questão social insere-se no contexto do empobrecimento da classe trabalhadora com a consolidação e expansão do capitalismo desde o início do século 19, bem como o quadro da luta e do reconhecimento dos direitos sociais e das políticas públicas correspondentes, além do espaço das organizações e movimentos por cidadania social. A expressão Capital e Trabalho só surgem com a Revolução Industrial. Após a Revolução Industrial, as pessoas saíram dos campos, da lavoura, e foram para as cidades. Esta ocupação não se deu de forma organizada, faltava infraestrutura, saneamento básico, etc. As mulheres e crianças foram para as indústrias, sendo as mais exploradas pelo sistema capitalista. A falta de emprego, a pobreza emergente, o pauperismo. Uma única questão social com várias expressões. Era uma nova dinâmica da pobreza, pois já se generalizava. Pela primeira vez a pobreza crescia na razão direta em que aumentava a capacidade social de produzir riquezas

Essa sociedade se revela capaz de produzir bens e serviços, mas não tinham acesso efetivo para os mesmos bens e serviços, pois se viam despossuídos das condições materiais de vida. Esses trabalhadores só tinham sua força de trabalho, pois deixaram seus bens para traz: seus campos, lavouras, em busca de melhores condições de vida. Ocorriam outros problemas na cidade, as estruturas não acompanhavam a desenvoltura, surgindo os cortiços. As famílias tinham muitos filhos, quanto mais força de trabalho para vender, mais era a chance de sobrevivência.

2 DESENVOLVIMENTO

O uso da expressão “questão social”, inicia-se na terceira década, século XIX responde ao pauperismo, causado pelo impacto da revolução industrial; Para os observadores da época, pauperismo era tratado como um fenômeno novo, sem precedentes na história anterior conhecida. Registrado pela primeira vez na história, o crescimento da pobreza ocorre na razão direta do aumento da capacidade social de se produzir riqueza.

Questão social é produto e expressão da contradição entre capital e trabalho. A "expressão questão social”, tem um histórico recente, começou a ser utilizada na terceira década do século XIX, surge para nomear o fenômeno do pauperismo. “A pauperização da população trabalhadora é o resultado do capitalismo industrial e crescia da mesma maneira que aumentava a produção”, segundo Netto (2001 p.42).

O complexo da questão social é um desafio histórico estrutural, que resulta das contradições concretas entre capital e trabalho, a partir do moderno processo de industrialização capitalista, tendo como determinantes o empobrecimento da classe trabalhadora, a consciência dessa classe e a luta política dessa classe contra seus opressores.

Essa contradição é oriunda do desenvolvimento da sociedade, em que o homem tem acesso à cultura, natureza, ciência e às forças produtivas do trabalho social; e do outro lado, cresce a distância entre concentração/acumulação de capital e aumenta a miséria, a pauperização.

2.1.1 Quais foram às expressões da questão social no surgimento do Serviço Social?

A implantação do Serviço Social ocorre no decorrer desse processo histórico, surgindo da iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifestam por intermédio da Igreja Católica. Enquanto que as leis sociais são resultantes da pressão do operariado pelo reconhecimento de sua cidadania social, a legitimação do Serviço Social diz respeito a grupos e frações restritos das classes dominantes e a sua especificidade na ausência quase total de uma demanda a partir das classes e grupos a que se destina prioritariamente. O Serviço Social já surge, portanto com um cenário histórico com uma identidade, que expressava uma síntese das práticas sociais pré-capitalistas, repressoras e controlistas. Misticante como uma a serviço de uma prática trabalhadora, o Serviço Social, era na verdade um importante instrumento da burguesia, que tratou de imediato consolidar sua identidade atribuída, afastando-o da trama das relações sociais e do espaço social das lutas de classes por ela engendradas. A população operária amontoava-se em bairros insalubres junto às aglomerações industriais, com falta absoluta de água, luz e esgoto; as empresas funcionavam em prédios sem condições mínimas de higiene e segurança; salários insuficientes para a subsistência; o preço da força de trabalho, constantemente pressionada para baixo devido ao exército industrial de reserva; a pressão salarial força a entrada no mercado de trabalho de mulheres e crianças; a jornada de trabalho é no início do século de quatorze horas; não se tem direito a férias, descanso semanal remunerado, licença para tratamento de saúde etc. dentro da fábrica está sujeito à autoridade absoluta de patrões e mestres, não possui garantia empregatícia ou contrato coletivo, com as crises do setor industrial há dispensas maciças e rebaixamentos salariais.

2.1.2 Como era tratada a questão social no inicio do Serviço Social no Brasil, e agora, é da mesma forma?

O Serviço Social no Brasil teve sua origem a partir do amplo movimento social, desenvolvido pela Igreja Católica objetivando recristianizar a sociedade pelo catolicismo. Coincidem também com o início do processo de industrialização e do crescimento das populações nas cidades.

A sociedade contemporânea caracteriza-se pela extrema desigualdade entre ricos e pobres, pela ausência de recursos básicos, garantidos por lei, mas que na prática não alcançam as camadas mais pobres da sociedade. Emprego, alimentação, saúde, educação, habitação, segurança, são elementos defendidos por “movimentos sociais”. A

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