Questão Social
Resenha: Questão Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcosbetomelo • 7/10/2014 • Resenha • 306 Palavras (2 Páginas) • 197 Visualizações
Este artigo tem como discussão central a emergência e legitimidade da questão social no Brasil. Como resultado das lutas sociais históricas, partimos do reconhecimento de suas raízes ainda que latentes como provenientes dos antagonismos da sociedade e da economia colonial-escravista, mesmo compreendendo que a questão social só adquire reconhecimento e publicização, tardia, nas primeiras décadas do século XX com o desenvolvimento do capitalismo moderno e mediante o processo de industrialização e urbanização da sociedade brasileira. Nesse contexto constituem-se novas classes fundamentais que a partir da sua posição antagônica nas relações sociais de produção dão nova qualidade à questão social e contribuem, dessa forma, para o processo de implantação do Serviço Social no Brasil. Sua vinculação e o papel do Serviço Social no enfrentamento da questão é outro aspecto aqui discutido.
Conclusão
A raiz latente da questão social no Brasil Colônia é, sim, a escravidão e o seu enfrentamento pelo abolicionismo, que se tornam a particularidade da nossa formação social. Novamente vale ressaltar que a particularidade demonstrada pela questão social no início da formação social brasileira é fundamentada no sangue do negro, na exploração desumana para sustentação da base da cadeia da acumulação primitiva do capitalismo mercantil de Portugal. Essa é a característica fundante da nossa questão social, como coloca SILVA (2008): uma relação de acumulação, nos moldes capitalistas da fase mercantil, baseada na profunda exploração do trabalho escravo.
É isso que evidencia o início da formação social brasileira em seus seguintes aspectos: a formação arquitetônica da cidade no Brasil colônia, centrada no pelourinho; a formação do povoamento por colonos degradados, sobressaltando as relações do trabalho escravo; a formação econômica baseada no escravismo colonial; a formação do privatismo no Brasil, o Estado na colônia a serviço da escravidão; a formação da ética católica com espírito escravista; e a formação política do liberalismo brasileiro – o livre comércio do trabalho escravo.
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