RBI - Inspeção Baseada No Risco

RBI – Inspeção Baseada no Risco

Baseado na avaliação do risco, o processo RBI envolve a priorização de sistemas, subsistemas e elementos, e o desenvolvimento de uma estratégia de inspeção. O processo inclui também a decisão relativa às reparações e manutenção. O método inclui características importantes como:

• Uma abordagem “top-down” que se inicia ao nível do sistema ou instalação antes de se debruçar ao nível dos componentes.

• Ser um processo “vivo” e flexível que procura a plenitude e pode ser implementado facilmente.

• A utilização de medidas de risco qualitativas e quantitativas.

• A utilização efetiva e eficiente de métodos analíticos que forneça resultados familiares aos inspetores.

A abordagem RBI pode ser desenvolvida com base no desempenho das estruturas à fadiga, corrosão, mecânica da fratura e avaliação de riscos.

A RBI é uma extensão lógica das estratégias tradicionais de manutenção diminuindo o esforço de manutenção ao mesmo tempo reduzindo os tempos de paragem. Para tal diminui as inspeções desnecessárias em equipamentos não críticos e aumenta as ações de manutenção em componentes com maior probabilidade de falha e que podem causar mais danos. As equipes de manutenção podem utilizar a análise de risco para identificar os equipamentos de elevada criticidade para a diminuição do risco do sistema, aumentando a segurança e a confiabilidade.

Com a utilização da RBI pode-se:

• Avaliar ações de manutenção anteriores para a definição de prioridades de inspeção.

• Identificar mecanismos de falha críticos.

• Identificar os pontos fracos do sistema.

• Concentrar a capacidade de inspeção em áreas críticas do sistema.

• Efetuar ações de manutenção com informação recolhida para redução de tempos de paragem.

• Avaliar as conseqüências que a alteração de método irá introduzir na integridade do equipamento.

• Otimização das ações de manutenção, inspeção e reparação como parte da estratégia de minimização do risco.

• Avaliar futuros planos de inspeção e manutenção.

• Concentrar nos mecanismos de falha de modo a aumentar a eficácia da inspeção.

• Redução da incerteza técnica.

• Diminuição dos tempos de paragem devido a falhas não previsíveis.

• Aumento da disponibilidade e otimização do esforço e custos de inspeção.

• Diminuição do risco e aumento da segurança.

• Aumento da confiabilidade do sistema.

A RBI é um processo de gestão pelo qual os requisitos de inspeção ou manutenção são baseados no risco inerente ao equipamento. O risco inerente de um equipamento, ou componente, é o produto da probabilidade de falha desse equipamento ou componente, acrescido das conseqüências esperadas caso a falha ocorra. A avaliação de risco pode ser definida qualitativamente, semi quantitativamente ou quantitativamente, em que o RBI é utilizado para determinar a probabilidade de falha e as suas conseqüências.

A abordagem qualitativa deve ser baseada nos julgamentos efetuados pelos especialistas através de critérios descritos, quer de probabilidade quer de conseqüências, refletindo uma opinião conscienciosa fazendo uso de uma matriz de risco combinando a probabilidade com as conseqüências. Salienta-se que esta abordagem é vantajosa por permitir a finalização de uma avaliação RBI mesmo que não exista dados quantitativos detalhados e suficientes embora a precisão dos resultados seja dependente da competência dos especialistas.

Numa análise semi-quantitativa os dados podem ser adquiridos através da experiência, dados gerais de falha, avaliações ou análises numéricas de modo a determinar um único valor numérico para uma determinada probabilidade de falha e suas conseqüências