REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR BÁSICA, INSTERDICIPLINARIDADE E MATEMÁTICA
Por: Maltosba • 23/10/2015 • Monografia • 6.897 Palavras (28 Páginas) • 224 Visualizações
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS DE CHAPECÓ-SC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA DE MATEMÁTICA
REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR BÁSICA, INSTERDICIPLINARIDADE E MATEMÁTICA
CHAPECÓ-SC, NOVEMBRO DE 2011
VAGNER LUIS RITTER – RA 0911038
REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR BÁSICA, INSTERDICIPLINARIDADE E MATEMÁTICA
Trabalho Monográfico – Curso de Graduação em Matemática Licenciatura Plena, apresentado a comissão julgadora da Universidade Paulista – Campus de Chapecó-SC, sob orientação do professor Gastón Henriquez.
CAMPUS UNIP CHAPECÓ-SC, NOVEMBRO DE 2011
Bancada Examinadora
SÃO PAULO-SP, NOVEMBRO DE 2011
RESUMO
Conforme as normas NBR 14724:2002 da ABNT, o resumo é “[e]lemento obrigatório, constituído de uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores (...). Neste modelo de TC, o resumo é formatado com o estilo “Resumo”, e o título tem o estilo “Título Resumo” ou “Título sem número”.
Palavras-chave: Áreas do conhecimento, Interdisciplinaridade e Matemática.
INTRODUÇÃO
Inspirado nas leituras e debates promovidos pelo curso de formação de professores promovido pelo SESC-SC no município de Chapecó-SC (2009). Este trabalho pretende refletir e dialogar idéias sobre a educação numa esfera contemporânea, focando o olhar para o ensino Interdisciplinar. Para tanto, articulo algumas reflexões no campo da Disciplinaridade, Interdisciplinaridade, Multidisciplinaridade, Transdisciplinaridade, Conceitos de Ensino e Aprendizagem e Matemática.
Não será proposto nenhum plano ou metodologia de ensino, práticas ou processos de aprendizagem que possam despertar interesse do aluno, ou ainda, buscar atrair elementos para auxiliar sua compreensão, como por exemplo, as orientações descritas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), para os educadores abordar temas transversais relacionados com assuntos sobre ética, saúde, trabalho e consumo, orientação sexual, pluralidade cultural e meio ambiente. Haverá um foco, mais não somente.
Esta pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de diversas leituras de obras, discussões e artigos sobre a educação, conforme referências bibliográficas. De toda forma, sobre minhas reflexões e sobre o complexo assunto da educação escolar brasileira nos dias atuais, dentre outros aspectos.
Justifico-me ao notar a multiplicação no estudo por parte de pesquisadores, educadores e alunos, em virtude das questões sobre a educação escolar, frente às transformações que o mundo contemporâneo atravessa, desafiando o olhar Interdisciplinar no espaço escolar.
Como toda forma conhecimento tende a ser transformador a nossa realidade, tornando capaz de compreender o mundo em que estamos inseridos. Também nos questionamos pela necessidade de acompanhar todas essas etapas de transformação do mundo a nossa volta, mediante suas inovações e idéias, além do que sempre fomos acostumados as ter sobre o conhecimento e sobre o processo de educação escolar.
Sendo assim, a seguir, começaremos a mergulhar sobre os temas relacionados com o processo de ensino e aprendizagem, nas diversas esferas, buscando um olhar reflexivo sobre os atuais debates em âmbito nacional.
UM OLHAR SOBRE A DISCIPLINARIDADE
“Transformação é uma porta que se abre por dentro”
Professor Roni Evandro Figueiró
O conhecimento escolar ao longo do tempo foi organizado de forma disciplinar rígida, pelas instituições de ensino e pelos educadores, promovendo a divisão do conhecimento em espécies de “gavetinhas do saber”, como se os conhecimentos repassados fossem guardados e formatados dentro de diversas ou milhares de gavetinhas, para ser resgatada a medida da necessidade do sujeito.
Se refletirmos nos dias atuais parece que estarmos diante de uma “frestinha” para o mundo, em um ambiente que se torna estreito, que nos acostumamos a chamar de disciplina ou disciplinas. Esse ambiente, por hora estreito, tornasse dessa forma porque acaba sendo formatado a partir de algumas idéias épicas, embora idéias essas de valores, mais que em algum momento começam a causar problemas e viram alvo de discussão, de estudo até o momento que tendem a inclinasse ao desuso. Estamos falando daquilo que deu origem ao conceito de disciplina, por se tratar de um termo que organiza todo o conhecimento, por exemplo, quando tratamos de determinados conteúdos de Matemática, Física, Ciências, Geografia entre outros. Por disso, acabamos estabelecendo também da mesma forma a maneira como nos organizamos profissionalmente, portanto, passa ser a forma como a gente atua no mundo, como oferecemos nossas contribuições ao mundo.
A mais de trezentos anos atrás o filósofo Francês René de Decartes disse: “Penso, logo existo”. Refletindo sobre a famosa frase, em nosso contexto atual de mundo, podemos entender que naquela época “Pensar” era sinônimo de raciocinar, contrapondo a essa idéia, em nosso século e com tudo o que já sabemos do mundo, por exemplo, as tecnologias que permitem mapear o cérebro e nossa estrutura mental, dos avanços das ciências, saúde, comunicação, educação, das coisas que vivemos e entre outros, podemos entender que simplesmente “Pensar” não se torna mais apenas um sinônimo de raciocinar, mais tão logo o seu significado se multiplica a tudo que nos cerca, ou seja, racionar, pensar, conhecer, sentir, imaginar, vislumbrar, de fazer, de produzir, de existir, de transformar, extremamente vinculado a uma atividade criativa em que possamos de alguma forma conceber algo e não exclusivamente um resultado do nosso raciocínio intelectual. Mais há trezentos anos, como “Pensar” era sinônimo de raciocinar, a partir dessa idéia então, formamos e organizamos nossos pensamentos. Assim começam a nascer as disciplinas como resultado de uma atividade racional intelectual. A partir de um determinado momento essa divisão tão exata e fragmentada do conhecimento, exclusivamente sobre a ótica racional, começa a gerar problemas. Começam a nascer determinadas especialidades sem interfase com nenhuma outra, por exemplo, quem um dia teve a experiência de procurar um médico por conta de um machucado no joelho e como resultado dessa consulta, acaba recebendo a receita de um remédio, que ao ser tomado te ataca o fígado! A dor no joelho não passa, além de passar mal, com sintomas de vomito, por fim ainda agüentar uma dor de cabeça terrível. Resultado você acaba voltando ao médico ai ele manda procurar um Gastro! Esse é um efeito comum dessa fragmentação dessas especialidades sobre a ótica racional intelectual, baseado num conjunto especifico de informações. Nesse contexto, começam os esforços para aproximar tudo isso de volta com a Multidisciplinaridade que busca aproximar os conteúdos. A Interdisciplinaridade que procura transferir métodos e conceitos entre as disciplinas, como por exemplo, buscando conceitos da área de Matemática e trazendo para a área da Biologia ou ainda, na Psicologia trazendo para a área Desenvolvimento Humano. Essa troca-troca de métodos e conceitos, ainda que numa perspectiva exclusivamente intelectual e racional.
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