RELACOES SINDICAIS
Monografias: RELACOES SINDICAIS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: andreiaadias • 27/4/2014 • 638 Palavras (3 Páginas) • 261 Visualizações
Gestão de recursos humanos e relações de trabalho frente à adoção de
novos paradigmas na gerência da produção
Andrea Cristina Elias Ribeiro (IMESB – Victório Cardassi ; Doutoranda da EESC-Usp - Departamento
de Eng. Mecânica) - p-andrea@iris.ufscar.br
Resumo
Através dos tempos mudanças sociais e tecnológicas trouxeram novos modelos de
organização e gerência da área produtiva. Estes novos paradigmas aplicados à produção
causaram alterações na natureza do trabalho, tornando-o menos manual e mais intelectual.
As relações de trabalho também mudaram; os processos de trabalho têm cada vez mais
demandado a realização de tarefas em grupo, ao invés de trabalho isolado. A abordagem
atual procura utilizar os recursos humanos e as redes de relações estabelecidas no ambiente
de trabalho para promover a aprendizagem organizacional, sustentar a cultura da empresa e
impulsionar o trabalho em e entre equipes. Neste contexto, as relações de trabalho
organizacionais devem ser pautadas na descentralização da autoridade, em canais de
comunicação abertos e em valores culturais que busquem a redução de possíveis conflitos
resultantes da estrutura hierárquica implementada. A idéia é gerenciar a área de recursos
humanos de forma estratégica e utilizar o potencial das pessoas para obter vantagem
competitiva. O grau de abordagem estratégica adotado na gestão de recursos humanos será
maior ou menor, podendo variar conforme a situação interna da empresa e as condições
vigentes no ambiente concorrencial.
Palavras-chave: novos paradigmas da produção; gestão estratégica de recursos humanos;
relações de trabalho.
1. Introdução
A produção organizada de bens tem suas origens no trabalho dos artesãos. Os artesãos
organizavam seu processo produtivo de modo a reunirem recursos como conhecimento
técnico, ferramentas e materiais necessários para a produção de um bem; além disso, eles
“estabeleciam prazos de entrega, conseqüentemente estabelecendo prioridades, atendiam
especificações preestabelecidas e fixavam preços para suas encomendas” (MARTINS e
LAUGENI, 1998, p.01).
Neste momento, o fator de maior importância no trabalho era a habilidade do mestre
artesão e seus aprendizes; o produto era fabricado essencialmente dentro das especificações
do cliente. Os equipamentos utilizados eram ferramentas manuais e o próprio artesão era
responsável pelo controle dos meios de produção.
O ambiente concorrencial e o mercado consumidor existentes nesta fase não exigiam,
mas o sistema produtivo vigente na época permitia o foco no cliente e, conseqüentemente, a
customização de produtos e serviços.
Desde então, a introdução de novos paradigmas industriais levou a alterações nas
organizações como um todo. A produção em sua forma organizada foi modernizando-se e,
devido à demanda por diferentes modos de estruturar a produção e o trabalho, novos
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