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RELATÓRIO CRÍTICO "PROJETO DE PESQUISA"

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Por:   •  24/3/2014  •  5.539 Palavras (23 Páginas)  •  416 Visualizações

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CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA:PROJETOS DE PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL

AILMA DO SOCORRO MORAES FERNANDES RA 393435

RELATÓRIO CRÍTICO

“PROJETO DE PESQUISA”.

BELÉM – PA

2013

AILMA DO SOCORRO MORAES FERNANDES – RA 393435

RELATÓRIO CRÍTICO

“PROJETO DE PESQUISA”.

Relatório de Pesquisa apresentado ao curso de Serviço Social, do Centro Educação a Distancia-CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, da Disciplina:Projetos de Pesquisa em Serviço Social, como parte da avaliação referente ao 6º semestre.

Tutora a distancia: Nancy Silva

Tutora presencial: Vanessa Moraes

BELÉM – PA

2013

ETAPA 1:

MATTOS,, R. A. Ciência, Metodologia e Trabalho Científico (ou Tentando escapar dos horrores metodológicos). In MATTOS, R. A.; BAPTISTA, T. W. F. (Orgs.) Caminhos para análise das políticas de saúde, 2011. p.20-51. Disponível em www.ims.uerj.br/ccaps. Acesso em: 18 Nov. 13.

Ao discutir ciência, metodologia e trabalho científico, Mattos (2011) coloca em questão um problema recorrente na pesquisa: toda vez que nos defrontamos com a tarefa de escrever um texto acadêmico, seja uma monografia, uma dissertação, uma tese ou um artigo, mobilizamos nossas imagens sobre o que é ciência, e sobre o que é produção de conhecimento científico, do mesmo modo, ocorre ao realizar uma pesquisa e/ou estudar um tema de modo mais sistemático.

Recorrente os questionamentos que se apresentam ao pesquisador no momento de desenvolvimento da pesquisa e/ou estudo sistemático de um tema, são: o que é ciência? O que é produção de conhecimento científico?

Mattos (2011) afirma ser recursiva na realidade a imagem da ciência ainda embasada no senso comum. Tal visão, segundo o autor baseia-se na tese que atribui à ciência a responsabilidade pelo desvelamento da realidade oculta, incumbindo ao conhecimento científico a descoberta das regularidades e situações existentes na realidade.

É fato, que a visão da ciência defendida pelo senso comum compõe um importante aspecto da mistificação que envolve o processo de produção de conhecimento cientifico. Para desmitificar essa visão comumente aceita, o autor faz referencia aos teóricos: o filosofo Karl Poppers e Thomas Kuhn. Estes realizaram o exercício de superação da visão defendida pelo senso comum, onde Popper apud Mattos (2011) acredita que a importância do conhecimento científico se dá quanto ao intuito de constatação das situações existentes na realidade, não tendo como parâmetro a busca incondicional pela verdade absoluta, mas buscando-se demonstrar a veracidade e/ou não de um determinado fenômeno, a partir da perspectiva cientifica que prioriza a ousadia nas formulações e o rigor nas criticas, posto que, a critica está relacionada à discussão com o outro, “[...] de modo a criticá-lo, receber críticas e tirar o máximo de proveito deste exercício”.

Mattos (2011) ao citar Thomas Kuhn argumenta que, para o autor a ciência é considerada, antes de tudo, uma prática social, pois a produção de conhecimento científico se faz em comunidades de cientistas que compartilham um paradigma específico. Entendendo-se, portanto, como paradigma o conjunto de pressupostos que norteiam a prática do fazer científico ao estabelecer critérios básicos que regem o debate sobre a produção de conhecimento no interior de determinada comunidade científica.

No interior do debate sobre a preponderância do pensamento cientifico (teoria e método), outra questão vem à tona: os cientistas não estruturam seus trabalhos apenas em função do paradigma defendido por sua comunidade, pois também produzem conhecimento considerando a possibilidade de circulação e transformação desse conhecimento para além do âmbito de sua comunidade. Nestas condições, entende-se que o conhecimento assumiria uma finalidade, sobretudo se discutida as inúmeras contribuições para modificações qualitativas da realidade.

O entendimento em questão contribui para a superação necessária da noção fundamentada no senso comum que defende a ciência como forma de descobrir a verdade ou demonstrar “o que de fato acontece” na realidade. Nota-se que o exercício de produzir conhecimento não limita-se unicamente a ideia de descoberta da verdade ou constatação absoluta dos fatos e/ou fenômenos, pois a prática (social) em questão requer do pesquisador, dentre outras ações: a avaliação de um amplo conjunto de conhecimentos partilhados na comunidade científica, de modo a determinar o caráter do estudo que se pretende produzir (referencial teórico); a construção do objeto de estudo através da revisão bibliográfica que permite conflitar as perspectivas teóricas e metodológicas desenvolvidas pelos autores; e o exame critico à definição prévia do objeto de pesquisa aproximando-se sucessivas vezes do contraste entre vários usos de conceitos e categorias, rompendo com as familiaridades e noções comuns.

Somando-se a estes pontos, a necessária utilização das técnicas de pesquisa e/ou métodos, entendidos como ferramentas que auxiliam o pesquisador na produção de sua investigação, e que associadas ao conjunto de contribuições relacionadas ao referencial teórico (teorias, abordagens, hipóteses, conceitos etc.), contribuem consideravelmente para o alcance da objetividade na produção do conhecimento cientifico.

Estes pontos podem ser considerados, o inicio do árduo caminho de construção e produção de conhecimento científico que se ergue contra o senso comum,

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