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RESENHA CRITICA BIOETICA EM SAÚDE

Por:   •  3/11/2020  •  Resenha  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  282 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO HOSPITALAR

Resenha Crítica de Children’s Hospital and Clinics – Hospital e Clinica da Criança

Isaias Vitor do Espirito Santo Dias

Trabalho da disciplina BIOÉTICA E ÉTICA EM AUDITORIA

                                                Tutor: Prof. EVANILDO LUSTOSA ALVES

Ilhéus

2020

Children’s Hospital and Clinics

A children’s Hospital and Clinics, é um hospital especializado na criança e adolescente. É uma instituição de média e alta complexidade localizado nos Estados Unidos. O hospital é parte de uma fusão entre dois hospitais de referência na cidade da época.

O hospital conta com 270 leitos e um total de 1506 médicos, distribuídos entre o hospital e as clinicas da rede. O time operacional, conta com um total de 3455 colaboradores, sendo eles 2087 menor que 35 horas e 1368 maior que 35 horas.

No ano 2000 (dois mil) o hospital teve o faturamento bruto de U$ 271.799,000 dólares, convertendo em real, considerando o valor do dólar no ano corrente da época, o valor seria de R$ 396.826 mil reais. Porém, teve um gasto operacional muito alto, chegando a comprometer 98,32% do faturamento total. Decorrente de contratações importantes para implantação do Comitê de Direção de Segurança do Paciente (CDSP), com intuito claro de implementar umas das diretrizes estratégicas do hospital, voltadas para a segurança do paciente, realizando mudanças radicais do modo de governança do Hospital.

No case podemos ver quão importante é a mobilização de todos, dentro de uma instituição de saúde, em relação a segurança do paciente. Tendo em vista que essa é uma diretriz que tem como finalidade oferecer uma assistência segura para todos os pacientes e em torno disso, é possível melhorarmos processos, diminuirmos custos e até mesmo salvarmos vidas.

Conforme relatório apresentado no case de 1999, Instituto de Medicina sobre Segurança Médica:

- Erros Médicos matam a 44 mil a 98 mil pacientes por ano.

- Erros causam mais mortes por ano do que o câncer de mama, acidentes de carros e AIDS.

- Estima-se que a cada ano nos hospitais norte americano, 6,7% de todos os pacientes atendidos vão sofrer acidente médico.

- Desses acidentes 3,1% vão constituir uma ocorrência adversa, e 13 % delas será fatal.

- Desses acidentes, no total, 72% são recorrentes e, por isso, previsíveis e evitáveis.

- Dois de cada 100 atendimentos sofreram uma ocorrência adversa evitável com medicamentos, resultando em custos adicionais para o Hospital de U$ 4.700 por atendimento.

Fonte: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1602

No Brasil, no ano de 2017, segundo o anuário de segurança assistencial hospitalar no Brasil:

A cada uma hora, seis pessoas morrem por "eventos adversos graves", ocasionados por erros, falhas assistenciais ou processuais ou infecções nos hospitais brasileiros. Desses óbitos, quatro poderiam ser evitados com a realização dos procedimentos corretos.

Após análise exploratória, foi identificado na análise univariada e por pareamento que pacientes com evento adverso grave relacionado à assistência hospitalar se associavam a maior mortalidade e permanência intra-hospitalar do que aqueles sem eventos adversos ou eventos adversos gerais. Aproximadamente 30 a 36% dos óbitos determinados por eventos adversos graves podem ser prevenidos. Estabelecer políticas e programas de segurança do paciente com direcionamento para as populações de maior risco e eventos adversos graves mais prevalentes contribui para a maior efetividade destes programas, redução do sofrimento das pessoas, redução dos custos assistenciais e aumento na disponibilidade de leitos hospitalares.

Esses dados são referentes ao ano de 2017, e fazem parte do 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, feito pelo Instituto de Pesquisa FELUMA (Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais) e pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

Diante disso, vale ressaltar que os erros médicos, de um modo geral sempre vão existir, cabe a nós como seres humanos inteligentes, utilizarmos mecanismo que possibilite a mitigação das mortes em hospitais e serviços de saúde. A notificação se tornou uma ferramenta essencial na rotina hospitalar, de modo que, através dos indicadores e relatórios gerenciais gerados pelas notificações, podemos atuar de forma preventiva em processos ou fluxos que não estejam mais adequados a realidade, discutir sobre ações em torno de problemas mais comuns.

Conforme vimos no case, é importante que saibamos olhar o erro como uma oportunidade de melhoria.

“É difícil abordar esse tema porque as pessoas ficam na defensiva. Falar sobre segurança implica em dizer que estamos fazendo coisas “erradas”. No entanto, percebi que a maioria das pessoas já esteve no centro de uma situação de prestação de cuidado de saúde em que algo havia dado errado. Elas rapidamente perceberam que o hospital poderia tomar medidas melhores do que as atuais” segundo a diretora operacional do Hospital da criança.

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