RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO " MEU FILHO, VOCÊ NÃO MERECE NADA"
Ensaios: RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO " MEU FILHO, VOCÊ NÃO MERECE NADA". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatianasatiko • 7/10/2014 • 1.502 Palavras (7 Páginas) • 2.379 Visualizações
SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO_____________________________________________04
2) LIMITE AOS FILHOS: DEMONSTRAÇÃO DE AMOR INCONDICIONAl___________________________________________04
3) A CADA DIREITO CORRESPONDE UM DEVER_________________05
4) CONSIDERAÇÕES FINAIS___________________________________________________06
5) REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS__________________________________________07
6) NOTAS___________________________________________________07
INTRODUÇÃO
A nossa sociedade está vivenciando uma grave crise de valores, pois não se vê mais animais comendo ou juntando alimentos do lixo. Hodiernamente, vê-se pessoas: catadoras de misérias, colhendo os restos que sobram dos pratos dos mais abonados.
Seres humanos que não possuem mais valores e não sabem como buscá-los. Leis que falam uma linguagem rebuscada, a qual dificulta a interpretação jurídica servindo de subsídios para a desídia da estrutura familiar e social.
Muitas vezes achamos que sabemos tudo, quando na verdade não sabemos quase nada, a sociedade esta manipulada pela convivência camuflada e obscura dos problemas, onde se vê tudo maravilhoso nas redes sociais, um mundo onde pais ensinam crianças passarem o dia atrás da tela do computador achando que é mais seguro do que brincar na rua com os amiguinhos, e não se vê o problema que é muito maior até mesmo dentro de casa.
A vida não é um bicho de sete cabeças, mas também não é fácil, mas mostrar a realidade do mundo prepara-nos melhor para o futuro.
Exatamente sob este enfoque, analisa-se alguns dos motivos que levaram a família a se desestruturar, ora responsabilizando a norma jurídica, ora citando fatores como a base da pirâmide social - a miséria absoluta -, ou o seu oposto - o excesso de bens materiais como recompensa pela ausência, a falta de diálogo e a convivência entre pais e filhos.
A escola está clamando por socorro ante as barbáries cometidas pelos seus alunos. Crianças e adolescentes impondo regras invertidas de valores, agressões físicas e morais, falta de interesse pelo estudo, e o que é mais grave - o descaso dos pais ante esta trágica realidade.
LIMITES AOS FILHOS: DEMONSTRAÇÃO DE AMOR INCONDICIONAL
A valorização dos familiares das crianças e adolescentes, através do trabalho, estudo, salário digno para o sustento da prole, atendimento médico compatível com a natureza humana, levarão o jovem a ter o desejo de dar continuidade ao ambiente salutar em que vive (reprisam-se os modelos, quer sejam bons ou maus); no entanto, existem pessoas sobrevivendo sem qualquer dignidade. E o que pode ser mencionado a respeito daqueles que tudo têm e descumprem a lei? Pergunta-se: tudo o que? Limite, amor, atenção,...? Bens?
“Faz-se necessário, em primeiro lugar, tentar definir o que se quer dizer quando se pronuncia essa palavra: limites. Palavra esta, por vezes, revestida de muitas interpretações e equívocos. Partindo deste ponto de vista, podem-se destacar questões importantes, e dentre elas o fato de que limites e disciplina ajuda as pessoas a sentirem-se seguras, portanto, estes são necessários. (...) Vale dizer que a idéia de poupar uma criança do trabalho de crescer acaba condenando-a a ser eternamente criança, imatura e despreparada para o convívio e para o exercício da cidadania. Em outras palavras, quando pais não dão limites para seus filhos acabem limitando-os em sua condição infantil, o que impossibilita a passagem à maturidade. (...) As regras são extremamente relevantes para que a criança entre no universo da razão. (...) É importante salientar que, para que isto ocorra, são necessários muitos “nãos” com seus devidos “porquês”, bem como ser paciente e escutar com atenção. Mais tarde, quando a criança for maior, ela respeitará quem lhe ensinou a viver adequadamente dentro das normas sociais”. [1]
Dar limites aos filhos é demonstração de amor incondicional. A sociedade não tolera crianças e adolescentes desordeiros, cheios de mimos e sem regras. Os pais têm o dever moral de educar seus filhos e isto tem a ver com limite/amor; caso contrário, estará sujeito a ver seus filhos transgredindo a lei, respondendo um processo em conseqüência de suas ações negativas.
Mas, ao se deparar com crianças e adolescentes indisciplinados e infratores, se esta diante de problemas que não são somente deles, mas, principalmente, de nós adultos, uma vez que cabe a nós - pais, educadores e sociedade em geral - a responsabilidade por sua educação.
As crianças e adolescentes refletem a nossa alma; e eles reconhecem as nossas inseguranças e incertezas. Tem-se que ter a consciência de que somos responsáveis pelo seu equilíbrio, seus atos e estabilidade emocional e tudo isto passa pelo binômio limite/amor.
A CADA DIREITO CORRESPONDE UM DEVER
Crianças e adolescentes deixaram de ser propriedades de seus pais como em Hamurábi, onde podiam ser vendidos como escravos para pagamento de dívidas, ou utilizados para pagar pelos crimes cometidos pelos pais “olho por olho, dente por dente”; Na Lei das XII Tábuas, em que se deveria matar os filhos nascidos monstruosos e, em outras tantas leis que demonstram a figura do filho como objeto.
Hoje, os filhos são sujeitos de direito e de deveres também, pois a cada direito corresponde um dever, portanto, culpar o ECA pelo crescente número de infrações infanto-juvenis é um grande equívoco de interpretação. Edson Sêda ratifica esse entendimento:
“Quem tem direitos, automaticamente tem deveres. Incluir crianças e adolescentes no mundo do Direito (como sujeitos de Direito, ou em outras palavras, como sujeitos jurídicos) os transforma em sujeitos de direitos e de obrigações (deveres). Esse reconhecimento está na base interdisciplinar da Convenção. É um erro grave de paradigma sequer pensar que no processo de formação (educação) de uma criança se venha a incutir-lhe o sentir e o pensar de que é dotada de direitos (aquilo que ela pode exigir dos outros), sem incutir-lhe o pensamento e o sentimento de que é dotada de deveres (aquilo que os demais,
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