RESENHA “ESCRITORES DA LIBERDADE”
Por: Mitsubishi Soryah • 3/12/2018 • Resenha • 784 Palavras (4 Páginas) • 281 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
GRADUAÇÃO ACADÊMICA EM QUÍMICA
CECÍLIA GUIMARÃES LEMOS
RESENHA “ESCRITORES DA LIBERDADE”
FORTALEZA – CEARÁ
2018
Trazendo a temática da dificuldade social sofrida por adolescentes americanos de etnias diferentes e de classe baixa, o filme “Escritores da Liberdade” retrata com certa exatidão, pesar de apresentar momentos um tanto quanto fantasiosos, a realidade de muitos jovens no mundo inteiro, acusando através de um choque de realidade como os problemas familiares, financeiros, psicológicos e os preconceitos sofridos afetam o desempenho acadêmico e a formação intelectual do aluno.
No primeiro momento da obra, a professora iniciante Erin Gruwell se encontra entusiasmada e repleta de boas expectativas para sua primeira turma, porém se encontra em um ambiente de desrespeito e violência, impossibilitando o seu contato com os alunos. Para tentar quebrar estas barreiras, Erin, tenta se inserir no mundo de sua turma mas suas tentativas são falhas e seu método é reprovado tanto pelos estudantes quanto pela diretoria e outros professores a quem havia solicitado apoio, mesmo imergida no caos, a professora Gruwell insistiu em inovar a educação para chamar a atenção de seus alunos e assim conseguir cumprir com sua função.
A adolescência traz a necessidade de se afirmar, encontrar para si uma identidade, a necessidade de ser alguém, ter um papel, que por si só é uma fase com características complicadas, de acordo com Erik Erikson, adaptando para o contexto do filme, as dúvidas e problemas provenientes desta fase se multiplicam e tomam proporções absurdas quando se trata de adolescentes sem perspectiva e rodeados de desestimulantes. Nas aulas da professora Gruwell, eram constantes as ofensas que rapidamente evoluíam para agressões físicas entre os alunos, disputas de gangues, ao qual pertenciam por intenção de sobreviver, e com o preconceito racial sempre presente em suas ofensas, sempre estavam em uma linha tênue de uma explosão emocional, levando seus problemas de casa para a escola, Erin não sabia como lidar com esses jovens, pois não compreendia a realidade em que viviam, não sabia o que era ser tratada como criminosa pelas autoridades e por civis, dentro e fora da escola, não ter o que comer, não ter onde dormir, presenciar a morte de entes queridos, a prisão de amigos e parentes, a crueldade do tráfico de drogas, Erin não fazia parte desse mundo populoso, porém invisível.
Após ter noção do que seus alunos passavam, a professora foi atrás de ajuda, tentou argumentar com seus superiores, que já tinham uma visão formada sobre os alunos, que eram assim e jamais mudariam para algo melhor, segregando os alunos de integração das outras turmas, tratando-os como marginais, dando-lhes materiais inferiores ao resto da escola, com este preconceito negavam qualquer apelo feito pela senhorita Gruwell, que apenas começou sua procura por métodos para incentivar os alunos que cada vez mais iam deixando de frequentar sua aula.
Tendo em mente que compraria livros para seus alunos, pois os da escola foram negados a esta turma, Erin arruma um emprego de meio expediente e outro aos finais de semana para poder juntar dinheiro e conseguir comprar livros novos e apropriados a idade de seus estudantes e não as versões infantis de baixo custo que eram disponibilizadas por serem turma de integração, as mudanças em sua vida põe a prova o seu casamento que acaba cedendo e resultando em um divórcio, pois seu marido se sentia deixado de lado e não aceitava que Erin se doasse completamente para um trabalho a qual não obtinha nenhum reconhecimento e o relacionamento com seu pai que nunca aprovou sua profissão porém se disponibiliza ajuda-la tanto em conselhos e conforto quanto para a mobilidade de levar seus alunos para determinados locais de aula.
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