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RESUMO PARA APRESENTAÇÃO

Por:   •  9/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  783 Palavras (4 Páginas)  •  120 Visualizações

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RESUMO PARA APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO:

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva causada pela perda de neurônios motores superiores, os quais estão localizados na área motora do cérebro (Giro Pré central) e neurônios motores inferiores, que estão localizados no tronco cerebral e na porção anterior da medula espinhal. Os sintomas costumam ter início na idade adulta, em que na faixa etária de 45 a 50 anos há maior probabilidade de desenvolver a doença, os principais sintomas evidenciados são: fraqueza muscular, disfagia (dificuldade de deglutição), fasciculações, atrofia muscular e dificuldade ao falar. A sobrevida costuma ser de 4 a 5 anos em 50% dos casos, mas em 15% pode ser igual ou superior a 10 anos, dependendo do paciente.

Mutações dominantes no gene (SOD1), são responsáveis por aproximadamente 20% da ELA familiar. Dentre essas mutações, podem ser uma substituição de um aminoácido na proteína, deleções, inserções, entre outras. O gene encontra-se localizado no cromossomo 21, e é responsável por codificar a proteína superóxido dismutase, que contém 153 aminoácidos por subunidade e a cada uma delas está ligado um átomo de zinco e um átomo de cobre, possui ação antioxidante, a qual atua sobre radicais livres de oxigênio, dando origem a moléculas estáveis de peróxido de hidrogênio. A mutação no gene que codifica essa proteína, leva ao seu funcionamento anormal, impedindo que essa reação ocorra, provocando a acumulação de radicais livres de oxigênio que ao serem tóxicos, provocam lesão celular e estresse oxidativo na célula.

A partir dessa mutação, uma série de consequências são desencadeadas incluindo, disfunção mitocondrial provocada pela desregulação da atividade do complexo I e IV da cadeia respiratória, homeostase redox das coenzimas NAD e FAD interrompida e diminuição na produção de ATP, isso acontece porque as coenzimas não vão ser reoxidadas, dessa forma a cadeia respiratória fica completamente reduzida, e o bombeamento por sua vez para, sendo assim a força eletroquímica que faz o íon H+ voltar para a matriz deixa de acontecer. A geração deficiente de ATP, pode resultar em falha na atividade da bomba de cálcio, dessa forma no músculo, gera como consequência a fraqueza muscular, uma vez que a presença de cálcio e ATP são imprescindíveis para que a contração muscular ocorra, se há uma falha no cálcio e no ATP, a contração muscular é menos efetiva, fazendo com que o indivíduo perca a força muscular.

Em pacientes com ELA, verifica-se excitotoxicidade mediada pelo glutamato. A sinapse dos neurônios motores tem como neurotransmissor excitatório o glutamato e, em condições normais, o seu excesso é recaptado pelos astrócitos, por meio dos transportadores de aminoácidos excitatórios do tipo 2 (EAAT-2). A ativação astrocitária causada pela neuroinflamação promove uma hiporregulação do EAAT-2, levando ao aumento do glutamato na fenda sináptica. O excesso de glutamato leva a uma ativação excessiva dos receptores inotrópicos pós-sinápticos, levando a um aumento dos níveis intracelulares de cálcio, com isso a exposição prolongada das células a altas concentrações de cálcio pode causar danos pela ativação de diversas vias que sinalizam para a morte celular.

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