RESUMOS DOS VÍDEOS DO PROF ZUCOLOTO

O Prof. Dr. Valtencir Zucolotto divide seu curso de escrita científica em oito módulos, dos quais os quatro primeiros tratam da questão estrutural do artigo científico e os quatro últimos do tocante ao estilo e à linguagem.

MÓDULO 1: O GÊNERO LITERÁRIO

Neste módulo o professor Zucolotto trata, de certo ponto de maneira epistemológica, das questões gerais acerca do contexto de escrita e publicação científica. Para tanto, responde aos seguintes questionamentos:

Qual o papel dos cientistas?

 Fazer ciência de maneira a avançar a fronteira do conhecimento em determinadas áreas. Sempre tendo isso em mente, portanto, como objetivo do trabalho científico.

Qual o papel da publicação científica?

A partir do momento no qual artigos são publicados, em especial por revistas de grande impacto, funcionam como propulsores da difusão da ciência e, consequentemente, do conhecimento.

O que há em um artigo científico?

Publicação de idéias, conclusões e metodologias realizadas por pesquisadores das mais diversas áreas de atuação.

Quando se publica um artigo científico?

Quando a indagação inicial, geradora de toda a pesquisa, tenha sido respondida, sendo transformada em tese científica.

Após isso, o professor Zucolotto esquematiza como se deve conceber a produção de um artigo científico. Para ele, a estrutura deve ser esta:

[pic 1][pic 2]

Indagação                 Método Científico                      Publicação do

                                  Testes de Hipóteses                 Artigo Científico

        Em adição, o professor Valtencir disserta sobre a preocupação que o pesquisador deve ter em se manter sempre atualizado sobre publicações de novos artigos que tragam informações de referência para a sua área, o que fora chamado pelo professor de Timing das publicações, evitando a dualidade de conteúdos nos artigos.

Diante do cenário científico, foi analisado por ele a existência de dois grupos extremos de pesquisadores: os perfeccionistas e os preciptados. Os primeiros sempre pensam faltar alguma evidência para que seu artigo se torne verdadeiramente completo a ponto de ser publicado, já os últimos após poucos testes já tomam sua tese como comprovada e partem para a confecção do artigo. Ambas as condutas, para o professor Zucolotto, são prejudiciais, pois ameaçam o desenvolvimento positivo da ciência. Tendo isso em vista, é sugerido por ele bom senso por parte dos pesquisadores.

Posteriormente a essa discussão, foi proferido por ele a origem da escrita científica como gênero literário que remonta ao ano de 1665, com a criação da The Philosophical Transactions of the Royal Society, a primeira revista científica. A partir do momento em que os artigos passam a ser publicados em revistas ocorre um processo de padronização das publicações, cujas principais características a serem observadas são:

1. Audiência: O quão específico será o público alvo, se a metodologia ou jargões precisam ser esmiuçados ou não, entre outros.
2. Clareza e Concisão: Palavras e expressões citadas de maneira apropriada, visando à assimilação por parte do leitor. Ser claro utilizando, para tanto, o menor número de palavras possível. Essas são, sem dúvidas, palavras de ordem no tocante aos artigos científicos.
3. Citação e Referenciamento: Único gênero literário no qual se é obrigado a citar seus pares, visando dar suporte à suas afirmações.
4. Não há espaço para suspense: Deve-se mostrar ao leitor o que se fora notado de maneira mais clara e breve possível, por vezes até no título.
5. Preferência em artigos escritos em inglês: O inglês é a linguagem internacional da ciência. Portanto, para que o artigo possua um grande impacto no cenário científico mundial, deve ser escrito em inglês.
6. Problemática do plágio:  O plágio configura-se como entrave ao desenvolvimento científico. Sendo categorizado como questão de ética em pesquisas e publicações científicas.

MÓDULO 2: TÍTULOS, AUTORES E ABSTRACT

Neste módulo o professor Valtencir Zuculotto evidencia a existência de vários tipos de documentos científicos, entre eles: teses, artigos, livros e enciclopédias. No entanto, o fora abordado foi o artigo regular, cuja estrutura parte de uma seção introdutória mais geral, seguida de seção específica constituída pela metodologia e discussão de resultados e que, logo após, vai se expandindo na conclusão. De maneira meramente ilustrativa, a estrutura do artigo é uma “ampulheta”, como esta:

[pic 3][pic 4][pic 5][pic 6][pic 7][pic 8]

[pic 9][pic 10]

[pic 11]

[pic 12][pic 13]

[pic 14]

[pic 15]

[pic 16]

1. Título

Para o professor Zucolotto, o título deve ser o mais claro e conciso possível, trazendo o achado mais relevante do texto. Em adição, reafirma que não há espaço para suspense e sugere que seja evitado o uso de jargões como: Os efeitos de... O estudo de... , etc.

1. Autores

É caracterizado, por ele, como autores ou co-autores as pessoas que contribuem de maneira prática ou intelectual para a confecção do trabalho. Mas, não se resume a isso. Para o professor, o autor deve deter conhecimento real sobre o trabalho pesquisado, de forma que qualquer um dos autores saiba debater e explicar as idéias contidas no artigo produzido. Sendo, portanto, tomada como uma questão de ética a responsabilidade no tocante à autoria.

No que concerne à organização, o primeiro nome deve ser do pesquisador que realizou o trabalho prático, nomes intermediários devem ser dos que contribuíram intelectualmente para a pesquisa e, por fim, o último nome cabe ao supervisor responsável pela pesquisa.

Ademais, a questão das afiliações já fora utilizada de maneira mais complexa em tempos onde predominava a comunicação por cartas. No entanto, com o advento da rede mundial de computadores, basta que seja citada o grupo de pesquisa, a instituição e o país onde foi realizada a pesquisa, para que seja identificado a origem do estudo.

...