RISCO QUÍMICO NA CULTURA DE MILHO
Artigo: RISCO QUÍMICO NA CULTURA DE MILHO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Noah.Sola • 24/3/2015 • 6.696 Palavras (27 Páginas) • 480 Visualizações
RISCO QUÍMICO NA CULTURA DE MILHO
INTRODUÇÃO
O milho é um dos principais cereais cultivados em todo o mundo.
Sua importância econômica é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização. A maior parte do consumo do milho é destinada à alimentação animal, onde o grão é utilizado como componente de rações para aves e suínos. Na alimentação humana, consome-se o milho “in natura” e seus derivados, como fubá e farinha. Na indústria, o milho pode ser transformado em vários subprodutos, como óleo, margarina e maionese.
O milho também é uma das culturas mais cultivadas pela agricultura familiar brasileira, tanto para a subsistência quanto para a venda local.
O Brasil destaca-se como terceiro maior produtor mundial, ficando atrás dos Estados Unidos e China.
Os estados brasileiros líderes na produção de milho são Paraná, Minas Gerais e São Paulo.
A modernização da agricultura no Brasil trouxe mudanças no trabalho do campo, através da mecanização de tarefas, utilização de novos equipamentos e estímulo aos fertilizantes e agroquímicos, com impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente.
O uso de produtos químicos para controle de doenças, aumento de produtividade e proteção contra insetos e pragas não foi acompanhado de programas de qualificação de mão de obra. Os prejuízos causados pelo uso inadequado dos agrotóxicos extrapolaram o campo econômico e ganharam dimensão social. Isto porque, ao prejudicar a saúde humana são necessárias verbas públicas e privadas para o atendimento médico-hospitalar.
A utilização inadequada dessas substâncias, pressão da indústria e comércio para seu uso, alta toxicidade de certos produtos, falta de informações sobre saúde e segurança, baixo nível socioeconômico e cultural da grande maioria dos trabalhadores e não utilização de equipamento de proteção individual faz da aplicação de defensivos agrícolas a atividade que oferece maior risco ao trabalhador rural.
O armazenamento e o transporte de insumos químicos também requerem cuidados e procedimentos adequados para evitar ocorrência de acidentes.
Entre as doenças relacionadas ao campo, as mais importantes e de impacto negativo são as intoxicações humanas relacionadas aos agrotóxicos e a contaminação de abastecimento de água para consumo humano e animal.
Como evitar o risco químico na cultura do milho?
1.1 OBJETIVOS
1.1.2 OBJETIVO GERAL
Identificar os riscos químicos do trabalho rural relacionados ao cultivo do milho.
1.1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO
Verificar os fatores ligados a contaminação por agrotóxicos.
Examinar os principais produtos químicos utilizados na lavoura de milho.
Relatar as medidas de prevenção para reduzir os riscos químicos no cultivo de milho.
1.2 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica. Procurou-se explicar o problema da contaminação por agrotóxicos em trabalhadores rurais na cultura de milho, a partir de referências teóricas publicadas em artigos e livros e por meio de busca eletrônica em bancos de dados, com material disponibilizado na Internet.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Origem
O milho descende do ancestral Teosinte, que é uma gramínea com várias espigas sem sabugo. A mais antiga espiga de milho foi encontrada no vale de Tehucan, na região onde hoje se localiza o México, datada de 7.000 a.C.. O México e a Guatemala são considerados os países que deram origem ao milho que conhecemos hoje. Os nativos, através de um processo inconsciente de seleção, escolhiam as espigas mais fáceis de serem colhidas e armazenadas. Isso levou à redução do número de espigas por planta e ao aumento do número de fileiras de grãos no comprimento das espigas, que se tornaram maiores. Com o tempo, eram colhidas as plantas mais vigorosas, produtivas e de maior qualidade.
Na época do descobrimento das Américas, o milho era o alimento base de todas as civilizações do continente. Em 1493, quando Cristóvão Colombo retornou à Europa, levou variedades de grãos de milho. No final do século seguinte, o milho já se encontrava estabelecido em todos os continentes, nos mais variados ambientes e climas.
A domesticação do milho foi tão intensa, que ele não sobrevive no campo, nos dias de hoje, sem a participação do homem.
2.2 Cultivo de milho no Brasil
Ao lado da soja, a cultura do milho é uma das principais responsáveis pela expansão da atividade agrícola brasileira. O cultivo do milho é altamente beneficiado pela tecnologia e pelas inovações da pesquisa agrícola, sendo um dos principais casos de sucesso da Revolução Verde.
A Revolução Verde foi um amplo programa idealizado para aumentar a produção agrícola no mundo, durante as décadas de 60 e 70, através de melhorias genéticas em sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução de custo de manejo. A sustentabilidade desse programa é criticada por ser baseada em monoculturas e utilizar em grande escala fertilizantes e agrotóxicos, aumentando a degradação do meio ambiente e prejudicando a saúde dos trabalhadores.
2.3 Agrotóxicos
A Lei Federal nº 7.802 de 11 de julho de 1.989, regulamentada pelo Decreto nº 98.816 de 11 de janeiro de 1.990, no Art. 2º, considera agrotóxicos:
a) Os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;
b) Substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.
De acordo com Alves Filho (2002), desde a Antiguidade, substâncias
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