Racismo No Futebol Brasileiro
Artigos Científicos: Racismo No Futebol Brasileiro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vanessapotel • 16/11/2014 • 1.455 Palavras (6 Páginas) • 983 Visualizações
"Racismo no Futebol Brasileiro"
Introdução:
O Objetivo deste trabalho é abordar o gravissimo fato do racismo no futebol Brasieliro, pois, o mesmo vem acontecendo com mais frequencia em atos descontrolados. Um dos alvos mais graves nos ultimos tempos é o racismo na futebol brasileiro, no texto apontamos datas e situações com um curto prazo de um acontecimento para o outro.
Desenvolvimento:
Ate a pouco tempo, o Brasil tinha mais contato com fenomenos racistas no futebol por causa das situações que jogadores deste pais enfrentavam na Europa do que propriamente devidos a casos ocorridos dentro das suas fronteiras. Mas as coisas tem vindo a alterar-se.
Em pouco mais de 8 meses e só durante o ano de 2014, ja são cinco os episódios racistas no futebol brasileiro que tiveram eco na comunicação social.
Segue alguns dos acontecimentos e suas respectivas datas dos acontecimentos, podendo assim observar que os mesmos aconteceram em um intervalo diminuto de dias e meses.
5 de março de 2014:
O árbitro Marcio Chagas da Silva foi insultado durante um jogo dos escalões secundarios do futebol brasileiro. O juiz da partida relatou que alguns adeptos lançaram-lhe palavras e frases de conteudo racista, com "macaco", "o teu lugar é na selva", e "volta para o circo". No final da partida o árbitro encontrou bananas em cima do seu carro.
6 de março de 2014:
Depois de o Santos golear o Mogi Mirim, o jogador Arouca foi alvo de insultos racistas a saida do balneário da equipe por parte de um adepto que não foi identificado. O caso motivou um comentário condenatório da Presidente do Pais, Dilma Rousseff na sua conta de twitter.
9 de março de 2014:
Num jogo de um campeonato secundário do campeonato de Minas Gerais, um adepto da equipe da casa foi detido pela policia após ter chamado "macaco, negro, safado e fedorento" a um jogador da equipe adversária durante o aquecimento.
30 de março de 2014:
O defesa Paulão, do internacional de Porto Algre, denunciou ter sido vitima de insultos racistas após ao jogo frente ao Grêmio. O adepto que insultou o atleta quando este se dirigia para o tunel de acesso aos balneário não foi identificado pelas câmeras de segurança.
28 de agosto de 2014:
O guarda-redes "Aranha", dos Santos é insultado por adeptos do Grêmio de Porto Alegre a partir das bancadas sendo chamado de "macaco".
Podemos observar em um curto prazo os inumeros delitos cometidos por adeptos, observando que, são alguns dos casos criminosos que acontecem cada vez com mais frequência em nosso Pais.
Esta na lei, esperamos assim que tais crimes sejam punitivos.
Art. 5, inc. XLII da Constituição Federal de 88
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
Acompanhando um pouco da historia iremos verificar que o racismo vem de longa data, e se agravando mais.
O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata imposta pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011, indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a diferença entre a vida dos brancos e de não-brancos é evidente no trabalho (71%), em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em relações sociais (65%). O termo apartheid social tem sido utilizado para descrever diversos aspectos da desigualdade econômica, entre outros no Brasil, traçando um paralelo com a separação de brancos e negros na sociedade sul-africana, sob o regime do apartheid.
O resultado da pesquisa, elaborada em 2008, não é exatamente uma surpresa em um país onde, apesar de ser apenas metade da população brasileira, os negros elegeram pouco mais do que 8% dos 513 representantes escolhidos na última eleição. Além disso, o salário de um homem branco no Brasil é, em média, 46% superior em relação ao de um homem negro, o que também pode ser explicado pela diferença de educação entre esses dois grupos.2 Além disso, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de negros assassinados no país é 132% maior que o de brancos.
Daqueles que ganham menos de um salário mínimo, 63% são negros e
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