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Reconceituação Do Serviço Social

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Por:   •  14/5/2013  •  997 Palavras (4 Páginas)  •  422 Visualizações

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O Serviço Social é uma profissão cujo processo de construção não

aconteceu de forma contínua e linear, da sua gênese à sua trajetória sócio-histórico,

possuem características complexas, que nem sempre são apreendida e compreendida

pela sociedade e até mesmo dentro da própria categoria há apreensões divergentes

quanto ao seu processo de transformação e atuação profissional.

Neste texto pretendemos apreender como uma profissão que surge no

seio da Igreja Católica, que teve sua base teórica os conceitos morais, confessional do

Neotomismo, em meio a uma conjuntura sócio-histórica e contexto institucional, tem

hoje em sua fundamentação teórica e prática o método dialético de Karl Marx

Para entender todo esse processo de renovação crítica do Serviço

Social se faz necessário pontuarmos a denuncia do conservadorismo profissional,

iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a

influencia do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano,

contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na

América latina.

DESENVOLVIMENTO

1.1 O CONSERVADORISMO PROFISSIONAL

2

O Serviço Social tem em sua gênese, na sociedade capitalista

monopolista, mediante as necessidades da divisão sócio-técnica do trabalho, marcado

por um conjunto de variáveis que vão desde a alienação, a contradição ao antagonismo.

Neste contexto, no Brasil, o Serviço Social buscou afirmar-se historicamente como

uma prática de cunho humanitária, através da legitimação do Estado e da proteção da

Igreja, a partir da década de 1940.

O Conservadorismo profissional pode ser identificado na prática

profissional desta época, onde ação profissional consistia em forma de intervir na vida

dos trabalhadores, ainda que sua base fosse à atividade assistencial; porém seus efeitos

eram essencialmente políticos: através do “enquadramento dos trabalhadores nas

relações sociais vigentes, reforçando a mutua colaboração entre capital e trabalho”

(IAMAMOTO, 2004, p. 20).

Conforme Iamamoto (2004, p. 20-21) observa-se que diferentemente

da caridade tradicional, que se limitava à reprodução da pobreza, a profissão propõe:

Uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação

junto às famílias trabalhadoras; Diferentemente da assistência pública, por desconhecer

a singularidade e as particularidades dos indivíduos, o Serviço Social passa a orientar a

“individualização da proteção legal, entendida como assistência educativa adaptada aos

problemas individuais; Uma ação organizativa entre a população trabalhadora, dentro da

militância católica, em oposição aos movimentos operários que não aderiram ao

associativismo católico.

Iamamoto e Carvalho conceituam o conservadorismo profissional

como:

[...] uma forma de intervenção ideológica que se baseia no assistencialismo

como suporte de uma atuação cujos efeitos são essencialmente políticos: o

enquadramento das populações pobres e carentes, o que engloba o conjunto

das classes exploradas. Não pode também ser desligado do contexto mais

amplo em que se situa a posição política assumida e desenvolvida pelo

conjunto do bloco católico: a estreita aliança com o ‘fascismo nacional’, o

constituir-se num polarizador da opinião de direita através da defesa de um

programa profundamente conservador, a luta constante e encarniçada contra

o socialismo, a defesa intransigente das relações sociais vigentes

(CARVALHO, in IAMAMOTO e CARVALHO, 1988: 221-222).

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3

Mediante esses elementos a autora enfatiza que o “Serviço Social

emerge como uma atividade com bases mais doutrinarias que científica, no bojo de um

movimento de cunho reformista-conservador” (IAMAMOTO, 2004, p. 21). E mesmo

com o processo de secularização e ampliação do suporte técnico-científico da profissão,

com o desenvolvimento das escolas e faculdades de Serviço Social, sob influência das

Ciências Sociais no marco do pensamento conservador, do Serviço Social americano.

Com o processo de desenvolvimento econômico no Brasil

principalmente o desenvolvimento da indústria automotiva na década de 1950, as

mazelas da “questão social”, demandaram aos assistentes sociais uma ação profissional,

de abordagem individual, grupal e de comunidade. A abordagem comunitária foi

definida Ammam como:

Um processo através do qual os esforços do próprio

...

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