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Relações Internacionais: Cultura E Poder

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Por:   •  8/2/2014  •  702 Palavras (3 Páginas)  •  424 Visualizações

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Título: Relações Internacionais: Cultura e Poder

Autor: Estevão Rezende Martins

Editora: IBRI

Número de páginas: 184

Resenhista: Thiago Gehre Galvão

Palavras-chave associadas a este documento:

• Política Internacional Teoria das Relações Internacionais

O livro de Estevão Rezende Martins, professor do Departamento de História da Universidade de Brasília, faz parte da coleção Relações Internacionais, lançada a partir de uma parceira entre FUNAG/MRE, IBRI e PETROBRAS, que vem, desde 2001, ampliando, em termos quantitativos e qualitativos, a produção no campo de estudo das relações internacionais no Brasil.

A linha central de pensamento do autor é que, efetivamente, as idéias exercem um papel ativo na promoção de mudanças em todos os níveis do ambiente social. Neste sentido, um conjunto de crenças, valores e interesses - historicamente estimulados por um processo de evolução, que parte, desde a memória individual, passando por uma conscientização histórica, até atingir o estágio de cultura histórica enraizada - fornece os elementos essenciais para se entender a interferência que o agir racional humano, consubstanciado no processo político, sofre por meio das idéias.

O objetivo da obra é o de propiciar uma nova interface para o campo da política internacional, ao exaltar alguns elementos, como o papel das idéias e a cultura como fator de poder nas relações internacionais, que até então eram relegados a segundo plano, quando se tratava dos paradigmas explicativos mais disseminados, como o realismo e o neoliberalismo institucionalista.

Além disso, o livro avança ao contrapor uma face eminentemente teórica à realidade da política internacional, procurando explicar a construção de identidades, especialmente a relativa ao espaço europeu integrado, sem desprezar, com isso, o Estado-nação e suas implicações étnicas, culturais e lingüísticas, como referência.

Para tanto, o autor divide sua obra em seis partes. Nas três primeiras, trata do papel desempenhado pelas idéias no ambiente social, avançando no sentido de mostrar que um determinado conjunto de idéias daria origem a uma matriz cultural específica. Neste sentido, apresenta três tipos de idéias - visões de mundo, convicções normativas e crenças causais - que diferenciam as culturas e afetam de forma específica o processo político dentro e fora dos Estados. Este último, por seu turno, pode-se dar por meio de três vias: assimilação, rejeição ou modificação, caracterizando três cenários específicos: hegemonização cultural, choque cultural (de civilizações segundo Huntington) ou formação de um interesse nacional próprio. Por fim, apresenta a ideologia como um fator cultural de poder capaz de sustentar a legitimidade das decisões, como ocorrido durante a Guerra Fria.

Mais adiante, dedica-se à apreciação do poder da cultura como elemento aglutinador e/ou desagregador das fronteiras nacionais, sobretudo, no que tange ao espaço europeu, profundamente marcado, ao longo de sua história, pelos avanços e recuos dos valores e tradições contrastantes entre

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