Relações Trabalhistas
Seminário: Relações Trabalhistas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sgomes • 17/3/2014 • Seminário • 718 Palavras (3 Páginas) • 254 Visualizações
pessimista. Para eles a presença da razão instrumental explica o avanço de regimes totalitários no século
XX e a própria Segunda Guerra mundial. Neste ponto todos concordam, inclusive Habermas. Entretanto,
não é concebível limitar o poder da razão. Tais teóricos supervalorizaram a preocupação com a crítica à
razão instrumental. Eles restringiram o conceito de razão atribuindo à racionalização societária a própria
racionalização do sistema capitalista, ou seja, confundem a racionalidade do sistema com a racionalidade
da ação. Habermas acredita no poder da razão que ressalta a comunicação. Esta razão comunicativa é
uma retomada ao projeto e programas originais, ou seja, uma teoria social crítica com intenções práticas
dentro de uma pesquisa interdisciplinar que estabeleça uma nova relação entre filosofia e as Ciências do
Homem. A grande diferença entre Habermas e aqueles pensadores era a maneira de entender a razão.
Habermas enfatiza a necessidade de se ter uma postura otimista em relação à disposição
democrática de dialogar e alcançar um consenso como função da racionalidade das ações e não por
mecanismos coercitivos. É por isso que este autor, sem perder de vista o potencial emancipatório que a
razão humana contém, propõe o abandono do paradigma da consciência, ao qual se pautavam Adorno,
Horkheimer e Weber, para lançar um novo paradigma, o da comunicação.
Segundo Pinto (1994:66), [...] o paradigma da consciência é calcado na idéia de um
pensador solitário que busca entender o mundo a sua volta [...], o que mostra uma relação de
subordinação do objeto em relação ao sujeito, insustentável na ótica de Habermas. Para ele, as relações
devem se dar de forma intersubjetiva, onde a comunicação representa a busca de um entendimento sobre
algo no mundo que os sujeitos do ato da comunicação pretendem validar. A racionalidade seria construída
a partir dos fundamentos do processo de comunicação intersubjetiva, na busca de um entendimento.
O paradigma da comunicação coloca à tona a relação que existe entre a razão e as
relações que o homem processa com o mundo em que vive. A razão (comunicativa) neste sentido, é
produto das relações que são compartilhadas intersubjetivamente com os sujeitos participantes do ato de
comunicação.
Como deixa claro Habermas em seu artigo conhecimento e interesse (1983) apud
Aragão (1992, p.13), é
[...] a tendência para a 'comunicabilidade', para o diálogo e para o consenso, que ele
acredita ser imanente à própria humanidade, pois está inscrita na linguagem, (...), é o
traço distintivo da humanidade, o que lhe dá sua característica essencial, e na própria
linguagem está inscrita a inclinação para a 'comunicabilidade', para alcançar um
entendimento, então pode-se dizer que a comunicabilidade é também um traço
distintivo do ser humano.(p.13)
Todo otimismo teórico de Habermas está calcado nesta premissa, no sentido de uma
melhoria e transparência das formas de relações humanas e sociais. É por isso que ele além
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