Reprodução De Peixes
Artigos Científicos: Reprodução De Peixes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zootecnia • 1/3/2014 • 1.173 Palavras (5 Páginas) • 722 Visualizações
1 Introdução
A piscicultura como qualquer outra atividade de cultivo tem como finalidade conseguir uma máxima produção de peixes, com o mínimo de custos, a um maior lucro possível, sem prejudicar o meio ambiente. Nos últimos anos a busca por pescados vêm crescendo constantemente, sendo estimulada principalmente pelo crescimento populacional e pela preferência mundial por alimentos saudáveis e recomendados para a saúde humana. (Andrade & Yasuri, 2003).
Em todo o ecossistema piscícola, existem variadas espécies de peixes e dentre cada uma delas ambos apresentam uma diversidade de hábitos alimentares, métodos reprodutivos, crescimento, ciclos de vida e resposta a alterações ambientais, onde em qualquer que seja o tipo de criação deve-se levar em conta todas essas particularidades. O criador para descobrir qual o método ou condição mais apropriada para o cultivo da espécie de peixe que se pretende criar é necessário entender como funcionam alguns sistemas do corpo destes animais, bem como sua fisiologia, pois a partir deste conhecimento é possível analisar como os diferentes sistemas do corpo destes animais funcionam e como eles respondem às diversas alterações ambientais e métodos de criação (Baldisserotto, 2002).
No ramo da piscicultura, bastante foco é dado à reprodução, sendo que uma espécie é considerada viável quando todo seu ciclo biológico pode ser obtido em cativeiro. O hábito de reprodução é a adaptação mais vital dos peixes ao seu ambiente com respeito à sobrevivência, portanto para êxito na produção deve-se oferecer condições ideais para acrescentar um grande número de proles à população (Woynarovich e Horváth, 1983).
O objetivo geral do trabalho é descrever sobre o manejo reprodutivo dos peixes, descrevendo sua fisiologia reprodutiva, conhecendo seus processos de propagação, as técnicas utilizadas, os hormônios envolvidos na reprodução dos peixes, e as condições ambientais adequadas para crescimento e sobrevivência dos mesmos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Principais Espécies
No Brasil são criadas e reproduzidas cerca de 50 espécies variadas de peixes. Os fatores responsáveis por esta diversidade são: as características climáticas da região onde se busca por espécies mais adaptadas ao ambiente, disponibilidade de alevinos e insumos proporcionados pela espécie em escolha, e outro fator importante é a demanda do mercado consumidor. As principais espécies reproduzidas no país são: Matrinchã (Bryon sp.), Carpa comum (Cyprinus carpio), Bagre Africano (Clarias sp), Dourado (Salmo maxillosus), Tilápia ( Oreochromis sp.) Piaus (Leporinus sp.) Pirarucu ( Arapaima gigas), Tambaqui (Colossoma macropomum) e outros. A atividade possui alguns entraves para efetiva criação como o canibalismo nas fases iniciais de vida, alta mortalidade devido à predadores, estresse, dificuldade em coleta do sêmen, no manejo da desova, agressividade dentre outros (Andrade & Yasui, 2003).
2.2 Fisiologia Reprodutiva
Os elementos envolvidos e responsáveis pela reprodução dos peixes são: hipotálamo, hipófise e as gônadas. O hipotálamo localiza na base do cérebro que produz neuro-hormônios, dentre eles, os responsáveis pela inibição e estimulo da reprodução, sendo eles a dopamina e o hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH). A hipófise é a glândula responsável pela produção de vários hormônios envolvidos na reprodução. As gônadas (ovários e testículos) tem função de produção dos gametas das células sexuais, gametas, necessários para reprodução (Slideshare, 2012).
2.2.1 Testículos e o desenvolvimento do esperma
Os peixes teleósteos apresentam um par de testículos, porém em algumas espécies pode ocorrer uma união dos mesmos ou o não desenvolvimento de um deles, existindo apenas um testículo funcional. Os testículos possuem células Sertoli cuja função é a nutrição das células germinais, e também as células de Leydig onde seu papel principal é a produção de esteróides que estimulam a gametogênese e o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários. Os espermatozoides produzidos nos testículos quando maturos são liberados no lúmen central, seguindo posteriormente para o ducto espermático, onde deságuam na abertura urogenital, estes apresentam cromatina fortemente condensada, cabeça esferoidal e flagelo. Os espermatozoides encontram-se imóveis dentro dos testículos, porém logo após a espermiação em contato com a água ou também com o trato reprodutivo da fêmea tornam-se móveis. A mobilidade dos espermatozoides se mantém por pouco tempo, permanecendo móveis por menos de dois minutos. Entre os fatores que suprimem a mobilidade, são citados íons, pH e osmolaridade, por exemplo, quando a água apresenta altas concentrações de K+, quando
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