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Resenha "A Guerra do Fogo"

Por:   •  17/8/2016  •  Resenha  •  553 Palavras (3 Páginas)  •  728 Visualizações

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O Filme “A Guerra do Fogo” retrata uma época há 80.000 anos a.C. no período Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra Lascada. Este foi marcado por muitas características que foram apresentadas durante o filme, como a fabricação de ferramentas, a de caça de animais, a pesca e a colheita de alimentos, e a grande descoberta do período: o fogo. Nesta época também, os homens eram nômades e se organizavam em grupos onde o mais sábio era o líder e a comunicação era baseada na emissão de poucos sons, construindo as primeiras formas de sociabilidade.

Durante o filme, quatro diferentes tribos, que lutam pelo controle do fogo, nos são apresentadas, tendo cada uma sua própria cultura e nível de evolução. A primeira tribo com quem o grupo de hominídeos central do filme combate mostra um estágio de evolução muito baixo, pouco se diferenciando dos macacos, pois tinha o corpo coberto de pelos e se comunicavam apenas por gestos e grunhidos. Outra tribo, a segunda com qual combatem, apresenta características de canibalismo, baixa capacidade de comunicação e também não tinham o conhecimento sobre a produção de fogo.  

Já a tribo central do filme vivia em cavernas alimentando-se de insetos, carnes, vegetais e frutas e utilizava o fogo para assar e cozinhar os alimentos, aquecer-se contra o frio, iluminar o ambiente noturno e, principalmente, proteger-se contra os animais selvagens da época, como alcateias de lobos, tigres dentes-de-sabre, ursos e mamutes. No entanto, não dominava a produção do fogo, apenas o reproduzia da natureza. Além disso, não sabia se comunicar mediante uma linguagem verbal articulada e coerente, reproduzindo somente gritos, grunhidos e movimentos corporais para expressar reações e despertar a atenção dos demais.

A última, e mais evoluída tribo a nos ser apresentada dominava a produção de ferramentas de caça sofisticadas; a construção de cabanas estruturadas por gravetos e recobertas com pele de animais ou folhagens; e, sobretudo, a produção de utensílios, como potes enfeitados com pinturas. Além de tudo isso, falava uma língua mais complexa e eficaz e era a única das tribos que conhecia a técnica de como fazer fogo, demostrando que era mais civilizada delas.

Para as tribos menos evoluídas e que não conheciam a técnica da produção do fogo, ele era considerado algo divino e sobrenatural, pois era indispensável para garantir a continuidade da existência destes grupos de primatas nômades e, desta forma, era alvo de disputas sangrentas entre outros grupos, sendo símbolo de poder entre eles. Isso é retratado no filme pela dificuldade pelo qual os que são mandados atrás de fogo passam, como a fuga dos animais selvagens e o extremo frio, coisas que seriam facilmente resolvidas caso eles tivessem posse de fogo, e as lutas que se submeteram para tentar recupera-lo.

 O modo de desenvolvimento das técnicas desses povos é o de descobertas que, geralmente, se devem ao acaso, o seja, o homem primitivo concebe a técnica como algo natural e não vê nos atos técnicos algo especial, a não ser a utilidade a que se reporta. Portanto não havia nesse período tecnologia ou ciência, apenas um conjunto de técnicas que eram utilizadas para amparar as necessidades das tribos, onde muitas não tinham sequer algo além dos instintos básicos, sendo a única que apresenta algum grau de conhecimento aquela que sabia a técnica de se produzir o fogo.

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