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Resenha: Análise Epidemiológica da Sífilis Congênita no Piauí

Por:   •  4/11/2018  •  Resenha  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  169 Visualizações

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA

PROF. MST: ISABELLA BARBOSA

ALUNA: CÁRITAS YANA OLIVEIRA SILVA

CURSO: ENFERMAGEM  / NOITE                PERÍODO: 3º

Resenha: Análise Epidemiológica da Sífilis Congênita no Piauí

TERESINA,MARÇO

2017

O objetivo do artigo visa analisar o perfil epidemiológico da Sífilis Congênita no Piauí no período de 2007 a 2012 realizado através de levantamento de dados do DATASUS.

A Sífilis é uma doença infecciosa produzida por uma bactéria, o Treponema Pallidum, de transmissão predominantemente sexual. Ela é decorrente da disseminação hematogênica do Treponema Pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para seu concepto por via placentária. A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação e em qualquer estágio da doença com probabilidade de 50 a 100% na sífilis primária e secundária, 40% na sífilis latente precoce e 10% na sífilis latente tardia.

Quando não realizado o tratamento adequado, vários problemas podem surgir tais como: distúrbios neurológicos, dermatológicos, ósseos e cardiovasculares. Causam durante o período gravídico-puerperal o abortamento espontâneo, prematuridade do recém nascido bem como efeitos psicológicos e sociais.

No estudo apresentado foram avaliados diversos fatores que corroboraram a análise epidemiológica da Sífilis. Foi verificado que o maior numero de Sífilis Congênita no Piauí data do ano de 2012 com um percentual de 37,29% dos casos onde a raça parda foi a mais acometida com a doença, 62,28%. A maior frequência de casos no período analisado foi observado em mães com ensino fundamental incompleto, 55,93%. Verificou-se também que 83,47% das mães que tiveram filhos com sífilis congênita realizaram o tratamento para a doença durante o pré natal e que em 88,98% dos casos evoluíram com a criança viva e 2,97% evoluíram ao óbito.

Outro fator importante observado no estudo foi que 58,90% dos parceiros não realizaram o tratamento limitando dessa forma um possível controle da Sífilis visto que as gestantes vivenciaram a ineficiência do tratamento e a reinfecção aumentando o risco de transmissão da mãe para o concepto. Observa-se também que o crescimento do numero de casos de Sífilis Congênita notificados no Piauí a partir de 2010 requer que ações mais efetivas voltadas ao seu controle necessitam ser melhor implementadas e desenvolvidas, onde deve ser evidenciada a tríade: vigilancia-assistencia-prevenção reforçando que a vigilância da Sífilis em tempo hábil reduz o efeito danoso para o recém nascido.

Importante analisar que a desigualdade social influencia no acometimento da sífilis congênita visto que no presente estudo as mães dessas crianças se apresentaram geralmente de cor parda ou negra, baixa escolaridade, classe econômica desfavorável, inicio de pré natal tardio bem como o numero inadequado de consultas do mesmo.

Mesmo sendo uma doença que já compõe a lista de agravos de notificação compulsória desde 2005, verificou-se no estudo em questão que o casos ainda encontram-se elevados em virtude das deficiências nos atendimentos de pré natal pelas Unidades Básicas de Saúde, fator este que, o numero de consultas realizadas não deve e nem pode ser indicador exclusivo de avaliação da atenção pré natal prestada.

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