Resenha - COSTUMES E CULTURAS

SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO SUL

ÉVERTON RODRIGUES GOMES

RESENHA DA OBRA

COSTUMES E CULTURAS – UMA INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA

CAMPINAS

2015

BURNS, Bárbara; AZEVEDO, Décio de; CARMINATI, Paulo Barbero F. de. Costumes e Culturas – Uma introdução à antropologia missionária. 3ª ed. São Paulo. Vida Nova, 1995.

Esta obra é baseada e adaptada do livro de Eugene A. Nida, Customs, Culture and Christianity. Devido o altíssimo valor desta obra, Bárbara Burns, Décio de Azevedo e Paulo Barbero, adaptaram-na e modificaram-na para o estudo no Brasil. As mudanças feitas produziram um texto mais prático, sem falar na leitura agradável. Eugene Nida, doutor em Linguística pela Universidade de Michigan, trabalhou em 75 países ao lado de tradutores em textos em mais de duzentos idiomas. Escreveu 22 livros sobre tradução, linguística, antropologia e missões.

Já na introdução, entende-se que a ciência da antropologia social deve ser reconhecida como disciplina essencial no treinamento missionário. Por isso torna-se necessário, ao preparo e treinamento para a obra missionária. E sustenta que o missionário num contexto cultural não se pode usar os próprios “óculos culturais”, mas analisar no povo as razões de sua maneira de pensar, agir e viver.

A proposta da obra é abordar a Antropologia aplicada às ações missionárias de forma prática, e assim oferecendo uma base para os desdobramentos que envolvam encontro de culturas e evangelização.

No primeiro capitulo podemos observar as diversas culturas do mundo, vemos que cada povo tem sua própria ideia a respeito de um assunto qualquer. Cada povo considera sua ideia como universal e a única correta. Recomenda humildade ao procurar compreender um povo com o qual trabalha, falar a língua e evitar todo o escândalo cultural para não fechar a porta.

No segundo capítulo, enfatiza que é importante compreender as razões e atitudes dos outros, bem como das nossas próprias. Expõe o que é cultura e suas subdivisões e como ela funciona. E diz que o comportamento humano não é ilógico, mas segue modelos culturais definidos.

Nós podemos encontrar considerações sobre o racismo no terceiro capítulo. O mito da superioridade racial e as consequências do racismo são explicados, como também as orientações para evitar muitos problemas em relação ao orgulho nacional e à interação com pessoas de outro povo. Mostra que o preconceito é em todo o mundo, é universal, porém, que pode ser superado ao demonstrar o amor de Deus para o mundo inteiro.

No quarto capítulo aborda aspectos relacionados à agricultura e economia dos povos. Revela a cultura material em relação à cultura social, a cultura religiosa, cultura estética e a missão cristã.

Trabalha as relações dos homens entre si a sua vida social no quinto capítulo. Trata sobre as diversidades e complexidades nas relações sociais. E mostra que somente a reconciliação do homem com Deus, pelo sacrifício vicário de Jesus Cristo, pode transformar as relações sociais.

O sexto capítulo descreve a religião, visto que, é um fenômeno mundial. De modo objetivo classifica as crenças religiosas e descreve vários aspectos da religião. Isso é muito necessário pois a religião é parte integral do ser humano.