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Resenha A Cultura Organizacional Do Restaurante Chalé Da Praça XV Em Porto Alegre: Espaços E Tempos Sendo Revelados

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Por:   •  28/7/2013  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  1.036 Visualizações

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O texto A cultura organizacional do restaurante Chalé da Praça XV em Porto Alegre: Espaços e tempos sendo revelados tem o objetivo observar o comportamento e pensamento dos funcionários, clientes e administração do restaurante para buscar características, tanto em comum como diferentes, que formam a identidade cultural do local, que pode ser relacionado a demais grupos populacionais no país, que passam pelo mesmo momento cultural, a busca da nova identidade em vista as novas transformações advindas da tecnologia e as raízes do lugar, sua tradição. Para isso, o restaurante é visto como um lugar antropológico, onde tradição e modernidade se opõem, e dessa oposição se forma a identidade cultural dos freqüentadores do local, partindo-se do principio que a compreensão das representações sociais pode servir de fundamento para a interpretação do universo simbólico organizacional.

O objeto de pesquisa do texto, as representações de tempo e espaço, foi desenvolvido e apresentado por membros da organização estudada, através até mesmo da descrição exata dos relatos, palavra por palavra, devido à importância que essa categoria tem na construção da cultura organizacional da região.

O método etnográfico escolhido pela autora acrescenta qualidade ao texto, pois a inserção em campo e a compreensão da realidade local como um todo complexo, além da própria interpretação dessa complexidade, são capazes de descrever de maneira muito semelhante a realidade do local. A descrição densa se utiliza desse momento da história para separá-lo para melhor entendê-lo, recolocá-lo no meio cultural. O uso do método etnográfico no texto, através das identificações das representações de tempo e espaço elaboradas por funcionários, clientes e administradores, e ainda da realidade local, a descrição etnográfica do chalé, sua constituição como espaço de memória, a revitalização do centro e do chalé, o tempo que muda o espaço, o happy-hour e o consumo de chope, comida e os petiscos, os clientes do chalé, o turismo e os turistas no chalé e o lugar e as memórias são as subdivisões da autora para melhor abordar o texto.

Na descrição etnográfica do chalé a autora aborda não somente sua construção física, paredes, tipo de piso, salão, solário, terraço, localização das mesas, cozinha e etc, mas também o sentimento que o chalé desperta em seus freqüentadores, a maneira em que o local virou espaço de socialização entre os “engravatados”, as angustias que despertam nos garçons para atender melhor as solicitações dos clientes e a felicidade dos “clientes-narradores” ao descrever suas experiências de vida no ambiente.

Já no que compete a descrição do processo de revitalização em que passa o local, a autora destaca da disseminação da importância que o pertencimento a um patrimônio histórico despertou nos funcionários. A valorização do centro acaba por perpassar pela valorização do chalé. Em contrapartida, é unânime o relato que muita coisa ainda deve ser melhorada a fim de tornar o local mais atrativo para os clientes.

Outra importante observação feita pela autora é a questão do tempo que muda o espaço. Tendo em vista que 70% da clientela na parte da tarde é composta por jovens, temos a contradição da presença destes num local histórico e tradicional, em contrapartida aos jovens que buscam lugares mais

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