Resenha Contabilidade

A contabilidade tem como objetivo principal fornecer informações conclusas, que auxilie os seus usuários na tomada de decisão. Essas informações são baseadas em relatórios contábeis dos registros de receitas e gastos da entidade analisada.

Porém, o analista contábil não pode simplesmente transpor dados de balanços, sem antes certificar-se de que tais dados se refletem a real situação patrimonial e financeira da entidade. Pois alguns problemas podem resultar informações incorretas, como a existência do “caixa dois”, lançamentos incorretos (por um simples erro ou desconhecimento técnico), ou simplesmente parte das operações não ter sido registrada por falta de informação suficiente (como fluxo de documentos inadequados).

Para se conhecer o resultado de um exercício é preciso confrontar o total das despesas com o total das receitas correspondentes ao respectivo exercício. É o regime contábil a ser adotado que definirá que despesas e receitas deverão ser consideradas na apuração do resultado do respectivo exercício.

Assim, são dois os regimes contábeis conhecidos que disciplinam a apuração do Resultado do Exercício: Regime de Competência e Regime de Caixa.

Regime de Competência:

Desse regime decorre o princípio da Competência de Exercícios, e por ele serão consideradas, na apuração do resultado do Exercício, as despesas incorridas e as receitas realizadas no respectivo exercício, tenham ou não sido pagas ou recebidas.

De acordo com esse regime, não importa se as despesas ou receitas passaram pelo Caixa (pagas ou recebidas), o que vale é a data da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Nas entidades com fins lucrativos, são fundamentais os conceitos de custo e de receita, que envolvem o regime de competência, pois a elas não importa o que foi pago ou recebido, mas o que foi consumido e recuperado, para apuração do resultado do exercício.

Regime de caixa:

Na apuração do resultado do Exercício devem ser consideradas todas as despesas pagas e todas as receitas recebidas no respectivo exercício, independente da data da ocorrência de seus fatos geradores, isto é, somente entrarão na apuração do resultado as despesas e as receitas que passaram pelo Caixa.

O Regime de Caixa somente é admissível em entidades sem fins lucrativos, em que os conceitos de receita de despesa se identificam, algumas vezes, com os de recebimento e pagamento.

Sobra de dinheiro em caixa não é sinônimo de obtenção de lucro, segue abaixo alguns exemplos:

• Venda a vista de itens comprados a prazo;

• Venda de itens disponíveis em estoque e que já tenham sido pagos em períodos anteriores

• Recebimentos em datas inferiores aos pagamentos (quando o prazo para pagamento da compra é superior ao do recebimento das vendas)

• Entrada de dinheiro originada em outras fontes que não seja a venda (venda de um bem imobilizado, empréstimos, etc.)