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Resenha Crítica - Mauá, O Imperador E O Rei

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Por:   •  5/10/2014  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  7.213 Visualizações

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Resenha Crítica – Mauá, o Imperador e o Rei

O filme Mauá, o Imperador e o Rei foi lançado no Brasil em 1999 com duração de 134 minutos e direção de Sergio Rezende. A trama relata o crescimento do jovem Irineu Evangelista, que após a morte do pai no Sul, se vê obrigado a mudar para o Rio de Janeiro, onde descobre a sua aptidão para o mundo do comércio.

Irineu Evangelista de Souza foi uma figura importante no processo de crescimento econômico e modernização tecnológica do Brasil uma vez que financiou e idealizou obras de grande importância para o desenvolvimento do país, como por exemplo, a construção da primeira ferrovia brasileira, a fundação do Banco do Brasil, a iluminação do Rio de Janeiro e a instalação de cabos submarinos de telégrafo até a Europa, último feito este, que lhe concedeu o título de Visconde de Mauá. No entanto, sua visão liberalista e descentralizada atraiu a aversão da classe oligárquica e do Império brasileiro, que acreditavam que a riqueza vinha da força de trabalho daqueles que não sabiam pensar, ou seja, apenas desfrutavam das riquezas sem precisarem suar o colarinho, já que a forma de trabalho na época era a escrava.

A sua vontade de crescer e se tornar um homem livre e independente fizeram com que ele buscasse aprofundar seus conhecimentos sobre a ciência econômica e dessa forma adquirir melhor experiência na função que desempenhava como caixeiro. E assim o fez, devido a sua garra, inteligência e aptidão para os negócios, Irineu conseguiu ainda muito jovem se tornar sócio dos ingleses e detentor de uma das maiores fortunas do Brasil. Porém, a sua ingenuidade em achar que poderia confiar no apoio inglês e brasileiro ou que talvez sozinho pudesse puncionar o país e a insatisfação da elite brasileira diante das ideias liberais e industriais de Irineu foram fatores que fizeram com que o Barão de Mauá fosse obrigado a se desfazer de seus bens e assim decretar falência.

O filme se passa em meados do século XIX e relata de forma objetiva o período pelo qual o Brasil passava por grandes pressões e mudanças econômicas. O tráfico de escravos estava se tornando uma atividade arriscada devido à lei Eusébio de Queiroz que abolia o tráfico negreiro e dessa forma afetava de forma significativa a principal fonte da economia, que estava correndo riscos, uma vez que os latifundiários dependiam da mão-de-obra escrava para produzirem e tocarem suas fazendas, além de estarem sofrendo com a concorrência açucareira e suas novas fontes de extração. Apesar da criação da Tarifa Alves Branco que eliminava vantagens tarifárias a outras nações, a Inglaterra ainda exercia forte influencia no comércio brasileiro com seus produtos. Logo, não existia força ativadora no mercado interno uma vez que dependíamos extremamente do mercado exportador e assim ficávamos submetidos ao capital estrangeiro, não conseguindo acompanhar e modernizar nossos meios de produção, transporte e comunicação. A elite oligárquica tinha medo de deixarem a supremacia e perderem seu espaço na economia, logo não apoiavam as ideias de liberalismo econômico inglês, revolução industrial e transformação nas fontes de riqueza econômica defendidas pelo Barão de Mauá, que via no ferro, carvão e no livre comércio formas de crescimento e industrialização do Brasil. Na Inglaterra, ao ver o sucesso dessas medidas

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