Resenha JACQUES DELOR- OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO
Trabalho Universitário: Resenha JACQUES DELOR- OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ADRIANASRHOTMAIL • 26/11/2014 • 1.213 Palavras (5 Páginas) • 5.610 Visualizações
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação um tesouro a
descobrir. UNESCO, MEC. São Paulo: Cortez, 1999. p. 89-102. (Relatório para a UNESCO
da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI
RESENHA
APRENDER A CONHECER
Essa aprendizagem se refere à aquisição dos "instrumentos do conhecimento", desenvolvendo nos alunos o raciocínio lógico, a capacidade de compreensão, o pensamento dedutivo e intuitivo e a memória. O importante é não apenas despertar nos estudantes esses instrumentos, como motivá-los a desenvolver sua vontade de aprender e querer saber mais e melhor. É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, para que se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar. Desta maneira, o primeiro pilar da educação é o conhecimento, pelo motivo de ser ele um valor em si e sua busca se impõe por ser, simultaneamente, meio e fim. Como “meio”, o conhecimento é uma ferramenta necessária e presente em todos os processos produtivos. O conhecimento tornou-se vital e imprescindível para a sobrevivência presente e futura da humanidade. Como “fim”, a busca do conhecimento e do auto-aperfeiçoamento poderá ser o sentido da vida para um número crescente de pessoas. Aprender a conhecer ou aprender a aprender: trata-se da necessidade de se aprender a lidar com os saberes dentro de uma cultura geral vasta, selecionando as informações em situações específicas ao longo de toda vida.
APRENDER A FAZER
Saber fazer ou dominar competências não se separa de aprender a conhecer, mas confere ao aluno uma formação técnico-profissional em que aplicará na prática seus conhecimentos teóricos. Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de certa dose de risco, saber comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas . Aprender a fazer: processo de aprendizagem que não se restringe à qualificação profissional, mas promovam a incorporação de competências que tornem as pessoas aptas às diferentes situações de trabalho e às atividades coletivas.
Da noção de qualificação à noção de competência
O progresso técnico modifica, inevitavelmente, as qualificações exigidas pelos novos processos de produção. As tarefas puramente físicas são substituídas por tarefas de produção mais intelectuais ou mentais, como o comando de máquinas, a sua manutenção e sua vigilância, ou por tarefas de concepção, de estudo e de organização, à medida que as máquinas também se tornam mais “inteligentes”, e que o trabalho se “desmaterializa” ). Qualidades como a capacidade de comunicar, de trabalhar com os outros, de gerenciar e de resolver conflitos, tornam-se cada vez mais importantes. E essa tendência torna-se mais forte devido ao desenvolvimento do setor de serviços.
A “desmaterialização” do trabalho e a importância dos serviços entre as atividades assalariadas
A “desmaterialização” da aprendizagem aumenta economia voltada para o setor de serviços. Esse setor altamente diversificado define-se, sobretudo, pela negativa: seus membros não são nem industriais nem produtores agrícolas e, apesar da sua diversidade, têm em comum o fato de não produzirem bens materiais. Muitos serviços definem-se principalmente em função das relações interpessoais a que dão origem. O desenvolvimento do setor terciário exige, pois, cultivar qualidades humanas que as informações tradicionais não transmitem, necessariamente, e que correspondem à capacidade de estabelecer relações estáveis e eficazes entre as pessoas (pg 77). Agora, as relações interpessoais mostram-se cada vez mais importantes para a solidificação de uma educação que traga a criticidade ao educando.
O TRABALHO NA ECONOMIA INFORMAL
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros
Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Se aposta na educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo? No mundo atual, este é um importantíssimo aprendizado por ser valorizado quem aprende a viver com os outros, a compreendê-los, a desenvolver a percepção de interdependência, a administrar conflitos, a participar de projetos
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