Resenha critica sobre a etica na petrobras

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CONTÁBEIS

EXAE DE ÉTICA

Isadora Marinho Naves

GOIÂNIA, MAIO DE 2015.

1)A luz dos princípios éticos e morais, discorra sobre as fraudes e escândalos ocorridos na Petrobrás em 2014/2015.

Os escândalos envolvendo a empresa Petrobras, mais comumente conhecidos como “Petrolão” ou “Operação lava-jato” mostram-se como uma ferida aos princípios éticos e morais constituintes da sociedade brasileira.

Muito se discute a respeito da ética política e ate aonde vão os escrúpulos daqueles que estão no poder.

Roubar a Petrobras não significa apenas roubar uma empresa, mas sim de todo o país. A Petrobras é constituída pelo dinheiro do povo e não ver esse retorno aplicado na sociedade, mas sim em contas bancárias de pessoas físicas em paraísos fiscais é revoltante.

2)Apresentar uma resenha critica sobre o código de ética da profissão contábil.

Não há que se falar em uma sociedade sem que, primeiramente se trate de seus preceitos éticos e morais. A ética pode ser confundida com lei, sendo que muitas vezes a ética constitui base para a criação de novas leis.

Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser obrigado, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas. Trata-se de uma coerção interna, do intimo do indivíduo, que nasce com ele ou é adquirida ao longo do tempo e da convivência em sociedade.

A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada ao âmbito profissional. Existem códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar na sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma sociedade próspera.

A profissão contábil assim como diversas outras profissões, possui seu próprio código de ética, que foi constituído e moldado com base nas experiências dessa classe, de maneira a formar uma linha de pensamento e conduta únicos para todos àqueles que a desenvolvam.

A ética é de suma importância para o desenvolvimento da profissão do contador e torna possível que essa profissão exista em meio a tantas outras e que mantenha com essas, uma relação de cooperação e reciprocidade.

Um código de ética é muito mais que uma simples reunião de direitos, deveres, limitações e punições. É o verdadeiro norteador, que deve reger toda a conduta dos elementos envolvidos por ele.

É preciso que o profissional de contabilidade exerça uma conduta ética, sem perder sua autonomia para trabalhar, já que a atividade do contador é a prestação de serviços, o fornecimento de informações e avaliações de natureza física, econômica e financeira sobre o patrimônio das empresas e também de pessoas físicas. Assim, este profissional deve assumir uma postura ética de acordo com as normas ditadas para o exercício legal da profissão a fim de não ser subornado pelas organizações.

O profissional contábil deve não apenas ser ético em suas condutas como também no direcionamento que propõe às empresas. Atualmente a contabilidade gerencial esta mais presente em nossa realidade onde o contador alem de fornecer informações ao fisco, também fornece dados que irão auxiliar de maneira significativa na administração da empresa.

O contador, no âmbito de suas atribuições não deve ser antiético nem deve admitir condutas antiéticas uma vez que as mesmas, se feitas com seu respaldo, demonstrando clara ruptura com o que é esperado da postura de um contador.

Os escândalos contábeis envolvendo empresas de renome nacional e internacional intensificam a preocupação da sociedade quanto a informações que demonstrem a real situação das empresas.

O Código de Ética do Profissional Contabilista determina um norte a ser seguido no exercício de suas atividades profissionais. Por outro lado, é preciso que exista por parte do mesmo uma conduta ética individual para que possa lidar com situações adversas e constrangedoras que surgem no dia a dia das pessoas físicas e jurídicas.

 Associando as determinações do Código de Ética da profissão com os valores individuais que cada um constrói ao longo de sua vida, esse profissional estará apto a realizar seu trabalho de acordo com os princípios da Competência, Confidencialidade, Integridade e Objetividade que recomendados pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Em uma época em que a corrupção circula livremente, tanto no Estado como no meio empresarial, o contador precisa estar eticamente preparado para lidar com essas questões. Em um ambiente competitivo, onde as pessoas não medem esforços para ganhar dinheiro e alcançar sucesso rapidamente, o profissional contabilista precisa assumir uma posição para que mantenha uma conduta ética firme, tanto profissional quanto individual.

Na execução da profissão contábil, uma conduta não ética de um contabilista, pode em um primeiro momento agradar a quem se beneficia diretamente desta conduta. Porém, a médio e longo prazo, este fato apenas contribui para denegrir não somente o profissional que o praticou, mas à comunidade contábil como um todo.

É uso comum de a sociedade julgar uma categoria profissional, infelizmente, não pelos bons profissionais, mas sim pelos maus. Assim sendo, muitas vezes os contadores são vistos como "quebradores de galho" em questões fiscais e contábeis. Isto porque uma parte considerável desses profissionais incentiva práticas ilícitas, como a sonegação fiscal, pagamento de propinas, suborno, elaboração de demonstrativos e documentos falsos, como por exemplo, balanços fraudulentos e comprovantes de rendimentos sem o respectivo respaldo.

É claro que se profissionais contábeis assim o fazem, é porque encontram apoio entre empresários, funcionários públicos e pessoas que assim querem que seja feito. Porém, este fato não justifica e muito menos explica estas atitudes.

Muitas vezes, pelo temor de perder o emprego ou o cliente, seja ele um contador contratado ou um proprietário de escritório contábil , pratica esses atos antiéticos à profissão. Mas, se todos os profissionais agissem conforme a ética nenhum individuo conseguiria forçá-los a agirem de modo contrário, pois não encontrariam quem o fizesse.