Resenha da Atividade Currículo
Por: Rogers Barbi • 12/7/2022 • Resenha • 871 Palavras (4 Páginas) • 81 Visualizações
Atividade 3
Ao se observar, na leitura dos textos sugeridos, percebe-se que os obstáculos
presentes dificultam a materialização do ensino médio integrado.
Atualmente, em nossa conjuntura, a perspectiva de uma formação integrada
é em si mesma, difícil de ser materializada. Política e economicamente, as
diretrizes estatais estão relacionadas em uma visão tecnicista de educação.
Vivenciamos mudanças estruturais marcantes após o golpe de 2016 onde,
além de poucas políticas públicas necessárias à materialização do ensino médio
integrado, exigem que as instituições de educação profissional avaliem suas
metodologias pedagógicas, para tentar operacionalizar a formação do
“trabalhador” em todos os níveis e setores da economia, exigindo novas
capacidades para novas adaptações ao sistema produtivo.
O papel da educação na formação do indivíduo, visa a formação crítica e
emancipativa, proporcionando criticidade, e culminando em um sujeito mais
engajado e participativo no mundo do trabalho e na sociedade.
Conforme Moura(2012), para se tornar plausível esta realidade, necessita-se
que os gestores em todas as esferas públicas, executem medidas concretas, no
intuito de proporcionar confiança por parte dos educadores, na percepção de uma
construção coletiva de uma política educacional pública e de abrangência
nacional.
Esclarecendo o mesmo que.
“Dessa maneira, além da geração de condições de tempo e de espaço
adequados ao trabalho docente e de estratégias de formação continuada,
outras medidas precisam ser perseguidas (BRASIL, 2007):
● a instituição de quadro próprio de professores, com a realização de
novos concursos;
● a consolidação de planos de carreira em que seja prevista a
dedicação exclusiva dos professores e a melhoria salarial; e
● a melhoria da estrutura física, material e tecnológica das
escolas.(MOURA, 2012, p. 15)”
No texto “Ensino médio integrado: Lutas históricas e resistências em tempos de
regressão”, de Marise Ramos, onde a autora resgata a relação trabalho educação,
sendo abordada por Saviani, como uma relação histórica que foi-se transformando
ao longo do tempo.[...] Ainda assim, os servos continuavam a se educar nos seus próprios
afazeres. Esse fenômeno, inclusive, nos é mostrado por Saviani (2007)
como expressão da unidade entre trabalho e educação em um dado tempo
histórico. Ele nos explica que a institucionalização da educação é, ao
mesmo tempo, o primeiro tipo de separação entre trabalho e educação, e
se relaciona com o surgimento da sociedade de classes. (RAMOS, 2017, p.
4)
Evidenciando uma cisão entre trabalho e educação.
[...] mostrado por Saviani (2007) como expressão da unidade entre
trabalho e educação em um dado tempo histórico. Ele nos explica que a
institucionalização da educação é, ao mesmo tempo, o primeiro tipo de
separação entre trabalho e educação, e se relaciona com o surgimento da
sociedade de classes. (RAMOS, 2017, p. 4)
Ramos (2017) enfatiza temporalmente, a década de 90 e a hegemonia neoliberal, e
aborda as justificativas e o conteúdo do Decreto n. 2.208/97, bem como os
programas que incentivaram sua implantação pelos sistemas de ensino. As
conquistas obtidas, na visão da autora, em certa medida, com a aprovação da Lei
n. 9.394/96 são confrontadas com as adversidades geradas por seu caráter
minimalista, em relação ao que se defendia no projeto de LDB original.
Um avanço positivo é a revogação do Decreto nº 2.208/97 realizada em
2004, buscando restabelecer os princípios norteadores de uma política de
educação profissional articulada com a educação básica como um direito das
pessoas e uma necessidade do país foi, sem dúvida, um momento histórico. Já o
conteúdo do Decreto n. 5.154/2004, por sua vez, reveste-se de controvérsia, mas
tem possibilitado debates importantes e perspectivas modernas para a política de
educação profissional, especialmente em relação à possibilidade de integração
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