Resenha de tempos modernos

Charles Spencer Chaplin, nasceu em Londres no dia 16 de abril de 1889, e é considerado um dos mais conceituados atores do cinema mudo. Atuou, dirigiu, produziu e escreveu famosos filmes como Luzes da Cidade, Tempos Modernos, O Grande Ditador, The Gold Rush... Tempos Modernos é um clássico, um filme brilhante, que passou de geração em geração de uma forma consistentemente atual, sua produção levou três anos, 1933 a 1936, não ganhou nenhum Oscar mas é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos, ele também foi censurado em vários países , como por exemplo na Alemanha Nazista, pelas suas citações sobre o comunismo e a democracia.

Carlitos, interpretado por Charles Chaplin, trabalha como operário em uma fábrica, na qual ele teve um colapso nervoso pelo trabalho excessivo, então é encaminhado à um hospital mas ao voltar, a fábrica já não estava mais em funcionamento. Simultaneamente uma menina menor de idade, que vive com seu pai e suas irmãs, tenta manter a família roubando alimentos, após seu pai ser morto em uma manifestação elas ficam órfãs, agentes do juizado de menores tentam leva-las para a adoção mas a garota foge, deixando tristemente suas irmãs. A jovem tenta sobreviver de pequenos roubos para se alimentar e vive constantemente fugindo dos agentes do juizado. A partir daí ocorre uma série de acontecimentos onde Charles vai para a prisão injustamente, mas pelo fato de ter tido comida e descanso na prisão ele acaba se sentindo infeliz ao sair dela. Seu destino se cruza com a jovem ao querer ser preso novamente, assumindo a culpa dela, que havia furtado um pão, só para ser preso. Mas neste momento os dois acabam escapando da prisão e uma linda parceria floresce.

A obra cinematográfica, Tempos Modernos, quando analisada pode-se ver que ela é composta de variadas abordagens à problemas sociais que decorreram durante décadas, apesar do filme proposto ter sido produzido 1936 ele ainda hoje faz juízo ao seu titulo retratando problemas do tempo moderno. As críticas à revolução industrial se torna o centro dos problemas onde outras opiniões apelam sobre termos como o capitalismo, conservadorismo, militarismo, nazismo, além de outros problemas sociais... Essas críticas são desenvolvidas no decorrer da história de Carlitos, que trabalha persistentemente em busca de melhores condições de vida, assim como os outros trabalhadores da época, que sofriam com a falta de empregos que se tornava cada vez maior devido a substituição dos homens por máquinas, eles já não trabalhavam para viver e sim viviam para trabalhar.

O filme é introspectivo, os sons são praticamente escassos, por isso as imagens são o único meio de comunicação onde a interpretação é heterogenia para cada interlocutor. É perceptível que a utilização do humor irônico no filme, não tem somente o intuito de prender a atenção do telespectador, também tem o objetivo de enfocar e engrandecer as diversas críticas. Na cena em que Carlitos enlouquece de tanto trabalhar pode-se perceber que a obra tenta enfatizar o desrespeito aos diretos trabalhistas, além de que uma visão sobre o abuso de poder e a falta de direitos de expressão demonstrada na cena em que o protagonista é preso injustamente, e uma forte alusão se dá quando o personagem encara a penitenciária como luxo, comparado ao que se chama de liberdade.

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