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Responsabilidade Social

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Por:   •  24/11/2013  •  448 Palavras (2 Páginas)  •  228 Visualizações

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TRABALHO SOBRE TEMPOS MODERNOS:

ONDE O OPERÁRIO ERA EXPLORADO E COMPARADO COM MÁQUINAS E MESMO ASSIM SONHAVA EM TER UMA VIDA BOA , CONSTRUIR FAMÍLIA , SER FELIZ..No estudo da Revolução Industrial, vários historiadores salientam que tal experiência foi responsável por uma profunda transformação nas formas de se organizar as relações de trabalho. Em linhas gerais, procura-se destacar que a figura do artesão foi substituída pela do operário, que vendia a sua força de trabalho em troca de uma determinada compensação monetária.

Nessa nova configuração, o trabalhador fabril não tinha mais noção de quanto era o valor da riqueza produzida por sua força de trabalho. Segundo a teoria dos pensadores Karl Marx e Friendrich Engels, o operário recebia um salário que era insignificante se comparado ao valor da riqueza produzida por ele ao longo de um único mês de trabalho. Dessa forma, estava necessariamente submetido a uma lógica de exploração sistemática.

Para que tal desconhecimento fosse viável, segundo estes dois mesmos teóricos, a especialização do trabalho era um pressuposto indispensável. Sob tal vigência, o operário desconhecia o valor do seu trabalho no momento em que desempenhava uma função isolada do processo global de fabricação de um determinado bem material. Com isso, ele não sabia quantificar em dinheiro o valor que sua contribuição influía na concepção de uma mercadoria industrializada.

Para grifar esses desdobramentos em sala de aula, temos a obrigação de mostrar como esse novo tipo de trabalhador surgiu no mundo contemporâneo. Para isso, sugerimos que o professor faça uma breve exibição do filme “Tempos Modernos”, de 1936, em sala de aula. Não podendo gastar muito tempo com a exibição completa desta obra, sugerimos a rápida amostragem do momento em que Carlitos (personagem principal da trama) passa longas horas desempenhando uma mesma tarefa na linha de produção.

Reproduzindo essa cena, o professor pode mostrar que a inadaptabilidade de Chaplin ao ritmo da esteira simboliza a submissão do homem ao ritmo imposto pela máquina. Ao mesmo tempo, no momento em que ele sai do ambiente de trabalho reproduzindo o mesmo movimento realizado na esteira fabril, mostra como a especialização do trabalho impõe uma repetição que anula completamente o significado do trabalho em sua vida. Em outros termos, o homem se transforma em uma mera extensão da máquina.

Mesmo sendo bastante cômicas as situações encenadas em “Tempos Modernos”, podemos ver que o riso provocado no filme está atrelado a uma forte e consciente mensagem que desafiou a lógica do trabalho industrial. Ao repassar essa perspectiva em sala, o professor não só expõe os problemas advindos com a mais-valia, bem como comprova o importante lugar que as artes ocupam na reflexão de uma determinada época.

Por Rainer Sousa

Graduado em História

Equipe Brasil Escola

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