Responsabilidade Social
Artigo: Responsabilidade Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rosmeiri • 28/11/2013 • 2.931 Palavras (12 Páginas) • 326 Visualizações
SUMÁRIO
• Introdução...................................................................................3
• A Natureza da Filosofia e o seu Ensino......................................4
Obstáculo da Autoridade................................................5
• Novas Perspectivas para a Educação no Século XXI................6
• A indústria cultural invade a escola brasileira.............................8
• Pierre Bourdieu e sua visão sobre a escola e a desigualdade do
Sistema educacional..................................................................10
• Conclusão..................................................................................12
• Referências Bibliográficas.........................................................13
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS QUE PERMEIAM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Introdução
O presente trabalho fala sobre os fundamentos filosóficos da educação.
O objetivo desse trabalho é se aprofundar e conhecer melhor sobre esse tema. Este trabalho foi elaborado em quatro partes, sendo a primeira parte sobre a Natureza da Filosofia e seu Ensino, na segunda parte falaremos sobre as Novas Perspectivas para a educação no século XXI na visão de Moacir Gaotti, na terceira parte falaremos sobre - a Indústria Cultural invade a escola brasileira e na quarta e última parte falaremos sobre Pierre Bourdieu e as desigualdades no sistema educacional.
As metodologias utilizadas foram pesquisas bibliográficas enriquecidas com algumas entrevistas e documentários.
A Natureza da Filosofia e seu Ensino – segundo Desidério Murcho
Fazendo um parâmetro sobre a imagem “O Pensador” de Auguste Rodin: a Filosofia é uma teoria que estuda o ser humano no seu íntimo mais profundo, a alma; pois o que a imagem O pensador expressa, é a atitude de introspecção meditativa profunda, sem apelar para o simples ato de raciocínio. Porque pensar é também um ato que advém da alma e não apenas da inteligência. A nudez da imagem está relacionada a se despir da mais profunda imensidão da sua alma, exprime a dimensão estética, uma reflexão do seu íntimo.
O texto segundo Desidério Murcho, fala que como a Filosofia é uma disciplina muito ampla e por ser uma disciplina que apresenta poucos resultados consensuais, isto é, a maioria dos seus problemas continuam em aberto, sem uma solução “respostas” aos mesmos, tornou-se difícil de ser implantada no currículo escolar. É uma disciplina muito questionadora acerca do mundo, sendo que suas respostas ficam à quem de outras disciplinas como a História, a Biologia, pois nestas disciplinas há muitos resultados amplamente consensuais.
Deve-se deixar claro que na Filosofia há resultados, pois só de existirem diferentes ideias que são defendidas por diferentes filósofos, quer dizer que há resultados, mas só que não são resultados substanciais consensuais, ou seja, que todos os filósofos aceitem. Os próprios filósofos entram em contradição, pois cada um acredita naquilo que defende. Por esse, e outros motivos, a Filosofia é tida como uma disciplina “a priori”.
Mas se não se sabe praticamente nada na Filosofia, como podemos andar a estudar Filosofia durante anos na escola e na faculdade? Podemos fazer isso porque o tipo de estudo que se faz em Filosofia – se o fizermos bem – é como o estudo que se faz um historiador quando explora as fronteiras do conhecimento: descobre problemas, procura resolvê-los, discute a solução com seus colegas, e os seus colegas discordam dele, e avançam outras soluções, apoiadas noutros argumentos, chamando a atenção para diferentes provas históricas ou para diferentes maneiras de interpretar essas provas. Mas até essa imagem é enganadora. Apesar de o filósofo não poder apoiar-se numa imensidão de conhecimentos filosóficos, pode e deve apoiar-se precisamente nos mesmos conhecimentos em que se apoia o musicólogo, o historiador ou o físico – tudo depende da área da Filosofia que estamos a estudar. Não podemos estudar Filosofia da arte, sem nada saber de arte; não podemos estudar Filosofia da linguagem, sem nada saber de linguística; não podemos estudar metafísica, sem nada saber de lógica. Mas, tal como o físico que se apoia em tudo o que se sabe sobre os fenômenos físicos coça a cabeça sem saber resolver os problemas intrincados das fronteiras da Física, também o filósofo está perplexo, porque tudo o que se sabe em todas as disciplinas do conhecimento não lhe permite resolver os problemas intrincados que lhe interessam.
Filosofia é: um conjunto de problemas, teorias e argumentos, e para tal precisam ser estudadas com compreensão por parte dos estudantes que devem aprender também a filosofar.
Não admira que a natureza da Filosofia provoque tanta perplexidade e desorientação nos estudantes e professores. Quando o ensino de Filosofia é de qualidade, o estudante sai da disciplina sabendo pensar com mais clareza, sabendo traçar distinções, sabendo detectar e evitar erros de raciocínio, sabendo avaliar opiniões opostas e tomar decisões informadas e refletidas. Os estudantes têm de ser levados, estimulados e ajudados a pensar por si nos problemas, teorias e argumentos da Filosofia. Para isto, deve-se perguntar aos mesmos, o que pensa sobre os vários problemas discutidos na Filosofia e fornecendo-lhes instrumentos filosóficos. Estes instrumentos permitem aos alunos filosofar de modo sofisticado. Para ensinar a filosofar é preciso ensinar a ler os textos filosóficos ativa e filosoficamente. A leitura ativa dos textos se caracteriza por não ter como fim a mera compreensão das ideias dos filósofos, é saber se o filósofo tem razão ou não e por que. Como é evidente, isso é de importância fundamental para a vida pública e cultural de qualquer sociedade.
As teorias apoiam-se em argumentos e esse é outro aspecto em que a Filosofia difere muito das outras
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