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Responsabilidade Social

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Por:   •  4/11/2014  •  2.221 Palavras (9 Páginas)  •  196 Visualizações

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REVISÃO DA LITERATURA

5.1 Revisão Histórica da Gestão de Pessoas

As organizações modernas e de sucesso possuem uma cultura diferenciada das demais, são inovadoras e percebem que para seu desenvolvimento precisam investir no seu maior capital, o capital humano. Essa visão moderna é refletida numa cultura voltada para o capital humano, as pessoas podem maximizar as forças da organização, o que vai modificar essa situação é a forma como os caminhos são traçados e escolhidos para se atingir os objetivos.

Na era da informação, surgem as equipes de gestão com pessoas, que substituem os departamentos de recursos humanos e gestão de pessoas. Na era da informação, lidar com pessoas deixou de ser problema e passou a ser solução para as organizações. (CHIAVENATO, 2005, p. 42).

As organizações dependem, em maior ou menor grau, do desempenho humano para seu sucesso. Por causa desse motivo, desenvolve e organiza uma forma de atuação sobre o comportamento que se convencionou chamar de modelo de gestão de pessoas. Esse modelo é determinado por fatores internos e externos à própria organização. Para diferentes contextos históricos são encontradas diferentes modalidades de gestão.

Ao analisar a história dos modelos de gestão, observa-se que, em geral eles se articulam em torno de alguns conceitos chave que determinam sua forma de operação e a maneira pela qual direcionam as relações organizacionais nas empresas. Começou surgir o desenvolvimento dos processos, métodos e normas de trabalho, o estudo de alguns fenômenos colaterais observados no campo da psicologia organizacional e da sociologia no trabalho, principalmente no que tange ao comportamento do homem. O primeiro passo foi dado pelo americano Frederick Winslow Taylor, um engenheiro até então desconhecido, na busca da maximização da eficiência na produção. Taylor foi seguido pelo europeu Henri Fayol com a Administração Geral e Industrial no qual introduziu pela primeira vez a clássica divisão das funções do administrador em: planejar, organizar, coordenar, comandar, controlar.

Taylor e Fayol são responsáveis pelo surgimento do movimento da administração científica. Nesse período e sob tal influência nasceu à função de chefe de pessoal.

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O australiano Georges Elton Mayo supervisionou uma experiência em uma fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne. Esta experiência caracterizou-se como um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da Administração, considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma elegante de explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Na época, a alta necessidade de se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de trabalho das indústrias, aliado ao desenvolvimento das ciências humanas e as conclusões da Experiência de Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas.

O movimento de relações humanas trouxe um desafio extremo à função de chefe de pessoal. Esse novo modelo de administração teve como base de mudança a relação entre empregados e empregadores. O novo modelo propunha aumentar a produtividade pela eliminação dos conflitos e seus respectivos custos.

O novo modelo administrativo de gerir a relação entre empregados e empregadores, a função de chefe de pessoal sofre uma pressão muito forte, com uma inversão radical de seu papel. A ordem agora é preocupar-se com o indivíduo, com suas necessidades e outras variáveis com as quais até esse momento ninguém estava absolutamente preparado. Nem o empresário, nem o trabalhador e muito menos o chefe de pessoal.

A empresa passou a ser visada como um conjunto de indivíduos e de relações de interdependências que estes mantêm entre si, em função de normas, valores, crenças e objetivos comuns e de uma estrutura tecnológica subjacente, reforçando o discurso de que o homem social é um ser complexo, que ao mesmo tempo é condicionado pelos sistemas sociais em que se insere e motivado a agir por necessidades de ordem biológica e psicosocial; e que os valores orientantes do comportamento de cada indivíduo são, de um lado: derivados das necessidades que constituem a fonte de valores sociais; de outro: transmitidos ao indivíduo pelos sistemas sociais que participa.

De acordo com Elton Mayo: “O conflito é uma chaga social, a cooperação é o bem-estar social.” (MARRAS, 2000).

Comprovada a existência de uma organização informal, a Experiência de Hawthorne contrapõe o comportamento social do empregado ao comportamento do tipo máquina, proposto pela Teoria Clássica, abrindo portas para um novo campo de abordagem da Administração: as Relações Humanas.

Apesar das dificuldades encontradas à época e do despreparo generalizado, mantêm-se o movimento que evolui para um segundo estágio: o Behaviorismo, o qual, embora fundamentando também suas bases no comportamento, era uma crítica à escola de relações

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humanas pela sua singeleza e empirismo ao entender que a simples satisfação no trabalho pudesse gerar, por si só, a eficiência procurada. Surge a luz do Behaviorismo, os primeiros estudos sobre liderança, autocratismo, democracia no trabalho e motivação humana.

Não basta conhecer uma realidade para agir sobre ela. É preciso dominar todas as variáveis endógenas e exógenas aos processos em que essa realidade está envolvida.

Começa a ser valorizada a função de cuidar do pessoal. A função até então de terceiro escalão de chefe de pessoal ganha o status de gerência. Trata-se de um marco interessante, pois na hierarquia natural das organizações essa função sobe um degrau muito importante no conceito organizacional e na estrutura piramidal, deixando de ser uma função puramente operacional para tornar-se de origem tática.

Demonstramos como as atuais empresas podem se reinventar a si próprias. Chamamos as técnicas que podem se valer para isso de reengenharia empresarial, as quais estão para a próxima revolução dos negócios como a especialização do trabalho esteve para a última. As grandes empresas, inclusive as mais bem sucedidas e promissoras, precisam abraçar e aplicar os princípios da reengenharia empresarial ou serão eclipsadas pelo maior sucesso daquelas que o fizerem. (HAMMER; CHAMPY, 1994, p.56).

A importância que o comportamento humano vem assumindo no âmbito dos negócios fez com que a preocupação com sua gestão ganhassem espaço cada vez maior na teoria organizacional.

A gestão de recursos humanos estaria voltada para a integração, o comprometimento dos empregados,

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