Responsabilidade Social

Responsabilidade Social

A responsabilidade social das empresas iniciou-se em meados dos anos 60, nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Foi a época em que o crescimento econômico das empresas começou a ter grande participação nas questões socioeconômicas e ambientais, até porque, se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Nessa época a sociedade começou a se conscientizar da decadência dos grandes centros urbanos, devido ao aumento populacional, dos problemas ambientais e da preocupação com o bem-estar social.

A situação citada anteriormente gera outro fator que ocasionou o surgimento da responsabilidade social empresarial, que foi o movimento causado pelos trabalhadores e cidadãos quando adotaram uma posição que colocava como prioridade a repartição do bem-estar social ao invés da busca constante por riqueza. Na sociedade essa indiferença das empresas com o bem-estar social era considerada uma má impressão; e nas empresas, para os trabalhadores a insatisfação gerava motivos para o não cumprimento das tarefas. Foi então dado inicio a preocupação das empresas com a sociedade.

Diante da deficiência do Estado em suprir as severas demandas sociais, empresas atuam cada vez mais de forma proativa e incorporam um discurso social mais justo. São pelas razões acima que, em face de uma crescente cobrança por transparência, não basta hoje atuar de forma responsável, mas é preciso mostrar resultados. Por isso, empresas demonstram suas performances sociais em relatórios corporativos das mais diversas formas e modelos. São exemplos dos relatórios, diretrizes do Global ReportingInitiative (GRI); os indicadores propostos pelo Instituto Ethos; e o modelo de Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Essas demonstrações hoje não estão direcionadas apenas aos stakeholders, e sim aos governos, colaboradores, clientes, fornecedores e comunidades, que influenciam e são influenciados pelas decisões das entidades.

No Brasil

No Brasil, o avanço da responsabilidade social, foi mais lento que na Europa e Estados Unidos. No entanto, com o fim do regime militar e da repressão política, o Brasil verifica uma explosão de organizações civis. O exercício da cidadania, até então reprimido, ganha novo impulso através da sociedade civil organizada, a qual naquele momento passa a atuar ativamente na promoção de políticas de cunho social. No Brasil, o movimento de apoio à responsabilidade social, ganha impulso a partir dos anos 90 e é consequência do surgimento de um sem-número de organizações não governamentais, assim como do crescimento não igualitário dos anos do “milagre econômico”.

Muitas organizações empresariais foram criadas para discutir temas sociais, de direitos humanos e de sustentabilidade ambiental, como, por exemplo, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Para o desenvolvimento comunitário e social podem ser citadas o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), a Fundação Abrinq, entre outras. No