Resumo De Populações Meridionais
Tese: Resumo De Populações Meridionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zulucamp • 29/8/2014 • Tese • 6.388 Palavras (26 Páginas) • 201 Visualizações
Partindo da tentativa de implantação da cultura européia em um território tão grande e diferente das tradições que se fazem milenares, acarreta em conseqüências na origem da sociedade brasileira. Tudo que é conhecido por nós desde o convívio às nossas idéias, foi trazido e implantado da cultura européia através dos países ibéricos, que se inseriram no coro europeu durante os grandes descobrimentos marítimos diferenciando – se por sua cultura da personalidade atribuindo valor próprio à pessoas humana que diz respeito ao esforço individual retratado na sua independência. Sob a tutela de superação apoiada pelos governos, o resultado era uma falta de organização entre os povos, sendo necessário que houvesse uma força maior para uni-los em um só propósito.
Nesses países, de estirpe ibérica os privilégios hereditários não eram influentes e decisivos como nos países em que predominava o feudalismo. A ausência de uma hierarquia organizada, e frouxidão social, trouxeram o aparecimento de elementos anárquicos que se baseavam no modo preguiçoso e displicente das instituições de costume. O princípio de hierarquia nunca chegou a importar do modo como realmente é, fundamentando-se em privilégios que causam injustiça social e privilégios hereditários. Aos ibéricos, não havia uma separação de classes, a nobreza não lograva constituir uma aristocracia fechada, pois com mobilidade social, o individuo hora enobrece-se ora volta à massa popular.
A semelhança dos povos ibéricos predominava dando prova da sua capacidade de adaptação a novas formas de existência. Assim, que no fim do século XV puderam adiantar-se aos demais povos europeus, formando unidades políticas e econômicas de expressão moderna. Em particular o caso de Portugal, em que a burguesia mercantil não adotou novos modos de agir e pensar inovadoramente procurou guiar-se primeiramente pela tradição mais que pela razão, como os elementos aristocráticos não foram completamente afastados foi conservado em parte seu prestígio e a fidalguia requerida por seus costumes ancestrais não mais utilizada apesar de sua influência, onde a verdadeira nobreza não transcende ao individuo, depende da capacidade se valendo da eminência própria. A linhagem de sangue vem sendo suprida pela abundância dos bens e fortunas, e o círculo de virtudes se relaciona diretamente com o sentimento de dignidade de cada individuo.
Os portugueses e espanhóis não eram muito simpáticos com as idéias que negavam ao livre arbítrio e ao reconhecimento do mérito e responsabilidades individuais, ou seja, a liberdade de cada um para produzir. O costume do trabalho manual não foi naturalizado por portugueses e espanhóis e a vida de grande senhor é admitida sem esforços ou preocupações, a moral do trabalho representou fruto exótico entre eles decorrente de uma reduzida capacidade de organização social.
Com as ditaduras do santo oficio apresentadas pelos jesuítas, representam o espírito da disciplina pela obediência, ajustando a vida da cultura encontrada para que fosse absorvido o transplante cultural trazido do velho mundo para a nova terra. Mas nem o contato e a mistura de raças fizeram-se tão diferentes quanto os nossos ancestrais europeus. No caso brasileiro, ainda associamos a Portugal especialmente, uma tradição longa e muito viva para nutrir o fim comum, vindo à fama atual de nossa cultura.
O pioneirismo de Portugal na conquista dos trópicos, que a principio fora feita com desleixo, o que não diminui a grandeza do esforço português, ao ignorar fronteiras o esforço é ilimitado e o mundo é uma generosa e ampla diversidade. Sob o vértice das atividades dos homens quando aqui postas em coletividade vemos os tipos aventureiros e trabalhadores. Quando em uma sociedade rudimentar, temos os caçadores e os lavradores.
Para os aventureiros, o foco é a chegada, ignoram fronteiras é colher o fruto sem ter plantado nada. Para os trabalhadores, é visto a dificuldade a ser vencida, só atribuirá valor moral positivo às ações que lhe der ânimo de praticar e tem como imorais as praticas do tipo aventureiro, que em contrapartida, o aventureiro, diz nada parecer mais estúpido que as idéias do trabalhador.
Os povos ibéricos tinham aptidão para caça de bens materiais em outros continentes. O gosto da aventura teve influencia decisiva em nossa vida nacional. Num conjunto de fatores adversos, a adaptação foi elemento orquestrador, favorecendo a mobilidade social, estimulando homens a enfrentar as dificuldades com bravura no novo empreendimento.
Cabendo mais aos portugueses que aos castelhanos a adoção do regime exploratório latifundiário e monocultor. Com a abundância de terras desbravadas férteis, fez com que o latifúndio se tornasse a verdadeira unidade de produção por aqui. A inserção do trabalho escravo, negro africano, no desenvolvimento dos latifúndios coloniais foi mais bem aceito que a incorporação do indígena, nativo brasileiro, apesar de sua colaboração junto ao extrativismo, caça, pesca e criação de gado.
Com produção semicapitalista, voltada para o consumo externo, eram necessários investimentos para inserir no país engenhos de cana. Em verdade a grande lavoura, faz parte tanto da mineração quanto da agricultura, pois sua fama esbanjadora não tem a preocupação de proteger e sim de sugar ao máximo. Assim, o português vinha buscar a riqueza que custa apenas ousadia, e a compensação do esforço na plantação da cana e fabricação de açúcar para o consumo europeu, com o uso dos negros.
Foi assim, que os portugueses instauraram no Brasil uma civilização tipicamente agrícola já que eram mais interessantes as aventuras marítimas que o trabalho agrícola para a população do reino. Observa-se que o meio tropical, oferece obstáculos à implementações de melhoramentos que elevassem o nível de produção. Se posto o método europeu, as resistências naturais viam isso como um retrocesso. Há noticias de que entre senhores de engenho mais abastados do recôncavo baiano, utilizavam o arado para preparar o terreno para a safra canavieira no intuito de obterem safras regulares, pois o terreno deveria estar limpo, preparado para o cultivo e destocado. Não cabendo aqui mudar os rudes recursos indígenas, cedendo as sugestões da terra e dos habitantes sem impor-lhes normas fixas e duradouras.
Ao comparar com o castelhano, vê-se que este não se identificou com a terra nem com sua gente, apenas superpondo-se. Esse domínio entre nós foi brando, menos obediente às regras do que as leis da natureza, a vida parece ter sido mais acolhedora das indiferenças sociais, raciais e moraes. Nossos colonizadores apenas reproduziram o que estava feito ou o que a rotina ensinava.
Como a mistura de raças veio da metrópole, foi possível
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