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Resumo O MASP

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Por:   •  20/8/2014  •  3.487 Palavras (14 Páginas)  •  2.853 Visualizações

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Introdução:

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) localiza-se na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, no Brasil. Um dos mais importantes espaços culturais do país é popularmente conhecido pelo edifício de arquitetura arrojada que abriga as suas instalações, famoso ícone da capital paulista.

Instituição particular sem fins lucrativos, o museu notabiliza-se pelo extraordinário acervo reunido desde sua fundação em 1947. Reconhecida internacionalmente por sua qualidade e diversidade, a coleção do MASP é considerada a mais importante da América Latina, com obras que abrangem da Antiguidade Clássica até a Arte Contemporânea.

História:

Antecedentes:

Ao fim da década de 1940, o estado de São Paulo já produzia bens de consumo, atendendo a todo o país. No plano cultural, entretanto, a sua maior realização havia sido a Semana de Arte Moderna de 1922, ainda não plenamente compreendida pela sociedade brasileira. Nesse cenário, Assis Chateaubriand, fundador e proprietário dos Diários Associados, maior rede de comunicações do Brasil à época, idealizou a criação de um museu em moldes inovadores, que funcionasse como um centro dinâmico de geração e de difusão cultural, que refletisse o dinamismo da economia do Estado, sem o radicalismo de alguns elementos do Modernismo e sem o tradicionalismo daqueles ligados ao conservadorismo. Nas palavras do próprio Chateaubriand, uma casa de pintura e escultura, para formar o interesse de nossa gente pelas artes plásticas.

Chateaubriand pretendia sediar o futuro museu no Rio de Janeiro, mas optou por São Paulo pois acreditava que nesta cidade teria mais sucesso em arrecadar os fundos necessários para formar a coleção, dada a riqueza oriunda do café e das indústrias paulistas. Outro importante fator que permitiria a formação do acervo era a tendência do mercado europeu de obras de arte, à época influenciado pelo término da Segunda Guerra Mundial, o que permitia adquirir obras-primas a preços então acessíveis.

Para movimentar-se nesse mercado, respondendo pelo acervo de arte, era necessário um técnico especializado e experiente: Chateaubriand propôs a Pietro Maria Bardi, dono de galeria, colecionador, jornalista e crítico de arte italiano, o desafio de criar um Museu de Arte Antiga e Moderna. Bardi objetou que não deveria haver distinção entre as artes, propondo apenas um Museu de Arte, e aceitou o convite. Planejando ficar à frente do projeto por apenas um ano, dedicou-se a ele pelo resto de sua vida, tendo dirigido a instituição por quase cinquenta anos. Trouxe consigo, para o Brasil, todo o seu acervo pessoal além de uma coleção de vinte mil fotografias de obras de arte ocidentais, uma das maiores coleções didáticas do mundo.

A fundação:

Nos três primeiros anos de atividade, o museu funcionou em uma sala de mil metros quadrados no primeiro andar do edifício-sede dos Diários Associados, na Rua Sete de Abril. No espaço aberto ao público em 2 de outubro de 1947 foram apresentadas as primeiras aquisições, com destaque para um Picasso e um Rembrandt. O projeto museógrafo da arquiteta italiana Lina Bo Bardi, esposa de Pietro Maria Bardi, dividiu o espaço em quatro ambientes: pinacoteca; sala de exposição didática sobre a história da arte mundial; sala de exposições temporárias e auditório. Essa divisão reflete a vocação de centro gerador de conhecimento e cultura da instituição, opondo-se à ideia de museu como simples depósito de obras de arte. O MASP foi o primeiro museu brasileiro a abrir espaço para a arte moderna. Ali também passaram a ser ministrados cursos sobre História da Arte, e realizadas mostras de artistas nacionais e estrangeiros, de todas as correntes - incluindo manifestações de teatro, música e de cinema -, transformando o novo espaço em um ponto de encontro de artistas, estudantes e intelectuais em geral.

Em 1950, o Museu passou a ocupar mais três pavimentos no edifício dos Diários Associados. O novo espaço permitiu a ampliação de sua atuação didática, que vai desde a criação do Instituto de Arte Contemporânea, com cursos de gravura, desenho, pintura, escultura, dança e desenho industrial, da Escola de Propaganda (futura Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM), da organização de seminários sobre cinema e literatura, até a criação de um corpo de baile e uma orquestra juvenil. Nesses cursos, lecionaram nomes como o dos pintores Lasar Segall e Roberto Sambonet, arquitetos como Lina Bo Bardi e Giancarlo Palanti, o escultor August Zamoyski, o cineasta Alberto Cavalcanti, entre outros. É importante notar que o museu é também pioneiro na implementação de monitores que eram preparados pessoalmente pelo professor Bardi para atendimento aos visitantes. A forma de apresentação das obras também diferia bastante dos outros locais de exposição da cidade. Sem paredes, os quadros da coleção permanente ficavam suspensos por tirantes de aço, com iluminação planejada para o local.

Ao mesmo tempo em que se firmava o programa educacional do museu, crescia a importância do acervo reunido pela instituição e o seu reconhecimento internacional. Entre 1953 e 1957 houve uma grande tournée de obras do MASP por várias cidades da Europa, numa série de apresentações organizadas precisamente para “consolidar” a coleção que foi vista em museus importantes, como o Musée de l´Orangerie, em Paris, e a Tate Gallery, em Londres. Em 1957, as obras também estiveram nos Estados Unidos, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, e no Toledo Museum of Art. No ano seguinte, as obras seriam apresentadas no Ministério das Relações Exteriores e no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, então capital federal.

O MASP teve ainda destacado participação no processo de formação dos Museus Regionais, que Assis Chateaubriand pretendia estabelecer com o objetivo de dotar as várias regiões do país com um núcleo consistente de arte brasileira, principalmente. Max Lowenstein, funcionário do museu, foi nomeado presidente não estatutário do MASP por Chateaubriand, por conta de seus relevantes serviços prestados para a implementação dos museus de Olinda (Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco), Campina Grande (Museu de Artes Assis Chateaubriand), Araxá (Museu Histórico de Araxá "Dona Beja"), Porto Alegre (Pinacoteca Ruben Berta) e Feira de Santana (Museu Regional de Arte).

As grandes exposições promovidas pelo museu nos seus primeiros anos também ganharam notoriedade, com o consequente aumento na frequência, o que permitiu a se:

O crescente volume e importância da coleção de obras de arte

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