Resumo PCN

1. HISTÓRICO

Quando se fala em compreender a educação física brasileira é necessário entender sua origem e influencia, onde no século passado ela estava ligada à instituições militares e à classe médica.

Devido à comparação da realização de atividade física com trabalho escravo, a implicação da educação física nas escolas foi muito difícil.

No ano de 1851 com a reforma Couto Ferraz a educação física se tornou obrigatória nas escolas do município da corte, havendo grande contrariedade por parte dos pais, sendo algumas meninas até proibidas de realizarem por seus pais.

Em 1882 Rui Barbosa, através da reforma Leôncio de Carvalho defendeu a inclusão da ginástica na escola e a equiparação dos professores de ginástica aos das outras disciplinas. Ele destacou a importância do corpo saudável para a atividade intelectual.

A educação física desta época era baseada no método Europeu (Sueco, Alemão e Francês). E firmavam em princípios biológicos.

Na década de 30 a educação física higiênica e de prevenção de doenças foi imposta no lugar do discurso eugênico, sendo passível de se trabalhar dentro de um contexto educacional.

Mesmo com a inclusão da EF nos currículos a sua prática não foi garantida principalmente nas escolas primárias devido a falta de recursos humanos capacitados.

Em 1937 a EF se tornou obrigatória. Nesta década a EF ganhou novas atribuições que era a de fortalecer o trabalhador, melhorando sua capacidade produtiva, e desenvolver o espirito de cooperação em beneficio da coletividade.

Com a promulgação da LDB ficou determinado que a EF era obrigatória no ensino primário e médio.

Após 1964 a EF era considerada uma atividade prática voltada para o desempenho técnico e físico do aluno. Isto se deu devido à influencia da tendência tecnicista.

A EF se tornou desporto de elite, com a seleção de indivíduos aptos para competir dentro e fora do país.

Na década de 80 este tipo de ensino passou a ser contestado, pois o Brasil não se tornou uma nação olímpica e não se aumentou o numero de praticantes de atividades físicas, levando o país a uma profunda crise de identidade, passando o foco da educação física escolar ser o desenvolvimento psicomotor e não mais os esportes de alto rendimento.

2. A EDUCAÇÃO FISICA COMO CULTURA CORPORAL

A educação física escolar deve ser democrática e não seletiva, dando oportunidade a todos os alunos desenvolverem as suas potencialidades.

Independente do conteúdo escolhido, deve-se considerar as características do aluno em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social).

Cabe à educação física garantir acesso dos alunos às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal, de exerce-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de aprecia-las criticamente.

3. CULTURA CORPORAL E CIDADANIA

A educação física abre espaço para discussões importantes sobre aspectos éticos e sociais .

As atividades praticadas na educação física contribuem para o bem-estar coletivo, eliminando assim o sedentarismo.

O conhecimento sobre o corpo, seu processo de desenvolvimento são construídos através das práticas corporais, dando subsídios para o cultivo de bons hábitos de alimentação, higiene e atividade corporal e desenvolvimento de potencialidades corporais do individuo.

A prática de jogos de interação com adversários os alunos desenvolvem o respeito mútuo, buscando participar de forma leal e não violenta.

4. APRENDER A ENSINAR EDUCAÇÃO FISICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

O aluno deve ser considerado como um todo em uma aula de educação física, no qual os aspectos cognitivos, afetivos e corporais estão interligados.

O aluno deve construir o movimento, não repeti-lo apenas, deve-se conhecer a origem do movimento.

O processo de ensino e aprendizagem em educação física deve capacitar o individuo a refletir sobre suas possibilidades corporais, podendo executá-la de maneira adequada com a sua cultura.

É de extrema importância que o aluno tenha vivencia com atividades lúdicas, recreativas, pois em uma situação real de jogo muitas vezes será necessário adaptações de gestos.

4.1 Automatismo e atenção

Uma atividade não será interessante para a criança somente quando não houver mais nenhum problema a ser resolvido nela.

4.2 Afetividade e estilo pessoal

O aluno não deve ser obrigado ou constrangido a realizar qualquer tipo de atividade, deve-se desafiar o mesmo para que ele se sinta motivado a realizar determinada atividade.

Jamais desmotivar o aluno, o seu fracasso deve ser dimensionado de maneira que mostre ao aluno as evoluções que o mesmo teve e o que ainda precisa evoluir.

As práticas corporais faz com que o individuo experimente e expresse um conjunto de características de sua personalidade .

Quanto maior for o domínio de seus próprios movimentos, mais facilidade ele terá de expressar seus sentimentos de forma intencional e espontânea.

4.3 Portadores de deficiências físicas

A maioria dos deficientes foram excluídos das aulas de educação física, muitas vezes por falta de conhecimento ou preconceito, sendo que a participação nas aulas trará inúmeros benefícios, sendo nas capacidades afetivas, de integração e inserção social.

É fundamental que sejam tomados alguns cuidados, devendo ser analisado o tipo de necessidade , devendo ser exigido a orientação medica.

O professor deve garantir a sua segurança, fazendo adaptações para a sua participação.

As aulas com a participação do aluno com deficiência ensinará o respeito com este.

5. OBJETIVOS GERAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Participar das atividades pregando sempre o respeito pelas características físicas e do desempenho de si próprio e dos colegas, ensinando que não deve haver discriminações físicas, sexuais ou sociais.

Respeitar sempre seu adversário,