Resumo de Antropologia Cultural
Por: Pedro Abrantes • 25/8/2015 • Relatório de pesquisa • 575 Palavras (3 Páginas) • 2.665 Visualizações
Aluno: Pedro Mateus Oliveira Abrantes Procedino
Curso: Arqueologia Disciplina: Antropologia Cultura
Professora: Marlene Ossami de Moura Turma: C01
Da MATTA. Roberto. “A antropologia no quadro das ciências”. In: Relativizando: Uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.
Roberto Da Matta busca através do texto fazer, primeiramente, uma analogia entre as ciências naturais e as ciências sociais. Para realizar essa tarefa, ele busca estabelecer uma diferenciação entre as ciências “naturais” e as “sociais” onde o autor nos mostra que a diferença entre tais ciências é a possibilidade de repetição dos eventos naturais que possibilitam determinadas condições de controle, fato que não é verificado nas ciências sociais. Entretanto há uma diferença crucial: “nas ciências sociais pretendemos estudar fenômenos que estão bem perto de nós, pois pretendemos estudar eventos humanos, fatos que nos pertencem integralmente.” Com isso ele pretende dizer que nas ciências humanas pode existir interação entre o pesquisador e o seu objeto de estudo, tendo em vista que o pesquisador pode, também, ser o objeto. O autor esclarece que resultados dos estudos “sociais” nem sempre trarão consequências na mesma proporção da ciência natural: “[...] é mais fácil trocar de automóvel ou de televisão e aceitar inovações tecnológicas, do que trocar de valores simbólicos ou políticos.”
No intuito de definir a Antropologia Social é apresentado os outros ramos da antropologia. São eles a Antropologia Biológica, que se dedica a estudar as “diferenciações humanas utilizando-se de esquemas estatísticos... Por exemplo: ao entendimento dos mecanismos e combinações genéticas.” E a Arqueologia: “A arqueologia, subdisciplina da Antropologia Geral, está debruçada em cima do estudo de um sistema de ação social já desaparecido.” Que estuda as sociedades antigas através dos vestígios materiais por elas deixados. Por fim fala da Antropologia Social, Cultural ou Etnologia que investiga as culturas no tempo e espaço, envolvendo os costumes, mitos, valores, crenças, rituais, religião, língua (Cultura).
O autor ainda desfaz uma visão do senso comum da relação entre os planos biológico e sociocultural: a ideia de oposição entre o homem e a natureza, seleção natural, o argumento de que a cultura desenvolve em oposição à natureza. É argumentado que a cultura não se desenvolve somente com reação à natureza, mas em conjunto com a mesma, pois enquanto o homem desenvolvia-se fisiologicamente também a cultura evoluía, o ser humano é consciente.
Para finalizar o autor conceitua a relação entre cultura e sociedade através da metáfora do teatro onde a cultura representa o roteiro, ou seja, uma série de valores e ideias já pré-estabelecidas e a sociedade representa o palco, a materialização desses valores e ideias muito embora essa materialização não seja igual a idealização, ou como o autor coloca: “uma reflete na outra, uma é espelho da outra, mas nunca pode representar integralmente a outra”. E ainda esclarece que: ”Pode haver cultura sem sociedade, embora não possa existir uma sociedade sem cultura.” Evidenciando que mesmo após a extinção de uma sociedade sua cultura prevalecerá.
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