Resumo dobre CTS

O movimento CTS surgiu no início do século XX na década de 70, quando à população dos países capitalistas passaram a perceber que o bem estar social não estava assegurado com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, pois esses avanços científicos e tecnológicos trouxeram um aumento da degradação ambiental e contribuíram de forma significativa para as guerras. Nesse período a tecnologia foi utilizada para destruições em massas, sendo responsáveis por sofrimentos históricos na humanidade. Como consequência desses avanços a qualidade de vida dos cidadãos que vivem nas grandes áreas populacionais foram sendo restringidas, devida a poluição, ao acumulo de lixos comuns e tóxicos que ocasionaram a degradação do meio ambiente, a liberação de gases e a produção de armas nucleares. Fatores esses, que são apresentados diariamente a população pelos meios de comunicações e relacionados de forma direta com a ciência e a tecnologia.

A forma como os cidadãos vão se posicionar sobre esses aspectos científicos e tecnológicos é que vão fazer a diferença no aspecto social, uma vez que a tomada de decisões conscientes, ou seja, a capacidade do auto analise enquanto consumidores das ciências e tecnologias torna-se um fator emergencial durante as diversas escolhas de produtos oriundos das mais diversificadas tecnologias.

No entanto, para que haja essa tomada de consciência faz-se necessário que os órgãos competentes responsáveis por gerir o estado promovam uma educação científica e tecnológica de qualidade, para que os jovens que concluam o nível básico de escolarização possam contribuir para a formação de uma sociedade mais consciente do seu papel no mundo (ROEHRIG, S.A.G & CAMARGO, S.; 2015).

O ensino científico atual das escolas de ensino secundário ainda não está satisfazendo a produção desse tipo de sujeito, capacitando para promover mudanças nesse quadro atualizado da realidade social. A metodologia clássica, tradicional de transmitir as disciplinas científicas que não favorecem o ensino contextualizado, distancia os conteúdos ensinados da realidade dos alunos, tornando-os incapazes de relaciona-las com a resolução dos problemas corriqueiros na sociedade, pois a partir da utilização da metodologia teórica por disciplinas isoladas, os alunos tornam-se impossibilitados de relacionar os conteúdos com o contexto social no qual os mesmos se inserem.

O movimento CTS, surge como uma alternativa de explicar, minimizar ou até mesmo acabar com as consequências oriundas dos impactos científicos e tecnológicos da sociedade modernizada. Uma segunda justificativa para o surgimento do movimento CTS como método de ensino relaciona-se à mudança de visão sobre a natureza da ciência e do seu papel na sociedade (e.g.Lowe,1985; McKavanagh; Maher,1982; Roby, 1981; Solomon; Aikenhead, 1994; Ziman, 1985).

O mundo moderno encontra-se em constantes mudanças, as novas descobertas científicas e tecnológicas produziram grandes descobertas inovadoras em diversificadas áreas de atuações. Mas os desenvolvimentos dessas inovações acabaram por exigir cada vez mais do esforço humano uma formação educacional a cada momento mais capacitada com sua formação profissional mas completa, não apenas dos sujeitos cientistas que são responsáveis pelo desenvolvimento desses avanços, mas também de todo sujeito que esteja inserido na sociedade, pois estes também devem ser responsáveis pela aceitação ou não de novas tecnologias e suas aplicabilidades, uma vez que estes serão influenciados e atingidos de forma direta por essas tecnologias. É por isso que se deu uma ênfase a importância do ensino CTS, pois possibilita a compreensão por parte dos educados do meio social no qual eles estão inseridos.

Sendo assim, o papel da educação é de nos ensinar a enfrentar a incerteza da vida; é de nos ensinar o que é o conhecimento, porque nos passam o conhecimento, mas jamais dizem o que é o conhecimento. (...). Em outras palavras, o papel da educação é de instruir o espírito a viver e a enfrentar as dificuldades do mundo. (MORIN, 2001,). Por tanto, o professor deverá está empenhado não apenas para transmitir conteúdos programados no currículo, aprovar a maior quantidade de alunos com as melhores notas, mas também preocupar-se com o que esses alunos vão fazer com esse conhecimento adquirido, como eles irão identifica-los e / ou aplica-los no dia a dia dele, pois a maior tarefa do professor é formar um sujeito pensante, de significados, crítico e apto para ser participativo na sociedade que encontra-se inserido.

Nesse sentido o professor passa a assumir um papel não mais apenas de transmissor de conteúdos teóricos e por algumas vezes experimentais, que utiliza para as suas aulas apenas a exposição dialógica, mas sim um papel de educador social, construindo pontes que interligam o saber comum ao saber científico, promovendo nos educandos a possibilidade de que eles mesmos se tornem capazes de atuarem no processo de melhoria de qualidade de vida. De acordo com ASSANN (2001) educar é fazer emergir vivências do processo de conhecimento. A aprendizagem é algo que se constrói por experiências, um aluno que descobre assimila melhor do que um aluo que apenas ouve, o conhecimento está sempre em construção o principalmente nas questões relacionadas ao ambiente, tecnológica e descobertas científicas, as buscas sobre esses temas, despertam a formação do pensamento crítico, transformando um ser humano em um cidadão ético e capacitado para discutir sobre todos os aspectos que estão inseridos num contexto socializador, pois o cidadão comum precisa saber das implicações que tem o desenvolvimento tecnológico nas mudanças geradas na nossa forma de vida. Precisamos desmistificar, no seu cotidiano, “pseudoautoridade” científico-tecnológica de alguns iluminados que, por terem tido acesso a uma educação mais apurada, por questão também de oportunidade e não apenas de competência, decidem os destinos de todos os que, como eles, fazem parte de uma sociedade. (BAZZO, 2010,).

Por isso, a importância da implantação da abordagem CST nas grades curriculares dos