Ruído - Exposição ocupacional ao ruído

Ruído

[pic 2]Higiene Ocupacional e Industrial

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Índice

Introdução        

Importância da avaliação da exposição pessoal ao ruído        

Avaliação da exposição pessoal        

Medidas de prevenção e controlo de ruído        

Conclusão        11

Bibliografia        

Introdução

Este trabalho sobre ruído, mais concretamente o porquê e como avaliar a exposição pessoal realizou-se no âmbito da unidade curricular de Higiene Ocupacional e Industrial.

Ruído é um som indesejado e uma das formas de poluição mais comum nos locais de trabalho.

Este perigo está mais associado às indústrias transformadoras e de construção, uma vez que os equipamentos e os processos de trabalho no local geram ruído. (Neves, P. 2015).

. A surdez profissional é uma das doenças mais representativas em Portugal no entanto, o ruído também provoca alterações na atividade do corpo e alterações no comportamento A perigosidade do ruído relaciona-se com a sua intensidade, frequência, duração de exposição e impulsividade, fatores que combinados a saúde dos trabalhadores expostos (Neves, P. 2015).

O ruído pode também ocasionar acidentes de trabalho pois influencia uma adequada atenção dos trabalhadores. Outro fator que potencia os efeitos do ruído, são as substâncias ototóxicas. (Trabalho)

A identificação dos níveis de ruído em ambientes de trabalho é um processo fácil, no entato, como muitas empresas não possuem meios para substituição de equipamentos ou remodelação dos processos ruidosos, estes são difíceis de controlar. Em alguns casos leva à perda auditiva gradual que passa despercebida pelo facto deste não causar efeitos nitidamente visíveis como feridas e sangramentos.  (Suter, A. H.).

De forma a promover a segurança e saúde no trabalho em atividades suscetíveis de apresentarem riscos de exposição ao ruído, o empregador procede à avaliação de riscos.

A realização deste trabalho tem como propósito principal uma reflexão sobre uma possível intervenção de um Técnico de Saúde Ambiental, assim como a prevenção dos riscos procedendo a avaliações de exposição pessoal.

Avaliação da exposição pessoal ao ruído

No local de trabalho existem equipamentos/máquinas e processos de trabalho geradores potenciais de ruído, havendo um elevado número de trabalhadores expostos a exposição ocupacional ao ruído e a outros agentes tóxicos para a audição.

 No âmbito ocupacional e industrial o ruído é das doenças mais frequentes presente na maioria dos ambientes de trabalho, em várias áreas de atividade industrial e do setor dos serviços (Santos).

Na indústria transformadora e mineira, 40% dos trabalhadores estão sujeitos a níveis de ruído significativos durante mais de metade das horas de trabalho, no setor da construção, a percentagem é de 35%, e em outros setores, como a agricultura e os transportes atingem uma média de 20%. Nos setores de prestação de serviços, o nível de ruído a que os trabalhadores em clubes noturnos estão expostos pode chegar aos 100 dB (A) (EU-OSHA).

Uma doença profissional é uma lesão corporal, perturbação funcional ou doença que foi consequência necessária e direta da atividade exercida pelo trabalhador e não representou normal desgaste do organismo. A surdez profissional representa a perda de audição devido à exposição prolongada ao ruído de elevada intensidade em ambientes laborais.

A exposição ao ruído durante o trabalho provoca consequências fisiológicas, como a hipertensão, problemas cardiovasculares, tensão muscular, e contração dos vasos sanguíneos, efeitos físicos como danos no aparelho auditivo, perda auditiva e fadiga auditiva, bem como psicológicas, como perturbação no sono, dificuldade de concentração, alterações comportamentais, irritabilidade, agressividade, depressão e frustração (Neves, 2015).

Os principais fatores que influenciam a lesão auditiva são aintensidade do ruído – o limiar de nocividade do ruído situa-se entre os 80 dB (A) (valor de exposição inferior) e os 87 dB (A) (valor-limite de exposição: LEX,8h), ruído superior a 85 dB (A) (valor de exposição superior) representa um risco considerável que originia lesões para o ser humano, a frequência do ruído – os sons superiores a 1000 Hz são os mais perigosos, o tempo de exposição – quanto maior o tempo de exposição, piores vaão ser os efeitos do ruído, a suscetibilidade individual – certos indivíduos podem ter maior sensibilidade ao ruído, e a idade – o facto do trabalhador ser mais velho, promove o aparecimento da lesão acústica.

A exposição ao ruído dificulta a audição e comunicação entre os trabalhadores, podendo levar a riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores. O aumento do risco de acidentes, o aumento do stress e o risco acrescido de perda de audição por interação com a exposição a certos agentes químicos, os ototóxicos, são, também, problemas originados pelo ruído (Trabalho).

Substâncias ototóxicas são os solventes, asfixiantes, metais e seus componentes, alguns produtos farmacêuticos e nitrilos (Combined exposure to noise and ototoxic substances, 2009). Estas substâncias danificam o sistema auditivo, e os riscos combinados fazem com que os trabalhadores tenham maior risco de contraírem problemas de audição, do que os trabalhadores expostos ao ruído ou a este tipo de substâncias isoladamente (Santos C. C., 2011).

Durante uma prolongada exposição a sons de elevada frequência, sem a utiliziação de protetores auditivos, as células sensoriais do ouvido interno podem sofrer danos que impliquem surdez irreversível. O perigo é maior quando presentes a níveis de exposição sonora diária (LEX,8h) superiores a 87 dB (A), no entanto diversos trabalhadores presentes na mesma exposição podem apresentar efeitos diferentes devido ao facto de os níveis de ruído não serem identicamente nocivos nas várias bandas de frequência e devido a suscetibilidades individuais (Grupo 4Work, 2012).