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SEGURANÇA NO PROCESSO DE SOLDAGEM E CORTE OXIACETILÊNICO

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Por:   •  8/4/2014  •  1.925 Palavras (8 Páginas)  •  1.511 Visualizações

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Introdução

A quantidade de cursos profissionalizantes de soldagem esta numa crescente em Pernambuco e como consequência a quantidade de profissionais de solda também. Com a construção de dois novos estaleiros e implantação de novas industriais aponta cenários de grande demanda deste o profissional para o mercado de trabalho brasileiro.

Neste contexto situamos nosso foco para as atividades relacionadas a operações de soldagem. Faremos uma analise dos riscos destas operações visando analisar os procedimentos de segurança para o ambiente destas operações de soldagem, reduzindo os riscos de acidentes e ate evitá-los.

1. Soldagem Oxi-Gás

Este processo de soldagem data do século XIX. Foi o cientista francês Lê Chatelier que, em 1895, observou que quando o Acetileno queima com o oxigênio produz uma chama que atinge temperatura aproximada de 3000ºC. É um processo no qual a união de materiais metálicos é obtida pelo aquecimento destes até a fusão com uma chama de um gás combustível e oxigênio.

Figura1 http://www.joinville.ifsc.edu.br/~valterv/Processos%20de%20Fabrica%C3%A7%C3%A3o/Aula%208%20Soldagem%20Oxig%C3%A1s.pdf

O processo de soldagem Oxi-Gás têm um amplo campo de aplicação, incluindo, entre outros, construção civil, estruturas civis, tubulações, equipamentos diversos, serviços de reparos e manutenção, como o enchimento de falhas em fundidos, reparos de trilhos, depósitos superficiais de alta dureza na recuperação de ferramentas entre outros.

2. Processo

No processo de soldagem Oxi-Gás usamos aparelhos oxi-acetileno com a finalidade de produzir chama a partir da combustão do gás Acetileno, que, em presença do Oxigênio e de calor, inflama-se, produzindo uma tocha de altíssima temperatura fundamental para operações de soldagem a gás. Estes aparelhos, são constituídos por um conjunto de componentes montados e denominados como no desenho abaixo, que representa uma configuração padrão:

Figura 2

No processo de operação da soldagem Oxi-gás é necessário seguir as orientações do procedimento para a segurança do soldador e obter uma soldagem de qualidade. Abaixo relacionamos alguns procedimentos a serem seguidos.

― Limpeza das superfícies de união;

― Organização da área de trabalho;

― Preparação da peça;

― Pré-aquecimento;

― Utilização dos EPI´s;

― Resfriamento e limpeza da peça.

3. RISCOS x CONTROLE

Os acidentes na soldagem são causados principalmente pela falta de atenção dos envolvidos no processo, pela incorreta do equipamento e/ou uso impróprio dos equipamentos de segurança. Todos os acidentes podem ser prevenidos. Assim para evitar que eles aconteçam deve-se ter conhecimento da forma correta de utilização de equipamentos. O trabalho com a utilização de chama produzida por gases inflamáveis sempre representa riscos, que demandam cuidados e medidas de segurança com o objetivo de proteger as pessoas, equipamentos e instalações contra incêndios e/ou explosões.

Abaixo veremos exemplos de riscos presentes na soldagem oxi-gás:

― Retrocesso de chama: quando a velocidade da combustão é maior que a alimentação da mistura oxi-combustível. Para controlar este risco devermos evitar o aquecimento demasiado das partes calibradas do maçarico; obstrução do bico do maçarico ou ainda uma excessiva aproximação da ponteira a poça de fusão da solda.

― Queimaduras: pelo tocar em partes aquecidas ou através de projeções de material em fusão. Para controlar este risco deveremos observar onde iremos colocar as mãos e usar os epi´s de proteção contra respingos.

― Incêndio/Explosão: devido a vazamentos de gases. Para controlar este risco devem-se usar mangueiras / reguladores de gases de acordo com o especificado atentando para anormalidades no seu funcionamento e manter os cilindros afastados a no mínimo 3 metros da área de soldagem.

― Radiação: Exposição a radiações (raios ultravioleta e infravermelho) que podem produzir cataratas e outras doenças nos olhos. Para controlar este risco deve-se usar uma lente filtro no epi de proteção visual.

― Inalação de Fumos/Gases: Doenças devido à exposição a fumos e gases de solda. Para controlar este risco é primordial o uso de respiradores para apropriados para fumos/gases.

― Fumos/gases asfixiantes: relacionados com os gases de proteção e geram a asfixia através do deslocamento de oxigênio do ar circundante. Neste caso, quantidades excessivas, associadas a condições inadequadas de ventilação, podem causar asfixia no operário. Como gases que podem causar asfixia, destacam-se o argânio (Ar), hélio (He) e nitrogênio (N2).

― Fumos/gases tóxicos – podem se apresentar tanto na forma gasosa (por exemplo, ozônio e monóxido de carbono) quanto na forma de partícula. Esses gases podem representar uma grave ameaça para a saúde e, finalmente, à vida do operário, em curto (por exemplo, irratação nos olhos e no trato respirtório) e/ou a longo prazo (por exemplo, doença pulmonar obstrutiva crônica “COPD” ou cancer de pulmão).

― Esmagamento de membros durante manuseio de cilindros: No manuseio de cilindros deveremos sempre usar o carro de transporte de cilindros, pois assim diminuímos o risco de esmagamentos e queda.

― Organização e limpeza (principalmente GRAXA que explode em contato com o oxigênio); A organização da região onde esta sendo executado o trabalho de soldagem deve-se estar limpo e organizado, ou seja, isento de materiais inflamáveis.

4. Acidentes com Retrocesso de Chamas

O processo de retrocesso da chama ocorre freqüentemente e em três níveis de intensidade:

4.1 Retrocesso Momentâneo

No retrocesso momentâneo, a chama retrocede em direção ao interior do punho produzindo um estampido característico, apagando-se momentaneamente e voltando a acender-se em seguida na extremidade do bico. Em geral, quando isto ocorre, o usuário deve saber que o bico necessita ser limpo ou substituído.

Figura 3

4.2) Retrocesso Sustentado

No

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