SERVIÇO SOCIAL

1 INTRODUÇAO

O objetivo deste trabalho é entendermos e conhecermos os elementos que influenciaram a formação das relações sociais.

Ainda neste presente trabalho iremos também relatar uma situação particular da “Questão social no Brasil”. A questão social é aqui entendida como “conjunto de expressões das desigualdades sociais na sociedade capitalista madura” (Iamamoto, 2001, p.16), a partir das mobilizações operárias do século XIX. No decorrer de sua história, o Serviço Social se desenvolveu enquanto profissão alcançando status de política pública social ganhando reconhecimento pela sociedade e por parte do Estado através da regulamentação em lei, no qual se fortaleceu como profissão e mudou sua forma de atuação junto aos seus usuários.

2 DESENVOLVIMENTO

Pensar no Serviço social requer os olhos abertos para o mundo contemporâneo de acordo com Netto (1996), apesar da ruptura com o histórico conservadorismo e da legitimidade alcançada pelo pensamento marxista, o Serviço Social brasileiro dos anos 90 sofre influência de outras correntes teórico-metodológicas, singularmente do pensamento pós-moderno e neoconservador, bem como, das teorias herdeiras da "perspectiva modernizadora", caracterizadas por seu caráter sistêmico e tecnocrático.

O Serviço Social historicamente vêm interferindo nos processos de relação social vai aos poucos se consolidando como uma necessidade das classes antagônicas desenvolvidas pelo sistema capitalista. O Serviço Social surge como forma de ação social que funciona como alternativa a caridade e a repressão. Forma típica do tratamento dispensado a Questão Social, não com soluções assistencialistas e paliativas, mas sim como ação preventiva junto aos trabalhadores que estão no mercado de trabalho, mas que não conseguem assumir sozinhos os custos de sua reprodução.

O Serviço Social, nascido por influência direta da Igreja Católica, em sua formação, prática e discurso de seus agentes tinham como suporte filosófico o neotomismo. Em sua primeira fase, intervém no aparecimento da Questão Social, produzida pela relação de trabalho em moldes capitalistas, com o surgimento do trabalho livre profundamente marcado pela escravidão, seu passado recente. O serviço social em sua passagem pelo Brasil teve início na década de 30 ligados a Igreja Católica, que dava minimamente uma 'assistência' àqueles indivíduos em situação de miséria. Era uma prática paternalista e clientelista, bem diferente do que acontece hoje, após a Constituição de 88, onde os indivíduos tinham seus direitos garantidos, embora nem sempre efetivados. Talvez por ter surgido como um favor ou beneficio da Igreja ou do Estado, as pessoas ainda tenham essa visão distorcida do Serviço Social. O serviço social no Brasil na década de trinta não pode ser analisado como um contexto histórico simplesmente, mas como um processo acumulativo nos setores social econômico político e religioso. Apesar de ter iniciado nos anos 20, só tomou impulso na década seguinte. Com a economia brasileira concentrada no cultivo do café, apenas favorecia a expansão de poucos estados: São Paulo e Minas Gerais. Foi assim definida como 'um organismo social onde se preconiza os interesses da burguesia'.

O surgimento do Serviço Social no Brasil teve também como referencial o Serviço Social europeu que tinha uma identidade própria. Essa profissão tem seu surgimento marcado pela presença da igreja católica, que tem o interesse de amenizar os impactos do desenvolvimento do capitalismo com o agravamento das questões sociais e as obras de caridade que apareceram no ano de 1932 e também as obras sociais.

Ao analisar-se a trajetória do Serviço Social no Brasil faz-se necessário aprofunda-se sobre os aspectos sócio – econômicos em que se insere, bem como sua história no período de 1940 – 1960.

Antes de 1940, o Brasil sofria forte influência europeia onde mantinha laços com a Alemanha e Inglaterra. Com a II Guerra Mundial, luta travada entre as grandes potências: Alemanha, França, Inglaterra, Japão, Estados Unidos e União Soviética, de um lado o socialismo e do outro o capitalismo, que provocou o enfraquecimento de algumas nações e o fortalecimento dos Estados Unidos.

Até 1945, o Brasil não tinha uma posição definida. Após o conflito mundial, o Brasil firmou-se com os Estados unidos, já que a Inglaterra vinha declinando desde a I guerra Mundial e o Brasil buscava a reconquista das liberdades democráticas.

Nesse contexto, o Brasil e os Estados Unidos iniciam a política da “boa vizinhança”. Os Estados Unidos tinham interesse de desenvolver e expandir sua influência capitalista nos países latino-americanos e com isso iniciar programas de assistência técnicas nos países pobres; e o Brasil buscava desenvolver-se tecnologicamente.

Com o aprimoramento da industrialização no Brasil, surgem novos problemas na sociedade, tais como: êxodo rural, falta de moradia, saneamento básico, entre outros fatores, o que culminou com o agravamento da questão social e o reconhecimento do Serviço Social como profissão no Estado Brasileiro.

As exigências do novo modelo econômico implantado pressionam os Assistentes Sociais a buscarem novas estratégias e instrumentos para a profissão. Não cabia mais a esses profissionais usarem filosofias cristãs que pregavam a caridade e o assistencialismo, vindo da influência franco-belga.

Ao entrar em contato com o Serviço Social norte americano a profissão começa a ser tecnificada, sendo permeada pelo caráter conservador positivista. Nesse contexto, vem à legitimação da profissão expressa em seu assalariamento e ocupação na divisão sociotecnica do trabalho.

Com o afastamento da influência europeia, o Serviço Social passa a utilizar as práticas do serviço social de caso que buscava fazer o individuo se adaptar e se reiterar