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SERVIÇO SOCIAL COMTEMPORANEO

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Por:   •  18/11/2014  •  1.588 Palavras (7 Páginas)  •  198 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

POLO: SÃO LUIS - MA

DISCIPLINAS NORTEADORA: Formação Social, econômica e política do Brasil / Fundamentos Hist. e Teóricos-Metodológ. do Serviço Social I

PROF ª: Maria Clotilde Bastos e Maria Elaine Cristina Vaz Gomes

CURSO: SERVIÇO SOCIAL

ACADÊMICOS:

SÃO LUIS, 20 DE SETEMBRO 2014.

UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Polo: São Luis – MA

A trajetória do Serviço Social e suas mudanças.

O Serviço Social teve origem no final do século XIX, a partir da iniciativa de grupos sociais majoritariamente femininos vinculados à igreja católica, cuja origem social pode ser localizada na burguesia e aristocracia agrárias da época, e que constituirão exatamente a base social do movimento leigo, no princípio, possuía um caráter de filantropia, sem, contudo, apresentar um perfil profissional.

Em seu princípio, o Serviço Social serviu aos propósitos da burguesia, que utilizou os primeiros profissionais da área, para desarticular e de forma indireta, amenizar os conflitos surgidos entre a crescente classe operária, absorvida pelo sistema capitalista em ascensão, sacrificada pelas relações trabalho-capital. Contudo, é importante informar que as duas primeiras décadas do século XX foram caracterizadas por intensas lutas travadas entre as forças da organização política e sindical dos trabalhadores e as forças constitutivas do capitalismo monopolista. Estas, apoiada pelo fascismo.

Durante muito tempo, o Serviço Social assim se manteve, aderindo, posteriormente, aos dogmas da doutrina social da Igreja Católica, que deu um aspecto ‘humanista’ à profissionalização do Serviço Social. Por outro lado, é importante também destacar que no Brasil, o Serviço Social teve sua origem a partir do amplo movimento social, desenvolvido pela Igreja Católica objetivando recristianizar a sociedade. Nesse período da história da humanidade, vários movimentos surgiram, espalhando suas filosofias e princípios pelo mundo inteiro, refletindo, de certa forma, sob algumas ciências. Dentre esses movimentos, pode-se citar o movimento das mulheres, que se espalhou por vários países da Europa.

O movimento de mulheres desencadeado na Europa no final do século XIX e ampliado no início do século seguinte contribui de forma decisiva para o processo de profissionalização do Serviço Social. Nesse mesmo período, outros movimentos sociais também deram impulso considerável nesse processo.

São inegáveis os vínculos conservadores da profissão desde a sua origem, marcada pelo capitalismo na era dos monopólios e pela opressão da questão social reconhecida, no caso brasileiro, pelo modelo urbano-industrial, claramente assumido no primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) e pela tendência crescente da Igreja Católica nessa mesma época - em ‘recristianizar’ a sociedade apoiando-se na modernização das ações leigas. A situação econômica e social do país, vigente na época, levou o estado brasileiro a absorver algumas reivindicações populares, principalmente, aquelas que demandavam condições de alimentação, moradia e saúde. Com isso, através de uma legislação social e salarial, o governo federal ampliou as bases do reconhecimento da cidadania social.

Nesse período de sua história, enquanto profissão, o Serviço Social passou a situar-se no processo de reprodução das relações sociais, sendo visto como atividade auxiliar e subsidiária no exercício do controle social, bem como na difusão da ideologia da classe dominante entre a classe operária.

Durante o período da ditadura do Estado Novo foram criadas várias instituições de assistência social no Brasil, das quais se destacam as seguintes:

a) Conselho Nacional de Serviço Social (1938): com o objetivo de centralizar e organizar as obras assistenciais públicas e privadas;

b) Legião Brasileira de Assistência (1942): com o objetivo de prover as necessidades das famílias, cujos chefes haviam sido mobilizados para a II Guerra Mundial.

A partir da década de 1930, as instituições sociais e assistenciais, tornam-se instrumento de controle social e político dos setores dominados, servindo como instrumentos de manutenção do sistema de produção.Nessa época, o Brasil passava por um momento conturbado de sua história, caracterizado pelas contradições, pelos conflitos e pelas tensões produzidas principalmente pelas relações capital-trabalho, resultantes do processo de consolidação de um capitalismo, que lançava suas primeiras bases.A formação dos assistentes sociais nesse período pioneiro tinha por eixo os fundamentos que embasariam suas reflexões e práticas, os quais garantiriam também sua sólida formação doutrinária e ética. Em síntese, o surgimento do Serviço Social no Brasil recebeu uma forte influência europeia. No entanto, a expansão do Serviço Social no país, somente ocorreu a partir de 1945, visando atender as exigências e necessidades de aprofundamento do capitalismo no país, motivadas pelas mudanças a pós a Segunda Guerra Mundial.

O aprofundamento dessa ordem societária (necessariamente contraditória), marcada pela modernização conservadora do país ao longo das décadas de 40, 50, 60 e 70 do século XX, impôs à profissão uma revisão do ‘Serviço Social tradicional’, manifestada no chamado ‘processo de reconceituação’, que, com todos os seus limites, teve o mérito de recolocar questões centrais para o Serviço Social: a formação profissional (nos seus aspectos teóricos, metodológico, técnico-instrumental e interventivo), a interlocução com outras áreas do conhecimento, a importância da pesquisa e da produção de conhecimentos no âmbito da profissão, entre outros aspectos. Esse rico contexto permitiu um debate mais intenso sobre as diferentes orientações teóricas na profissão (para além da Doutrina Social da Igreja), desencadeando uma interlocução com matrizes do conhecimento presentes nas Ciências Sociais. Com a profissão devidamente reconhecida os assistentes sociais realizam

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