SERVIÇO SOCIAL: UMA QUESTÃO DE HUMANIZAÇÃO

SERVIÇO SOCIAL: UMA QUESTÃO DE HUMANIZAÇÃO

Ana Júlia Neres Chagas

Edna Machado de Oliveira

Margareth Rodrigues de Almeida

Marly José dos Santos

Patrícia Neres de Oliveira¹

RESUMO

A Humanização neste trabalho é vista como correspondente do comportamento social das interações e organizações humanas. Foi feita uma analise de comportamentos e experiências sociais e interpessoais em situações organizadas objetivando tornar essas compreensões cotidianas da sociedade, e com o respaldo dos assistentes sociais, em ações que visam resolver ou amenizar as necessidades humanas, bem como os problemas designados à assistência social. Preocupa-se, também, em demonstrar que as políticas da assistência social consiste em idéias, normas, regras de conduta criadas pela sociedade, sobre a realidade social, onde se analisa as situações que o homem enfrenta no dia-dia junto a esta mesma sociedade. Assim, buscou-se constitui-se do conjunto de relacionamentos que os homens estabelecem entre si na vida em sociedade, inter-relacionando com os diferentes grupos sociais dos quais faz parte. A Historia demonstra que o convívio social é essencial para o desenvolvimento da humanidade.

Palavras – chave: Humanização, Sociedade, Serviço Social.

Introdução

Este trabalho de pesquisa discute a questão do Serviço Social voltado para uma ação humanitária. Foi dada ênfase ao fato de que este princípio rege a relação do homem com a realidade da sociedade. Nota-se que, ao ampliarmos essa pesquisa elevamos este campo à vida em sociedade que situa o homem no relacionamento com seus semelhantes.

Partiu-se do ponto que, o princípio de humanização estabelece uma reação do homem com sua natureza, com sua realidade, realmente como ela é. Percebe-se, então, que a humanização é um sentimento integro e que deve estar presentes em todos os espaçamentos sociais.

Esta pesquisa busca demonstrar, também, que o Serviço Social tende a operar em prol do crescimento de uma sociedade mais justa e inteligente. Sem dúvida, o Serviço Social, através dos assistentes sociais, torna-se o norteador que guia a ação de um indivíduo para com os outros e conseqüentemente deve ser também o princípio que guia a reação do indivíduo às ações dos outros.

1- Alunos do Curso de Serviço Social da Fundação Universidade de Tocantins - UNITINS

Tem como objetivo principal, além de lidar com a realidade capitalista, hoje tão desgastada em relação à humanização do ser humano, além de mostrar que profissionais da área social tem como obrigação amenizar situações que envolvam grandes necessidades de apoio.

Desenvolvimento

O Serviço Social como instrumento para amenizar os problemas sociais da realidade

A realidade atual, o comportamento social, as interferências sociais e interpessoais, principalmente partindo do princípio de que a violência gerada pela falta de oportunidades e distribuição de renda desigual aumentam nos dias de hoje, exigindo cada vez mais um trabalho conciso do Serviço Social. Hoje, o índice de assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica, principalmente contra mulheres e crianças é muito alto e contribui para tal consideração. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança. A repressão nestas situações gera conflitos e insegurança na população gerando uma necessidade de intervenção social.

De acordo com o pesquisador Nelson Dácio Tomazi, o desenvolvimento lento na America Latina fez desencadear grandes debates sobre este tema nos anos 50. As questões que mais mereceram atenção na época giravam em torno das diferenças sociais, ou seja, da miséria e desigualdade social.

Com isso fez-se necessário articular medidas de resolução sobre esta injustiça social, como, por exemplo, a criação da Cepal (Comissão econômica para a América Latina).

Nesses debates chegou-se a conclusão de que a desigualdade social ou a miséria do povo estavam interligadas ao pouco avanço industrial da região da América Latina, pois, não ofereciam empregos, assim, este subdesenvolvimento compactuava inconscientemente com estes dados de desequilíbrio social.

Desta forma, o problema agora seria como introduzir o crescimento industrial nesta região, já que consideravam ser esta, uma solução para a problemática social vigente nos países do sul das Américas.

Mas, esta resolução, voltada às reformas sociais, não obtive sucesso, devido à manipulação de alguns grupos econômicos, pois com o avanço tecnológico industrial, ocorreu o contrário. A mão de obra humana não parecia mais vantajosa que as máquinas, causando assim, uma continuidade de exclusão social, devido às competições do mercado entre grandes empresas.

Nestes termos, pode-se observar que a indústria cresceu nestes países subdesenvolvidos, mas o emprego, não. Isso ocorreu, porque uma pequena parte da população obteve lucros com a industrialização, e assim, como nos dias de hoje, as riquezas permaneciam nas mãos de pouco, enquanto a maioria da população ainda sofria com a desigualdade social, ou seja, com a miséria estipulada pela falta de emprega e oportunidades.

Então, estes problemas não obtiveram respaldo em suas intenções, e isso se alongou pelo tempo, tornando-se uma realidade atual, pois, poucos mantêm o poder econômico nas mãos, enquanto a maioria sofre a desigualdade social, com salários baixíssimos e convivendo com descriminações e desemprego ainda vivente.

Particularizando esta pesquisa, denota-se que este mesmo índice é próprio das regiões interiores como no caso de Taiobeiras.

Além dos elementos já apontados, é importante destacar que um trabalho social feito por assistentes sociais competentes é de suma importância na amenização deste quadro. Robles Gregório