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SLOW FOOD

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Por:   •  15/9/2013  •  Tese  •  1.947 Palavras (8 Páginas)  •  361 Visualizações

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SLOW FOOD

Conceito de 'slow food' pode valorizar cadeia de orgânicos na Paraíba

Filosofia que prima pela qualidade na produção e defesa do meio ambiente garante preços rentáveis para alimentos Érica Chianca João Pessoa - Criado na década de 80 em contraposição ao fast food (do inglês, comida rápida), o conceito slow food (comida demorada, em português) pode ser uma alternativa para produtores de alimentos orgânicos da Paraíba. Primando pela qualidade e pelo respeito socioambiental, a pratica de excelência no manuseio de alimentos pode render a produtores preços maiores em cerca de 20%. O tema foi abordado hoje (22), último dia do II Seminário de Indicação Geográfica, apoiado pelo Sebrae na Paraíba e que acontece na sede da instituição, em João Pessoa. Segundo Adriana Lucena, representante da Slow Food Foundation, rede mundial que conta com mais de 100 mil associados, a filosofia do slow food vai mais além do que o benefício ao produtor; passa também pelo resgate do prazer da alimentação por meio da ecogastronomia. "Ao ser bem produzido - o que significa que o alimento passa por parâmetros de respeito ao meio ambiente, ao trabalho e pela valorização do produtor - o alimento rende um sabor melhor, de mais qualidade. Defendemos o direito ao prazer de alimentar-se com uma comida boa, limpa e justa", explicou Adriana.

LOW FOOD: A Mudança em Seu Prato!

Os agricultores do Slow Food usam técnicas de produção tradicional, com baixo impacto ambiental, para produzir alimentos saudáveis. A qualidade de seus produtos é melhor do que a dos alimentos produzidos em massa, mas têm uma posição marginal nos mercados mundiais. Os alimentos industriais têm preços artificialmente baixos por conceito de produção em..massa..e..subsídios..que..os..governos..pagam..a grandes produtores. As grandes distâncias até os mercados e os complicados procedimentos de certificação exigidos pelas autoridades também elevam os preços dos produtos Slow Food. “Se não devolvermos o valor dos alimentos, não sairemos desta crise mundial”, afirmou Carlo Petrini..na..abertura..da..Terra..Madre. “É uma loucura pagar tão pouco pelos alimentos e depois..jogá-los..fora. Os preços baixos que não compensam aos agricultores não são um sinal de civilização”, disse. “Os camponeses são os maiores intelectuais sobre a

Terra. O futuro pertence a eles”. Isto pode significar medidas mais fortes no Norte industrializado para um “decréscimo” que vise a uma sociedade de “simplicidade voluntária”...Serge..Latouche, idealizador do decrescimento, afirmou que o Norte deveria renunciar..ao crescimento econômico para permitir uma justiça social mundial,

acrescentando que essa aposta está essencialmente vinculada ao Slow Food.

CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM, UMA ESTRATÉGIA DE INSERÇÃO NO MERCADO. PARA OS PRODUTOS DO SEMIÁRIDO

INTRODUÇÃO

A valorização dos produtos animais e vegetais do semiárido brasileiro através da fixação de um padrão diferenciado de qualidade e de sua certificação é, no contexto atual de grande expansão da atividade agropecuária na região, senão única, alternativa estratégica capaz de assegurar a plena expressão do potencial dessas atividades nesse espaço e, ao mesmo tempo, de preservar os recursos da caatinga e promover o bem estar das populações que nela vivem e dela dependem. A abordagem principal é, portanto, a valorização do espaço geográfico.

A afirmação pode ser feita para os produtos caprinos e ovinos, os de potencial imediato para certificação, bem como para os produtos típicos da região como os produtos apícolas e avícolas e para os produtos de origem vegetal, como os feijões, os derivados do caju e as frutas nativas, entre outros.

A diferenciação dos produtos se dá a partir da incorporação aos mesmos de uma identidade territorial e cultural ligada estreitamente ao ambiente geográfico onde são produzidos.

O CONCEITO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

A certificação de indicação geográfica é obtida mediante registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, podendo o produto ser certificado como Dominação de Origem (DO) ou como Indicação de Procedência (IP), ambas certificações similares às existentes em vários países, sobretudo na Europa. Podem ser certificados com o selo DO todos os produtos cuja autenticidade e tipicidades se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos aí fatores naturais (solo/clima) e/ou humanos (tradição, cultura). É necessário que haja uma clara ligação estabelecida entre o produto, o território e o talento do homem (o “saber fazer”). O selo IP certifica um produto de uma região que se tenha notabilizado como centro de produção de um determinado produto.

A escolha deve ser definida mediante uma análise criteriosa da natureza do produto e de vários outros fatores. Ambas as certificações contemplam uma abordagem territorial, porém para a IP as exigências com relação à vinculação do produto com os fatores naturais e humanos são bem menores, acarretando a vantagem de se acelerar e simplificar o processo de concess ão do selo. Tanto a DO como a IP constituem um poderoso instrumento de organização profissional do produtor rural, não sendo possível a utilização da sua marca por produtores de outras regiões.

Entre os maiores benefícios da certificação de indicação geográfica está a melhoria acentuada do produto e o uso racional dos recursos naturais, estabelecendo sua diferenciação em relação a produtos similares. Além disso, a certificação agrega valor ao mesmo, facilita a inserção do produtor no mercado, protege o produto, fortalece as organizações dos produtores e, sobre tudo ,valoriza a região pela promoção e preservação da cultura e da identidade locais.

Por referir-se também aos aspectos culturais de produção, que incluem a obediência a padrões tradicionais e a características únicas de uma determinada região, a indicação geográfica se presta a angariar a confiança do público e oferecer às suas preferências individuais, contemplando, em sua essência, ideias como know-how, qualidade, extração controlada, além de outros fatores predominantemente subjetivos, tais como tradição, charme, sofisticação e simpatia pessoal por uma determinada região ou país (Barros e Souza Advogados, 2004).

AS CERTIFICAÇÕES DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA NO MUNDO E NO

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