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Segregação Sócio Espacial Nas Cidades Brasileiras

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Por:   •  4/2/2015  •  486 Palavras (2 Páginas)  •  628 Visualizações

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Segregação Sócio

espacial nas

Cidades Brasileiras

O processo de segregação sócio espacial nas cidades brasileiras teve seu início juntamente com o processo de industrialização. Ambos estão inseridos de maneira mais significativa no novo modelo de vida e de organização social pós Revolução Industrial, que ocasionou em particular no Brasil o processo migratório campo- cidade.

“[...] a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole.” (VILLAÇA, 2001, p. 142)

As cidades brasileiras são classificadas por um padrão de segregação denominado centro X periferia, onde o centro é a região de concentração das atividades dotadas de serviços urbanos de iniciativa pública e privadas, em sua maioria com alta valorização dos preços dos solos sendo ocupados por classes de mais alta renda; já a periferia se encontra em um espaço físico distante, subequipada e povoada predominantemente pelos excluídos.

[...] os bairros das camadas de mais alta renda tendem a se segregar (os próprios bairros) numa mesma região geral da cidade, e não a se espalhar aleatoriamente por toda a cidade. [...] Se o principal móvel da segregação fosse a busca de posição social, do status, da proteção dos valores imobiliários, ou proximidade a ‘iguais’, bastaria haver a segregação por bairro[...]; uns ao norte, outros a oeste, outros a leste e outros ainda ao sul da metrópole. Isso não ocorre, porém. (VILLAÇA, 2001, p. 150)

A segregação sócio espacial pode ocorrer por diversas causas; primeiramente pelas forças do Estado, o qual privilegia investimentos (obras) em regiões especificas além, das políticas habitacionais desenvolvidas pelo mesmo acentuar a segregação, tendo suas áreas de construção distantes do núcleo central da cidade. O mercado imobiliário é também um agente causador de disparidade das áreas urbanas, aumentando a disputa e o valor dessas terras, delimitando a ocupação à escolaridade e a renda.

O valor cultural da sociedade brasileira colabora também, igualmente para a segregação, fortalecendo a importância e o status de se ter uma casa própria, induzindo a construção de casas irregulares, desorganizando ainda mais a estrutura urbana da cidade. Segundo Villaça (1998, p. 330), “a luta pela localização entre as classes sociais é uma luta em torno de condições de consumo, não em torno de condições de produção”.

A terra é então um importante aspecto para obter e manter o status social, um bem que caracteriza riqueza, poder e dominação, além de fazer da cidade um espaço de crescimento onde os interesses privados se sobrepõem as necessidades sociais, formando assim o cenário caótico e desigual presente no Brasil nos últimos dois séculos.

Segundo (MARICATO, 2001, p. 51), é impossível esperar que uma sociedade como a nossa, radicalmente desigual e autoritária, baseada em relações de privilégio e arbitrariedade, possa produzir cidades que não tenham essas características.

Referências bibliográficas

MARICATO,

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