Semiótica - Imagem
Artigos Científicos: Semiótica - Imagem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lns10 • 19/11/2014 • 604 Palavras (3 Páginas) • 398 Visualizações
De maneira geral, considera - se que existem duas esferas ou domínios de compreensão das imagens: as imagens como representações visuais e as imagens criadas na mente.
O primeiro domínio abrange objetos materiais, como desenhos, pinturas, fotografias, imagens televisivas, cinematográficas, etc. Estas imagens são "signos que representam nosso ambiente visual.”.
O segundo domínio compreende as imagens do campo imaterial, que habitam a nossa mente em forma de visões, fantasia, sonhos e esquemas.
A relação entre imagem e seu contexto verbal é variada. A imagem pode ilustrar um texto verbal ou o texto verbal pode esclarecer a imagem na forma de um comentário.
Roland Barthes, um semiólogo francês (1915 – 1980), pergunta: “será que a imagem é simplesmente uma duplicata de certas informações que um texto contém e, portanto, um fenômeno de redundância, ou será que o texto acrescenta nova informações à imagem?” As formas de relação imagem - texto caracterizam os dois polos extremos de um contínuo que vai de redundância à informalidade.
Redundância: a imagem é inferior ao texto e simplesmente o complementa, sendo, portanto, redundante.
Informatividade: a imagem é superior ao texto e, portanto, o domina, já que é mais informativa do que ele.
Complementaridade: imagem e texto tem a mesma importância.
Barthes também diferencia duas formas principais de referência recíproca entre texto e imagem, denominado ancoragem e relais.
Ancoragem: o texto guia o leitor através da imagem o levando a considerar e a desconsiderar certos elementos da imagem. O leitor chega a um entendimento da imagem a partir de um significado escolhido antecipadamente pelo texto.
Relais: nessa relação, o texto e a imagem se encontram em uma relação complementar, na qual um depende do outro. O sentido da mensagem surge em um nível mais avançado, exatamente dessa relação entre texto e imagem. Na relação relais, o leitor é direcionado da imagem ao texto e do texto à imagem, continuamente.
As vinculações entre o verbal e o visual vêm gerando diversos modelos de análises. Kibédi - Vargas (1989, apud, Santaella, 2001: 56), por exemplo, apresenta uma tipologia das relações entre a palavra e a imagem que se relaciona com a forma de expressão visual. Ele observa três tipos de relações entre a imagem e a palavra escrita:
Coexistência: palavra e escritura aparecem numa moldura comum; a palavra está inscrita na imagem.
Interferência: nem o verbal, nem o visual são descartados. Os dois são valorizados.
Correferência: palavra e imagem aparecem na mesma página, mas se referem ao mundo independente da outra.
Thibault-Laulan argumenta que imagens numa disposição uma ao lado da outra são relacionadas semanticamente por uma lógica da atribuição, enquanto imagens em ordem cronológica são antes ligadas por uma lógica da implicação, já que a ordem tem tipicamente como efeito a impressão de uma relação causal.
Uma demonstração clássica da influência contextual de imagens dispostas em sequência
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