Ser Pedagogo

1 INTRODUÇÃO:

O presente trabalho é sobre: “o que significa ser um pedagogo”. Ser pedagogo é: através de um trabalho sério, responsável, usando criatividade, dinâmica e muita dedicação moldar o individuo ainda em formação, transforma-lo em um sujeito critico. Ser pedagogo não é atuar só em sala de aula, mas também em hospitais, empresas, brinquedoteca, museus, ONGs, estas são algumas das áreas de atuação de um pedagogo, além de coordenação, supervisão, gestão.

O objetivo é mostrar qual foi aminha motivação pessoal, qual o motivo que me levou a fazer o curso de pedagogia o que me influenciou a querer ser uma pedagoga e como eu vejo a minha atuação como uma pedagoga formada. O pedagogo tem em seu poder a oportunidade de fazer a diferença na Historia da Educação.

Através de pesquisas bibliográficas de Gabriel Chalita, Paulo Freire e José Carlos Libânio, compreendi que ser pedagoga é um grande desafio, mas um desafio que certamente valerá a pena. Sendo que deve ser realizada com amor e grande dedicação.

2 DESENVOLVIMENTO

A Pedagogia não foi a minha primeira opção profissional. Apesar de ter vários educadores na família, ter tido a experiência de lecionar no período de um ano e trabalhar com crianças na escola dominical. Ensinar para mim sempre foi muito prazeroso, ver as crianças repetindo aquilo que haviam aprendido era algo magico, mas essa não era a profissão desejada. Mas houve um momento em que meus olhos se abriram, houve um despertar quando vi meus próprios filhos tendo dificuldades em aprender determinadas matérias. Passei então não só a ajudá-los nas tarefas de casa, mas a ensiná-los a matéria, algumas coisas eu lembrava, outras precisava pesquisar para poder ensiná-los. Comecei a ver que assim como os meus filhos, havia várias outras crianças com a mesma dificuldade, sem terem quem os apoiasse, sem terem condições de pagar uma aula particular da matéria na qual tinham dificuldades. Foi quando cresceu em mim um desejo de ajudar, a motivação surgiu, e a confirmação veio quando ajudando a outras pessoas eu sentia uma enorme satisfação, principalmente quando elas aprendiam e ficavam gratas pelo ensino, não que eu estivesse buscando gratidão, mas pelo fato de vê-las feliz por terem aprendido. Isso me levou a pensar na possibilidade de fazer pedagogia, para ajudar pessoas com dificuldades, e incentivar as que têm facilidade, pois ser pedagogo é se interessar pelas pessoas, é saber se realmente estão aprendendo, não é: “já fiz a minha parte, passei a matéria!” o verdadeiro pedagogo vai querer ver o resultado do seu trabalho, se não tiver resultado é porque não está sendo feito um bom trabalho. O bom profissional sempre se pergunta: como está sendo o aproveitamento dos meus alunos?

Quando não conseguimos aprender algo, nos vem um sentimento de inferioridade, incapacidade, muitos se intitulam vulgarmente de “burros” quando o problema na maioria das vezes não está no que aprende, mas sim, nos que ensinam. Nem todos vão ser gênios na matemática, mas todos podem ser especiais em alguma matéria, fazer a diferença em alguma área, ser especiais de qualquer forma. Assim como Gabriel Chalita (2014) vejo as pessoas como diamantes que precisam ser lapidadas e o professor é o lapidador, um designer de joias. Ser pedagogo, é abrir portas, é criar métodos, é desenvolver a capacidade das pessoas, é descortinar a visão, mostrando novos horizontes. Schmied Kowarzik (1983) apud Libânio (2001) “A educação é, assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à nossa existência humana individual e grupal”.

Presenciei isso na minha experiência, nos meus primeiros anos de escola, me sentia muito mal por ser a mais alta da classe e por ter um nome não muito comum. Foi uma professora, com seu método de ensino que modificou o meu modo de me ver. Ela mostrou: o significado do meu nome, Dulcineia = cheia de doçura, que este nome fazia parte da literatura infantil, e ainda os melhores jogadores de vôlei e basquete eram altos. Essa educadora configurou a minha existência humana, além disso, ela me fez desenvolver o amor à leitura, hoje eu posso dizer que sou amante da leitura e devo isso a essa querida professora. Esse fato marcou minha vida, sempre me lembro dessa educadora com muito carinho e vejo o quanto ela foi importante na minha vida nos meus primeiro anos na escola. Não só ela, outros vieram depois e com o mesmo carinho a mesma dedicação, com outros métodos de ensino, mas que fizeram a diferença na minha vida.

Ser pedagogo é ser um agente transformador na vida de cada criança e adolescentes. É ser Tia, Professora, Coordenadora, Orientadora, enfim, seja lá qual codinome receber; o que importa é fazer a diferença no meio em que está. Em meio aos avanços da pedagogia, abriram-se muitas portas, e essa são as oportunidades que o pedagogo tem para desenvolver um trabalho com excelência. Este é o meu objetivo, seja na área escolar, hospitalar, empresarial, ONGs ou até mesmo familiar, o que importa é fazer o melhor, e com amor. Porque um pedagogo não tem status nem um bom salário, mas ele pode ter amor pela profissão, amor pelo indivíduo, o pedagogo tem que ser uma pessoa sociável, pois a sua função é pensar nas pessoas, se inspirar nos indivíduos, é pensando neles que o pedagogo vai elaborar projetos de ensino, identificar as dificuldades dos alunos e professores, tem que saber lidar com as diferença sociais, culturais e econômicas, ele vai criar métodos para elevar o conteúdo educacional, o pedagogo descortina a arte de ensinar.

Vivemos em uma época na qual educar é um desafio, um grande desafio, a educação tem enfrentado a violência, as drogas, o abandono familiar, o desrespeito a autoridades, e o pedagogo têm a responsabilidade de com criatividade vencer estes desafios, ajudando o aluno a desenvolver os limites, a descobrir os valores e a conscientizá-los que a cada ação tem uma reação. Com técnicas pedagógicas e com o intercambio entre escola – comunidade há a possibilidade de despertar o interesse do aluno a converter o seu caminho, encontrando na educação o apoio, a força para mudar o ruma da sua vida. O pedagogo tem que ser: responsável, dedicado, dinâmico e comunicativo, ele deve passar firmeza nas suas decisões, na maneira com que se relaciona firmeza nas suas explicações. Quando o pedagogo não tem firmeza no que faz, seus alunos vão vê-lo como uma pessoa despreparada, sem condições de ensinar, e esse fato vai refletir