Serviço Social

SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORÂNEO

Osasco

JUNHO/2013

SUMÁRIO

1. MUDANÇAS OCORRIDAS NA PROFISSÃO DE ASSISTENTE SOCIAL 4

2. PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL 5

3. MUDANÇAS DO CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL 7

BIBLIOGRAFIA 9

 

1. MUDANÇAS OCORRIDAS NA PROFISSÃO DE ASSISTENTE SOCIAL

A expansão do Serviço Social no país ocorreu a partir de 1945, relacionada com as exigências e necessidades de aprofundamento do capitalismo no Brasil e as mudanças que ocorreram no panorama internacional em função do término da Segunda Guerra Mundial. Nesta década, com a consolidação da Política Nacional de Saúde (PNS), o “novo” conceito de saúde elaborado em 1948, enfocando os aspectos biopsicossociais, determinou a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles o Assistente Social que por não ser universal, gerou uma contradição entre a demanda e o seu caráter excludente e seletivo onde o Assistente Social vai atuar nos hospitais colocando-se entre a instituição e a população, a fim de viabilizar o acesso do usuário aos serviços e benefícios. Para tanto, o profissional utiliza-se das seguintes ações: plantão, triagem ou seleção, encaminhamento, concessão de benefícios e orientação previdenciária. A partir da Constituição de 1988 e da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei número 8742 de 07 de dezembro de 1993), a assistência tornou-se uma política de responsabilidade do Estado, direito do cidadão, portanto uma política estratégica no combate a pobreza e para a constituição da cidadania das classes subalternas. Sendo desta forma, reconhecida como Profissão necessária à manutenção e execução dos projetos sociais. Com o passar dos anos o campo de trabalho do profissional do Serviço Social foi sofrendo diversas transformações, buscando soluções e respostas aos vários problemas que a sociedade vem enfrentando através do tempo. O Serviço Social tem contribuído para a reformulação de práticas tradicionais e os profissionais se deparam em meio várias mudanças sociais, o que os obriga a buscar novas práticas, criar novas estratégias, projetos e programas para acompanhar as novas “questões sociais”. Houve o grande avanço nesse campo de atuação profissional, manifestada desde as décadas de 30-40, início da profissão no Brasil, na qual sua gênese se caracteriza fundamentada pela caridade, beneficência e a filantropia, ligada pela Igreja Católica com a confraria da caridade fundada pelo Frei Vicente de Paulo em 1618. A Igreja Católica percebeu que toda ajuda voluntária não estava sendo suficiente para tirar aquele grupo de situação de vulnerabilidade social que se encontrava, daí que surge a necessidade de profissionalização. Assim o atendimento foi passando por evoluções de sua prática, na sua produção teórica, em seu instrumental técnico-operativo, na sua postura e participação nas instituições públicas e o surgimento de novas organizações empregadoras de assistentes sociais, distinguindo e distanciando a profissão atual de sua gênese. Houve mudanças e mesmo com grandes dificuldades em atuar como Assistente Social é muito gratificante, pois promove mudanças transformadoras no cotidiano das pessoas e assim produz resultados concretos, utilizando teoria e práticas constantes, principalmente no contexto em que vivemos com enormes transformações, a globalização, desenvolvimento da ciência e tecnologia, nas mudanças no mercado de trabalho e no campo social.

2. PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL

Com o surgimento da profissão de Serviço Social no Brasil no período de 1930 a 1964, a área da saúde não foi a que concentrou maior número de profissionais.

A profissão começou a se expandir a partir de 1945, com as exigências e necessidades do capitalismo no Brasil as mudanças que ocorreram no panorama internacional, em função do término da 2ª Guerra Mundial. A ação profissional na saúde também amplia, transformando-se no setor que mais vem absorvendo os Assistentes Sociais.

O marco desta mudança de influência situa-se no Congresso Interamericano de Serviço Social realizado em 1941, em Atlantic City (EUA).

Os Assistentes Sociais brasileiros começaram a defender que o ensino e a profissão nos Estados Unidos, haviam atingido um grau mais elevado de sistematização.

Em 1948, determinou-se que outros profissionais atuassem no setor, entre eles o Assistente Social. Com a grave condição de saúde da população, o Assistente Social vai atuar nos hospitais colocando-se entre a instituição e a população, a fim de viabilizar o acesso dos usuários aos serviços e benefícios, utilizando das seguintes ações: plantão, triagem ou seleção, encaminhamento, concessão de benefícios e orientação previdenciária.

A modernização conservadora implantada no país exigiu a renovação do Serviço Social, face às novas estratégias de controle e repressão da classe trabalhadora efetivada pelo Estado e pelo grande capital, bem como para o atendimento das novas demandas.

Na década de 1980 houve uma grande mobilização política, e aprofundamento da crise econômica, ocorreu um movimento significativo na saúde, que também ocorreu no Serviço Social, de ampliação do debate teórico e a incorporação de algumas temáticas como o Estado e as políticas sociais fundamentadas no marxismo.

A premissa básica é a compreensão de que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. O Serviço Social está recebendo influências da crise do Estado brasileiro, da falência da atenção à saúde e do movimento de ruptura com a política de saúde vigente e construção de uma forma sanitária brasileira, mas, por outro lado, está passando por um processo interno de revisão, de negação do Serviço Social tradicional, havendo, assim, uma intensa disputa pela nova direção a ser dada à profissão.

È impossível falar do Serviço Social sem se referenciar