Serviço Social
Monografias: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: analima51 • 21/10/2013 • 2.380 Palavras (10 Páginas) • 275 Visualizações
1. A Questão Social no Brasil.
Utilizando o filme Tempos Modernos, como paradigma este relatório irá mostrar como os trabalhadores eram tratados, a forma como eram explorados e como foi necessário que houvesse uma intervenção do assistente social para amenizar os conflitos que a insatisfação dos operários causou. Apesar, dos assistentes sociais trabalharem sob as ideias do Estado, que visava dominar e manipular os trabalhadores, a questão social passou a vista de outra forma e os direitos da classe dominada de certa forma, foram ao longo dos anos sendo conquistados.
No filme de Charles Chaplin, a exploração exaustiva dos operários pelos empresários leva os mesmos a trabalhar por longas horas sem descanso e cumprindo ações constantes e repetitivas tornando-os alienados essa exploração leva a muitos trabalhadores a sofrerem acidentes e até a serem internados como loucos, a alienação era tão forte que anulava o verdadeiro significado do trabalho em suas vidas. Como havia mão de obra abundante, a classe capitalista pouco se importava com o que acontecia com os funcionários, só tinha o objetivo de aumentar a produção e seus lucros de forma que seu capital fosse sempre aumentando, chegaram ao cúmulo de inventar uma máquina alimentadora para diminuir o tempo dos operários enquanto almoçavam. Os salários eram baixos, as condições de trabalho precárias e não havia nenhuma regulamentação trabalhista que os protegessem, diante desta situação e insatisfeitos por demais os operários buscaram conquistar seus direitos fazendo greves e manifestações. A falta de moradia, alimentação e igualdade social também é relatada no filme.
As questões sociais eram evidentes e a revolução comunista da época mostra a inquietação da sociedade, apresentando problemas socioeconômicos que sofria principalmente as camadas mais pobres da população. O filme engloba todo o contexto das mudanças que o trabalhador viveu com o processo industrial feito em larga escala, que na década de 30 começou a substituir o homem pelas máquinas desencadeando assim um índice de desemprego muito elevado, para os empresários era mais fácil comprar maquinas do que contratar e manter novos funcionários, pois eles além de comerem, beberem ainda teriam um salário a receber.
Segundo Iamamoto (1999, pag. 27), a questão social é o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação de seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade. Portanto, a questão social se caracteriza pela contradição do modo capitalista de produção, essa contradição se fundamenta pela apropriação das riquezas produzidas pelos capitalistas, enquanto os trabalhadores que as produzem não têm direito de usufruírem as mesmas.
No que se refere à atual condição do trabalhador, esta melhorou bastante, pois houve uma evolução no que se trata de direitos, porém problemas sociais antigos permanecem ainda hoje, como o de moradia que devido ao crescimento demográfico da população ainda precisa encontrar o caminho para ser resolvido, também ainda há problemas com a saúde, a educação, a alimentação. As desigualdades sociais estão ainda muito evidentes, pois a falta de políticas públicas que se realize de fato e uma fiscalização atuante levam a uma exploração urbana do trabalho, a uma exploração infantil no mercado de trabalho, dentre outras desobediência da lei. Ai é que entra a intervenção de uma assistente social, sua atuação é imprescindível para apontar, enfatizar e organizar, reestruturando e encaminhando as pessoas a buscar seus direitos e, a saber, seus deveres.
2. A Ilusão de Servir
De acordo com Dobb, para se tiver um entendimento real do capitalismo como aspecto histórico, deve ser examinado em três vertentes importantes:
A primeira vertente, segundo Werner Sombat, o capitalismo é o espírito capitalista empreendedor e racional, que depende das atitudes econômicas e da época em questão;
A segunda vertente, de acordo com os alemães, Gustauvon Schomoller e Karl Burcher da Escola Clássica Alemã, o capitalismo é um sistema de atividade econômica que busca o movimento entre o lucro e o mercado;
Para Karl Marx, que tem o pensamento da terceira vertente, o capitalismo é um modo de produção caracterizado pelo domínio de uma classe sobre outra, transformando força de trabalho em mercadoria.
O capitalismo se inicia a partir da posse e uso da propriedade privada e a exploração de uma classe sobre a outra.
Com o crescimento industrial, os burgueses passam a terem o controle do mercado urbano, através do monopólio, deslocando dos feudos para os burgueses o poder comercial, que passa a controlar até o governo, criando a classe trabalhadora assalariada. Seus lucros aumentavam muito e a classe operaria que vendia sua força de trabalho mal ganhavam para sua subsistência.
A partir do momento que os operários deram conta da importância do seu trabalho começaram as primeiras manifestações. Uniram-se e juntos passaram a lutar contra o regime, essa luta começou na Inglaterra.
Revoltados os trabalhadores quebram as maquinas achando que eram as culpadas, porém aos poucos foram tomando consciência que os verdadeiros culpados pela opressão que sofriam era os patrões, desta forma passaram a manifestarem com mais lógica.
Os Atos Combinados foram medidas tomadas na Revolução Francesa, que proibia a criação de associações sindicais.
Em 1938, a Associação Geral dos Trabalhadores de Londres redigiu uma carta –Cartismo- que continha seis itens que tinha o objetivo:
• Voto para cada homem maior de 21 anos que sadio;
• Renovação anual do Parlamento;
• Direito de eleger um representante da classe;
• Eleição de voto secreto;
• Representações equitativas;
• Abolição da disposição de elegibilidade exclusivamente aos proprietários de terras de modo que cada eleitor seja elegível.
Por temor a uma nova greve geral na Inglaterra, o Parlamento aprovaram as leis: da Mineração, da Abolição dos impostos de importação do trigo e a mais esperada a Lei que fixava a jornada de trabalho.
A burguesia queria a todo custo expandir
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